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Mostrando postagens de 2006

De Repente ! ... M A D O N A ! ! !

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À Zero Hora Madona Tirou a Roupa e Dan S ou Para Mim... Dedico este texto a Carlos Franca - também conhecido, pelo seu amor à Ilha de Fidel, como Carlos Cuba - a quem devo tantos favores e não reencontro há muitos anos. Adoro o inverno aqui no litoral nordestino. Talvez por ser curto, não trazer muito frio, nem chuvas excessivas. Talvez, também, por funcionar mais como um pedaço de estação a evitar que o verão seja único, e venha a se tornar cansativo. É como a noite entre os dias: por mais que nos ofereça atrações, por mais que nos atiremos aos seus prazeres, é nela também que recarregamos as baterias para vivermos o “inesperado” que vem com o sol. Naquele início de Novembro de 1995, eu estava ainda mais motivado que de costume. Meu primeiro barzinho, o   El Bodegón   – Barzinho Típico Cubano - estava indo de vento-em-popa, e eu acabara de chegar da cidade do México com as principais receitas de coquetéis e pratos típicos, discos dos principais cantores românticos,

Do Cemitério de São Caetano da Raposa à Praça Nova Euterpe

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        Final de Tarde, começo de Noite... Sem olhar pra trás. Nos meus dezoito anos voltei a morar em Caruaru, agora na casa dos tios João Bartolomeu e Dolores, na Praça Nova Euterpe.  Trabalhava na Compesa, e fora transferido  para o escritório de São Caetano,  que  funcionava numa casa grande  na parte alta da cidade,  muito velha, isolada de tudo e próxima ao cemitério .    O chefe do escritório era seo Ramalho, homem  já com mais de sessenta anos,  magérrimo, quase esquelético, e de voz muito grave. Residia em Recife, pra onde viajava todas as sextas-feiras à tarde, com a feira da semana comprada lá mesmo em São Caetano. Por economia dormia no próprio escritório da empresa e a cada dia tinha uma nova história macabra para nos contar, de almas sem cabeças que caminhavam à noite arrastando correntes pelo corredor da casa, enquanto ele, rezando, passava as noites em claro. Numa certa segunda-feira, ao chegarmos para o trabalho, encontramos um enorme bura

João Bafo de Onça...

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Se Correr, o Bicho Pega!... Cheguei em Caruaru com onze anos, vindo de Umbuzeiro, na Paraíba, para fazer as provas do Exame de Admissão ao Ginásio, depois de quase um dia de viagem. Aprovado no exame e passado o período das férias junto a meus pais, retornei a Caruaru para o ano letivo. Quase tudo era novidade pra mim: as matinês nos cinemas Santa Rosa e Santino, os jogos de basquete e voleibol no Colégio Diocesano ou a imensa feira daquela linda cidade que, aos meus olhos de onze anos, tinha ainda um Monte e Tremores de Terra. Fui morar com os tios George e Geninha. Ele, mais conhecido como o “Sargento George do Tiro de Guerra”, enlouquecia as defesas adversárias jogando como meia esquerda no time de futebol do Comércio, além de ser o temível diretor de disciplina do Colégio Diocesano. As lembranças das tortas de abacaxi preparadas por tia Geninha para lancharmos após as matinês, bem como das noites em que servia sopa de carne acompanhada de generosas porçõe

"Menino de Rua"- Esse Bravo Sobrevivente.

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Contra tudo e contra todos. O policial civil, que pernoitaria na Delegacia da Ceilândia - cidade satélite de Brasília - por ordem do delegado, tirara Divina da cela, onde se encontrava com outros meninos de rua, todos detidos durante uma batida policial nas ruas da cidade, no final daquela tarde, e a colocara numa cela desocupada, por alegar preocupação com possíveis maus tratos ou abusos sexuais durante a madrugada. Divina tinha onze anos e, como era de se esperar, os sinais da puberdade ainda não haviam se revelado. Tinha a pele levemente bronzeada, os cabelos castanhos claros quase loiros, e um porte físico inferior ao da maioria das meninas da sua idade, apesar de não ser magra. Por volta das duas horas da madrugada, o policial acordou-a com um sanduíche e um refrigerante para matar a fome, já que não fora oferecida nenhuma refeição àquelas crianças, com idades entre onze e dezesseis. Em seguida, após despi-la, recebeu, sem nenhuma resistência da menina, seus

"Doce de Coco" e seu Sutiã de Espuma de Borracha.

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Doce de Coco Quando o táxi parou em frente a casa, desci ofegante, olhando para os lados, o coração acelerado, mas, não era medo o que sentia. Estava apenas chegando em Tambaú, com “a mala grande na mão”, (*) para o meu primeiro verão à beira mar. Acabara de abandonar o emprego em São Caetano e a generosa hospitalidade da minha tia Dolores em Caruaru, para atender chamado de papai e voltar a morar com eles - pais e irmãos - pela primeira vez numa cidade maior. É mágico, inesquecível mesmo, em plena adolescência, entrar de cabeça e coração num verão abrasador, numa praia linda, lotada de também adolescentes, vindos do centro de “Jampa” e das cidades vizinhas, somados aos poucos que permaneceram na praia, mesmo durante o inverno, quando Tambaú costumava ficar praticamente deserta. Quase tudo era novidade. Lá, já estavam alguns amigos que vieram de Umbuzeiro uns anos antes da gente, e que serviram como elementos de entrosamento com o restante da turma. Minha vida dera