Reunião do G-20 Adota CPMF do Brasil
Chegou ontem ao final, mais um encontro do Grupo dos 20, sem discutir sobre a pobreza mundial que atinge índices nunca vistos, nem sobre o cerceamento aos direitos sociais.
A elevação da idade mínima para os aposentadorias, o corte de salários e outras maldades incluídas nos pacotes fiscais impostos pela maioria dos governos europeus, também ficaram à margem das análises do Grupo.
A elevação da idade mínima para os aposentadorias, o corte de salários e outras maldades incluídas nos pacotes fiscais impostos pela maioria dos governos europeus, também ficaram à margem das análises do Grupo.
A declaração ao final de mais um encontro do G20 sugere que os países capitalistas mais ricos devem cortar seus déficits pela metade até 2013 e procurar reduzir as dívidas públicas a partir de 2016, representando uma vitória dos europeus.
Visando diminuir as críticas, o documento afirma que o arrocho fiscal não comprometerá o crescimento econômico desses países, salientando que “o ritmo do ajuste deve ser monitorado cuidadosamente para amparar a recuperação”, como se fosse possível conciliar as duas metas contraditórias, ou seja, a recessão do setor público com a recuperação e o crescimento das economias.
Ainda que mantendo individualidades, os pacotes anunciados por Grécia, Espanha, Portugal, Itália, França, Inglaterra e Alemanha são claramente recessivos. O problema é que isto afeta não apenas os povos do velho continente, especialmente a classe trabalhadora. Nas condições de uma economia mundial a cada dia mais globalizada e interligada, o corte de gastos, salários, direitos e emprego tende a derrubar a taxa de consumo e, por extensão, o volumer das importações, atrapalhando a recuperação do comércio mundial.
Em face da necessidade de agradar, pelo menos aparentemente, a todos os países participantes, o pacote foi vago, impreciso. Por exemplo: quem quiser poderá aplicar um imposto sobre operações financeiras e impor regras mais severas às atividades bancárias, mas nenhum compromisso multilateral nesta direção foi assumido, ou seja, a tão criticada CPMF adotada até o ano passado pelo governo Lula, ganha o mundo, e poderá contribuir com a recuperação da economia global.
Mudanças no Fundo Monetário Internacional – FMI - instituição pretensamente multilateral, mas que na prática é controlada com mãos de ferro pelas grandes potências capitalistas, em especial pelos EUA com promessa de reavaliação das cotas e do poder de vota das nações, ficou para a próxima reunião do G20, marcada para novembro em Seul (capital da Coréia do Sul).
Dificuldade para conter os manifestantes.
Visando diminuir as críticas, o documento afirma que o arrocho fiscal não comprometerá o crescimento econômico desses países, salientando que “o ritmo do ajuste deve ser monitorado cuidadosamente para amparar a recuperação”, como se fosse possível conciliar as duas metas contraditórias, ou seja, a recessão do setor público com a recuperação e o crescimento das economias.
Milhares foram presos e arrastados.
Quem diria!... Nossa CPMF fazendo história!
Em face da necessidade de agradar, pelo menos aparentemente, a todos os países participantes, o pacote foi vago, impreciso. Por exemplo: quem quiser poderá aplicar um imposto sobre operações financeiras e impor regras mais severas às atividades bancárias, mas nenhum compromisso multilateral nesta direção foi assumido, ou seja, a tão criticada CPMF adotada até o ano passado pelo governo Lula, ganha o mundo, e poderá contribuir com a recuperação da economia global.
O buraco é mais embaixo.
Mudanças no Fundo Monetário Internacional – FMI - instituição pretensamente multilateral, mas que na prática é controlada com mãos de ferro pelas grandes potências capitalistas, em especial pelos EUA com promessa de reavaliação das cotas e do poder de vota das nações, ficou para a próxima reunião do G20, marcada para novembro em Seul (capital da Coréia do Sul).
Sem muito mais o que fazer...
A proposta de reforma visa aumentar o poder relativo dos chamados emergentes no interior do FMI, mas esbarra na resistência dos governos europeus e estadunidense, que obviamente preferem manter o atual status quo.
Chamando as atenções...
A China conseguiu impedir que fosse incluída no comunicado da cúpula uma menção elogiosa à flexibilização de sua política cambial, alegando que é um tema de política interna que não deve ser abordado em fóruns multilaterais.
A impressão que fica, após a reunião do último final de semana, é que tudo continua como dantes no quartel d´Abrantes. Refletindo os interesses dos grandes grupos monopolistas internacionais, o G20 fez ouvidos moucos diante dos gritantes e aflitivos problemas das grandes massas populares, que a crise exacerbou e promete agravar ainda mais.
Meio perdidos.
O povo ganhou as ruas e uma multidão de mais de 20 mil pessoas marchou por Toronto, num protesto “antiglobalização”, movido pela convicção de que “um outro mundo é possível”. Inicialmente pacífica, a passeata descambou para a violência, foi duramente reprimida pelas forças de segurança e acabou com a prisão de mais de 1.500 militantes.
20 mil cabeças angustiadas.
Bem ou mal, os rebeldes encarnam os reais interesses dos povos e da humanidade. O “G20 financeiro”, embora mais amplo do que o G8, representa uma ordem internacional reacionária e caduca, que reclama mudanças radicais e não reformas de fachada.
Parafraseando Humberto Martins no Portal Vermelho
Me desculpe discordar, mas da forma como foi colocado no texto, parece que a CPMF foi idéia do presidente Lula, o que não é verdade. Foi apenas a ressurreição da IPMF de Itamar Franco, criada em 1993. Outra coisa que também merece apreciação mais acurada é saber se nesses países a tributação é tão pesada quanto a do Brasil. Sei que o foco da questão tratada não e bem esse, mas não resisti em fazer meu comentario. Obrigado por escrever matérias tão interessantes. Hermínio.
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