Agricultura Brasileira Desmoraliza Tavinho Frias

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Apoiar a comercialização, reduzir custos ao produtor e fortalecer o sistema de produção agrícola são alguns dos objetivos do Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2010/2011, lançado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
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Em almoço na sede do jornal Folha de São Paulo, às vésperas das eleições de 2002, o filho do então presidente do jornal, com o dedo apontado de forma deselegante para o rosto do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva, ironizou: “Como o senhor quer ser presidente sem saber falar inglês?!” Constrangeu, com esse ato, até o próprio pai.
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Matéria de hoje na The Economist,  diz que, até o pessoal que não sabe inglês e, portanto, não pode ser presidente da República, na avaliação do “Tavinho” Frias... Não, não vou comentar, vou transcrever o que publica a BBC:
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“A revista britânica The Economist traz em sua edição desta semana um editorial e um longo artigo sobre a agricultura no Brasil onde enumera os avanços feitos no cultivo de alimentos no país nas últimas décadas e diz que o mundo 'deveria aprender com o Brasil' maneiras de evitar uma crise de alimentos.
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Citando dados da FAO (agência da ONU para alimentação e agricultura) que apontam que a produção mundial de grãos terá que crescer 50% e a de carne terá que dobrar para suprir a demanda até 2050, a publicação afirma que o Brasil tem características que o tornam um produtor de alimentos de grande relevância nos próximos 40 anos."
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Segundo a revista, "mais impressionante que o fato de o país ter se tornado nas últimas décadas 'o primeiro gigante tropical de agricultura', ameaçando inclusive os maiores exportadores de alimentos do mundo, é a 'maneira' como  o Brasil o fez.”
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Mas, sabem o que a revista aponta como razões desta “maneira” brasileira? Uma, a que lhe convém, como interessada na agricultura de exportação – que não é má, desde que não seja encarada como razão de ser da agricultura, que é a de produzir alimentos . A outra, senhores neoliberais, é a “intervenção do Estado na agricultura” , através do Ministério da Agricultura em constante fiscalização e acompanhamento, bem como via pesquisa pela também estatal Embrapa.



 Agricultura familiar.
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Claro que a The Economist se lixou para o papel da pequena agricultura familiar, responsável pela maior parte da comida que vai à mesa dos brasileiros. Está na dela, do lado dos que se importam em importar alimentos com baixo preço, que só a produçao em escala permite.
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Mas, nossa experiência está provando que, nesta terra imensa, só há um inimigo da produção, o latifúndio improdutivo. As glebas imensas, as negociatas rurais. O agronegócio, se quiser ter caractarísticas empresariais, que torne os que nele aplicam seu trabalho, trabalhadores com todos os direitos que o trabalhador deve ter, se não,  apropriar-se e concentrar indevidamente a terra pode não funcionar. O agronegócio não deve vingar à custa de negar o pé-de-chão de nosso agricultor; não à custa de provocar o êxodo rural; não à custa do trabalho vil e semi-escravo.
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 No Nordeste, o Vale do São Francisco já exporta tecnologia.
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No Sul temos muitas experiências, desde a suinocultura à produção fumageira, em que grandes empresas e pequenas propriedades podem conviver, embora aquelas pressionem cruelmente os produtores. Não acho racional o estabelecimento de limites mínimos baixos para a propriedade rural. Mil hectares de terras inférteis, acidentadas, remotas, ou mil hectares em terras fertilíssimas e planas, são diferentes. Mas acho que deve haver limites mais amplos, que podem parecer exagerados para quem, como Serra, fala em chácaras de “final de semana”. Mas não para um verdadeiro produtor rual, que tem o direito a almejar progredir. Um limite máximo de propriedade ajudaria a isolar politicamente os pequenos e médios proprietários do discurso da Kátia Abreu.
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Quem achar que é radicalismo, que veja a reforma agrária cubana, que estabeleceu, na sua fase incial, um limite mínimo para desapropriações para reforma agrária. Claro que podem haver desapropriações em áreas menores, no caso de obras públicas e regiões de especial interesse ambiental, mas aí a regra deve ser outra. O importante é que não haja sequer um trabalhador rural no Brasil sem terra e apoio para produzir.
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De qualquer forma está lá, em português, para nós, os “anarfa”, a admiração dos gringos pelo que fazemos. Mas talvez não nos admirem tanto, quando começarmos a lutar pela elevação dos preços dos alimentos no mercado internacional, porque, nos alimentos está contida mais que uma simples comercialização de um grão, de uma fruta, de um óleo. Estamos vendendo energia (sol), água, terra e trabalho.
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E tudo isso tem valor, e cada vez mais valor.
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E nem é preciso falar inglês para entender isso.
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