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Mostrando postagens de fevereiro, 2007

O Sol, à Sombra.

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Rodolfo Vasconcellos - Monte Bom Jesus - Caruaru . . . . As religiões já nascem póstumas... . . A concepção cristã de Deus – Deus como o protetor dos doentes, o Deus que tece teias de aranha, o Deus na forma de espírito – é uma das concepções mais corruptas que jamais apareceram no mundo: provavelmente representa o nível mais ínfero da declinante evolução do tipo divino. Um Deus que se degenerou em uma contradição da vida, em vez de ser sua própria glória e eterna afirmação! Nele, declara-se guerra à vida, à natureza, à vontade de viver! Deus transforma-se na fórmula para todas as calúnias contra o “aqui e agora” e para cada mentira sobre “além”! Nele, o nada é divinizado, e a vontade do nada se faz sagrada!... Nietzsche. . . “Não é possível convencer um crente de coisa alguma, pois suas crenças não se baseiam em evidências; baseiam-se numa profunda necessidade de acreditar.” Carl Sagan . . . .

João Hélio... Meu Filho.

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Diego, um dos assassinos. Entregue pelo próprio pai à polícia. . . . As imagens me sufocam... O carro salpicado de sangue; o asfalto – por quilômetros – com as marcas deixadas pelo corpo de João Hélio; o espanto do pai de Diego – um dos assassinos – ao entregá-lo à polícia; o medo de Diego diante das câmeras; a desolação e dor dos familiares do menino João Hélio ao sepultá-lo, sem sequer poderem olhar seu rosto depois de morto, ou mesmo, num futuro distante, reunirem forças para lerem seu atestado de óbito. João Hélio poderia ser meu filho... Impossível impedir que o choro se manifeste... consigo apenas doma-lo, permitindo-lhe lavar meu rosto e pulsar meu peito a cada soluço contido, em vez de deixa-lo irromper em choro convulsivo que, com certeza, me faria menos mal. Pela internet, a confirmação do que já deduzira: a cabeça de João Hélio espatifou-se pelos sete quilômetros em que ele foi arrastado, preso pelos pés ao cinto de segurança, deixando seu corpo decapitado enquanto sofria