Sexta-feira 13 - Dilma X Serra

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 Decolando...

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A lady do Lula está a um passo de herdar a presidência.

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Aug 13th – Friday - 2010  da revista britânica Economist
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Sob o Título: Reflected glory (Glória Refletida), a revista britânica publica o texto abaixo, por mim parafraseado.
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No papel, o PSDB de José Serra, o maior partido de oposição do Brasil, deveria ter capacidade de vencer a eleição presidencial de 3 de outubro vindouro sem suor. Ele teve cargos políticos em sua carreira, inclusive como deputado, senador, ministro do Planejamento e depois da Saúde, e prefeito e agora governador de São Paulo, a maior cidade e o estado mais poderoso do Brasil. Ele está diante de uma excelente técnica, mas, politicamente quase desconhecida, o que deveria, em tese, lhe favorecer. A candidata Dilma Rousseff foi  revelada por excelentes administrações à frente de Secretarias de Estado ligadas a energia, presidiu a maior estatal brasileira, a mundialmente reconhecida Petrobrás, e por último, ocupava o segundo maior posto na hierarquia do Governo Brasileiro, o de Ministra Chefe da Casa Civil.
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Em vez disso, o José Serra dá sinais de mal conseguir se manter na disputa. Pesquisas o colocam de cinco a dez pontos atrás de Dilma Rousseff, a candidata do governista Partido dos Trabalhadores (PT). O problema não é a apresentação, embora o sr. Serra pareça maçante a não ser quando sorri, quando piora, e parece assustador. A sra. Rousseff não tem nada de carismática e sua fraqueza, ainda,  é oferecer respostas um pouco longas às perguntas.

 A presidenciável, quando ainda lutava contra o câncer, do qual ficou curada.
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O problema do Serra é que a Dilma Rousseff é a sucessora escolhida de Luiz Inácio Lula da Silva, presidente mais popular da história do Brasil. Quatro-quintos, ou seja: 80% dos brasileiros aprovam Lula e quase a metade diz que numa eleição presidencial votaria ou nele (se a Constituição não o impedisse de disputar um terceiro mandato consecutivo) ou no candidato dele. Desde que selecionou a sucessora, Lula a tem elevado aos céus (ela é “como Nelson Mandela”) e cruza o país com ela a tiracolo. Agora a maioria dos brasileiros sabe qual é a candidata do Lula — e cada vez mais brasileiros pretendem votar nela.
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No dia 5 de agosto, o dia do primeiro debate televisionado entre os candidatos, uma empresa de pesquisas colocou Dilma Roussef com 41,6%, uma vantagem de dez pontos sobre o Serra. Marina Silva do Partido Verde veio em terceiro com 9%. Excluindo as respostas inválidas, Dilma Rousseff está bem perto de vencer já no primeiro turno. Essa pesquisa pode ser fora da média, mas outras dão a ela uma significativa  liderança crescente.
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Levando-se em conta que foi o primeiro debate em rede de televisão da qual a Sra.  Rousseff participou, em algumas poucas vezes apenas pareceu um pouco nervosa e teve dificuldades para manter suas respostas curtas. Já o Serra, nesse aspecto, parecia um pouco melhor, mas como o debate aconteceu ao mesmo horário que uma importante partida de futebol, quase ninguém viu.
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Mais preocupante para o Serra, foi que o debate demonstrou as dificuldades que ele vai enfrentar no resto da campanha. Provavelmente com razão,  Serra decidiu que atacar um presidente tão popular quanto Lula não daria a ele muitos votos. Ele discorda da Dilma Rousseff em algumas coisas, como a política externa e o papel do estado na economia, mas se vê forçado a  concordar com outras. Ele foi obrigado a prometer continuidade da maioria dos programas de Lula, como o Bolsa Família, um empréstimo para famílias pobres. Enquanto isso, com o país em forte crescimento, os brasileiros estão aproveitando a vida como nunca o fizeram antes: “o fator do bem estar” agora faz parte do dia a dia dos brasileiros mais pobres, que nunca tiveram isso antes.
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E essa estabilidade vende melhor para o Lula e Dilma do que para os seus fracos opositores. O slogan do Serra, “Brasil pode mais”, exemplifica a dificuldade. Ele luta para capitalizar seu currículo. Ele é mais conhecido pelo papel que teve nos governos de Fernando Henrique Cardoso, de 1995-2002, os quais, apesar de algumas poucas conquistas, são relembrados com horror pelos brasileiros.
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“Para Dilma é simples: convencer o povo de que ela representa Lula”, diz Rubens Figueiredo, um consultor político de São Paulo. “Mas Serra precisa relembrar às pessoas de que Lula não é o candidato — mas de um jeito que não seja oposição, preferivelmente sem nem mesmo mencionar Lula”.
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A liderança de Dilma Rousseff ainda não é insuperável, embora, dificilmente o Serra conseguirá  evitar a vitória dela já no primeiro turno, a não ser que se plante na mídia  um escândalo (no Brasil isso é possível) ou aconteça algum desastre de campanha.
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Mas ainda existem alguns votos que a Dilma Rousseff pode conseguir por ser a mulher do Lula. Cerca de 8% dos eleitores pesquisados dizem que querem votar no candidato do presidente, embora ainda não citem o nome da Dilma.


Ela em breve terá mais oportunidades para reforçar essa ligação. A partir de 17 de agosto as estações de rádio e TV brasileiras são obrigadas a colocar anúncios políticos gratuitos, com mais tempo para os candidatos cujas alianças tem maior número de assentos no Congresso. Isso significa que a Dilma terá mais de dez minutos, três vezes por semana, enquanto o Serra terá que se arranjar com pouco mais de sete minutos. Essa vantagem, com certeza, também será decisiva.

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SEXTA-FEIRA 13
 Putz!...
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O Data Folha ainda era o único instituto de pesquisas que insistia em apontar empate técnico (ao contrário do Vox Populi, Ibope e Sensus), entre as candidaturas de Dilma e Serra. Como presente de Sexta-feira 13, e ainda por cima do mês de agosto, o DataFolha mostra hoje, nesta nova pesquisa, uma vantagem de 8% para a candidata do PT, Dilma Roussef, sobre o tucano José Serra. A pesquisa já traz os efeitos do debate dos candidatos na TV Bandeirantes. Dilma tem 41% e Serra, 33%. Na última pesquisa, Serra tinha 37% e Dilma 36%. E isso tudo aconteceu em apenas um mês.
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