Os EUA Armam o Grande Bote

Porta aviões George Washington.

O aprofundamento da crise estrutural do capitalismo e as consequências econômicas e políticas da decadência relativa dos EUA e dos países historicamente de tendências imperialistas da Europa, estão gerando novos conflitos potenciais em uma situação internacional de transição. A história nos diz que essas situações podem redundar em mais instabilidades, tensões e conflitos armados. E existem planos de guerra dos EUA e da OTAN para vários continentes.

O acontecido após o acordo Brasil-Irã-Turquia,  é o exemplo mais recente de que os EUA não entregarão de bandeja o posto de opressor-mor do planeta.  Com exceção da mídia comprometida com o imperialismo, incluído aí o Sistema Globo de Comunicação capitaneado através do Jornal Nacional pelo pedante e mentiroso William Bonner, o acordo diplomático foi uma vitória das forças defensoras da paz, da soberania das nações – não importando o tamanho dos exércitos das mesmas; da autodeterminação dos povos, mostrando as vísceras das reais intenções do governo norteamericano e seus aliados europeus – incluindo aí o sanguinário Israel - que não estão interessados na paz, mas sim em confinar um possível desenvolvimento tecnológico das outras nações para assegurar o seu monopólio da energia nuclear, mesmo que – enquanto lhes convier -  para fins pacíficos; e ainda promover a subordinação dos países a uma ordem internacional baseada na opressão e na guerra ilimitada contra um terror que eles determinam onde será mais apropriado que esteja.


 Invadirão novos países, onde "enxergarem" terroristas.


Valendo-se da mesma tática utilizada para invadir covardemente o Iraque, os norte americanos conseguiram aprovar novas sanções contra o Irã no Conselho de Segurança da ONU, e em seguida impuseram, unilateralmente, sanções adicionais àquele povo, apoiados pela União Européia, sufocando as tendências cada vez mais claras da multipolaridade e a novas lideranças internacionais que podem ter países como o Brasil. Essa beligerância disfarçada visa a manutenção do atual sistema de poder mundial, caracterizado pela hegemonia dos EUA com a aquiescência de governos historicamente subalternos. 


 A qualquer momento, sem o menor pudor.



Os prejuízos que um ataque nuclear causarão à humanidade, principalmente à parcela mais pobre, pouco ou nada importa aos norte americanos, e disso eles já nos deram duas provas. As “novas” estratégias militar e de segurança nacional de Obama em nada diferem das do incompetente e tresloucado George Bush, ou seja: retoricamente prometem cooperação e multilateralismo, mas, na prática, empurram goela a dentro, pela força e pela guerra, os interesses seus e dos aliados como Israel,  que mantém a proliferação nuclear e autorizam a si mesmos a realizar um ataque com armas nucleares, em condições “extremas” – acredite quem quiser -  contra qualquer país, ainda que este não detenha ogiva nuclear, como é o caso do Irã. Nada mais nada menos que a “guerra preventiva” e a “guerra infinita” de Bush, que pode ser desencadeada quando, como e contra quem melhor lhes convier.

Depois de um ano e meio de governo Obama, fica cada vez mais claro que os interesses como potência imperialista falaram mais alto que os discursos de campanha. Os EUA investirão em 2011, 780 bilhões de dólares em suas forças armadas, orçamento recorde desde o final da Segunda Guerra que supera em 49% o orçamento de 2000, e que é maior que os gastos militares somados de todos os demais países do mundo.

As forças especiais dos EUA, especializadas em ações clandestinas de guerra, em missões de inteligência, subversão e “desestabilização”, já operam em 75 países, sendo que há um ano atrás estavam em 60 países. “O mundo é o campo de batalha”, disse um alto oficial das forças especiais estadunidenses.

As agressões ao Irã se intensificam. Para o imperialismo é preciso conter o Irã. EUA e Israel se preparam para uma possível intervenção militar, deslocando forças navais através do Canal de Suez rumo ao Golfo Pérsico, próximo às costas marítimas iranianas, e negociam com a Arábia Saudita o uso do espaço aéreo em eventuais bombardeios.

A tática dos EUA é similar à da invasão do Iraque, com pressões diplomáticas, medidas cerceadoras na ONU, campanha midiática com base em falsidades divulgadas ao preço de milhões de dólares na mídia cativa e a alegação de eventual descumprimento das sanções impostas, o que, para eles invasores, bastarão para acionar o plano de intervenção militar, direta ou através de Israel. Muitas lideranças políticas, intelectuais e especialistas no tema militar, inclusive em solo norte americano, levantam a possibilidade da guerra contra o Irã ser “a guerra de Obama”, assim como a guerra do Afeganistão e do Iraque foram as guerras de Bush, que Obama continua. Creio também que a Coréia do Norte  - em cujos limites territoriais a partir de depois de amanhã (25.07.10) realizarão manobras militares de grande porte - está na mira, caso a resistência internacional em defesa do Irã seja intransponível.


Diante dessas novas e ainda maiores manobras militares navais EUA-Coréia do Sul que acontecerão no mar Amarelo, com o apoio logístico do famigerado porta-aviões George Washington, o Partido Comunista da China, advertiu para os “riscos contra a paz e a estabilidade regional”, e declarou “firme oposição” a mais esta “hostilidade contra a China”.
Na última dessas manobras em conjunto com a Coréia do Sul, acusaram o governo norte-coreano de afundar um navio de guerra sul-coreano, enquando surgem fortes indícios de que as próprias forças militares e de inteligência norte americanas colocaram uma mina na embarcação para criar artificialmente uma tensão com a Coréia do Norte e tentar isolá-la ainda mais.

 Presente judeu para a Palestina: Bombas de fragmentação.


Além da continuidade das invasões no Iraque e no Afeganistão, que já é mais longa que a guerra perdida pelos norte americanos no Vietnã, os EUA e Israel ameaçam a Síria e as forças patrióticas no Líbano, sustentando a ocupação covarde na Palestina e o bloqueio criminoso contra a Faixa de Gaza. 


 Queimaduras em civis, com o fósforo das bombas israelenses.


Além desses objetivos, os EUA tentam influenciar  eleições na Coréia do Sul, no Irã, em países latino americanos, onde recrudescem as pressões contra a Revolução Cubana e as ameaças à Venezuela. No Japão, tanto pressionaram seu premiê a manter bases militares estadunidenses em seu território, que o resultado foi a manutenção das bases e a renúncia do premiê japonês.



 4ª Frota - À espreita da América do Sul.
Após a reativação da 4ª Frota – destinada a atuar militarmente na América do Sul, os EUA instalam novas bases militares, como em Honduras - onde ajudaram a promover um golpe de estado, e na Colômbia, sob o pretexto de dar apoio contra o narcotráfico, concretizando o plano de tornar o país uma Israel da América Latina e do Caribe, valendo-se da sua posição estratégica como nação banhada pelos oceanos Pacífico e Atlâncico. Nos últimos dias mais de 7 mil soldados, 46 navios de guerra, porta-aviões, submarinos e helicópteros dos EUA instalaram-se também em bases na Costa Rica, com a mesma desculpa de combater o narcotráfico. Alegando ajuda humanitária ao Haiti, após o terremoto no início deste ano, forças militares estadunidenses com mais de 15 mil soldados desembarcaram cinematográficamente no pátio do Palácio Presidencial Haitiano, e lá permanecem descaradamente.

Hillary Clinton, chanceler de Obama, comanda a reação diplomática norte americana contra o Brasil. Depois dos países que detém armas nucleares, o Brasil é o país que possui o programa nuclear para fins pacíficos mais avançado, até mais avançado que o iraniano. Por isso, a ameaça ao Irã é também indiretamente uma ameaça ao Brasil, que já recebe pressões e pode ser a próxima vítima. É justamente isso que explica a iniciativa brasileira e turca que resultou no Acordo Brasil-Irã-Turquia.

A política externa do nosso governo em diversos temas como na resistência aos golpistas de Honduras, deixou os norte americanos surpresos, bem  como o êxito do acordo com o Irã e, contrariados, fizeram de tudo para "melar" o acordo e isolar o Brasil, contando para isso com o Sistema Gloco de Comunicação na cara de felicidade de William Bonner em anunciar a não aceitação do plano pelo Conselho de Segurança da ONU. Ultimamente, à Globo, só lhe resta ter que se vender, para sobreviver. Logo depois do anúncio do acordo, a Agência Internacional de Energia Atômica alertou para o risco do Brasil estar gestando armas nucleares e anunciou novas investigações intrusivas em nosso programa nuclear.

Em nosso continente, a América Latina, continuam a florescer as forças populares, democráticas e antiimperialistas. O povo brasileiro luta para que, nas eleições de outubro próximo o Brasil siga avançando e mantenha a sua política externa independente e soberana, em defesa da paz, do direito ao desenvolvimento, e de um mundo multipolar. A paz mundial e o socialismo nunca foram tão necessários à humanidade.



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