José Serra e a Bolinha de Papel – Os Facínoras Também Envelhecem

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.Bolinha de Papel



 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva acusou nesta quinta-feira o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, de desrespeitar o povo brasileiro ao mentir por conta do que considerou uma simulação de agressão que teria sido feita por ele durante confronto entre militantes do PT e tucanos na tarde de ontem no Rio.
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Todos perderam a cor e a vergonha. 
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“A mentira que foi produzida  pelo esquema publicitário do José Serra é uma coisa vergonhosa. Passaram o dia inteiro vendendo que esse homem tinha sido agredido”, disse Lula a jornalistas, após a inauguração do dique seco do Polo Naval de Rio Grande, no Rio Grande do Sul.
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Segundo a assessoria de imprensa da campanha de Serra, o candidato do PSDB foi atingido por um “pesado objeto”, sentiu-se mal e cancelou o restante dos eventos de campanha no Rio. O tucano foi levado para uma clínica onde, dizendo estar tonto e com náuseas, fez exame de tomografia e recebeu recomendação médica de repouso por 24 horas.
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Durante o programa eleitoral de Serra hoje, uma apresentadora disse: "É inaceitável o que aconteceu nesta quarta no Rio (...) Serra é agredido e atingido na cabeça e deixa o local. Serra foi ao médico e teve de interromper sua campanha no Rio. Mas o mais grave é o repetimento de um comportamento que não cabe mais na democracia". Em seguida, foram mostradas imagens do então governador Mário Covas sendo agredido por professores em greve.
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Lula contou que após saber do incidente entre militantes das duas legendas durante evento de Serra na zona oeste do Rio de Janeiro, chegou a pensar em entrar em contato com dirigentes do PT para que se solidarizassem com o tucano, mas mudou de opinião após ver imagens feitas pelo SBT, que  mostrou claramente as imagens do tumulto no Rio de Janeiro e deixou explícito, nítido, gravado, que José Serra simulou a suposta agressão. Atingido por uma reles bolinha de papel, ele sequer abaixou as duas mãos a fazer o “V” da vitória. Porém, muito depois, alertado por um telefonema (do marqueteiro de plantão?), levou às mãos a cabeça (do lado oposto ao atingido pelo bólido de celulose) e simulou a dor que o encaminhou para uma tomografia computadorizada e a recomendação médica de 24 horas de absoluto repouso. Esse é o fato.
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Entretanto, o que o leitor, ouvinte, telespectador recebeu como informação ontem e hoje? Se dependesse apenas dos veículos ligados aos grandes grupos de comunicação como a Globo e suas coligadas através do Jornal Nacional, Jornal das 10 e Bom Dia Brasil; os jornais Folha de São Paulo e Estadão, emissoras de rádio como a CBN (também da Globo), ficaria informado que Serra foi agredido por um rolo de adesivos arremessado por petistas,  não fossem as exceções na TV, na internet, no rádio e na mídia impressa.
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“Nenhum candidato, novo ou velho, tem o direito de mentir de forma descarada como o PSDB fez ontem, achando que atrás da tela tem um bando de pessoas que não entende  nada”, atacou Lula.
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O presidente comparou o episódio com o do ex-goleiro da seleção do Chile Roberto Rojas, que durante uma partida contra o Brasil em 1989 no Maracanã, válida pelas eliminatórias da Copa do Mundo do ano seguinte, fez um corte proposital no supercílio quando um foguete foi lançado por uma torcedora no gramado.
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O segundo acontecimento que abalou a campanha eleitoral ontem – 20/10/10 – foi a divulgação pela Polícia Federal que o jornalista Amaury Ribeiro Jr. é o responsável pela quebra do sigilo fiscal de Verônica Serra e outros líderes tucanos.
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Amaury Ribeiro Jr. confessou à PF que coletava informações para o jornal Estado de Minas com o objetivo de “proteger Aécio Neves” contra possíveis ataques de José Serra, seu opositor dentro do PSDB na disputa pela vaga para a candidatura à presidência. Disse também que suas viagens a São Paulo para buscar os documentos fiscais dos tucanos tinham sido pagas pelo jornal. Também contou que depois de abortada a ideia de se publicar as matérias nos jornais – porque Serra foi ungido como candidato tucano – decidiu escrever um livro sobre as privatizações de FHC, onde seria usada parte das informações coletadas. Contou também que teve uma reunião com o jornalista Luiz Lanzetta, que prestava assessoria para a pré-campanha de Dilma Rousseff, depois de sair dos quadros do jornal mineiro. Nesta reunião, disse que teria sido convidado – ou se convidou, não está claro – para trabalhar na campanha petista e que os dados dos sigilos fiscais por ele conseguidos haviam sido aí capturados de seu micro. Esse é o fato.
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Ontem mesmo, estas duas versões se encontraram: Se juntaram da forma a mais funesta e aterrorizante, pois foram exatamente as versões do Serra covardemente atacado e do jornalista a serviço de Dilma que foram passadas para a grande maioria dos brasileiros.
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 O chumbo grosso mesmo virá no próximo dia 31.
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No seu programa no horário eleitoral desta tarde, Serra apresentou sua versão teatral da suposta agressão. Até quando ela vai sobreviver? E Ribeiro Jr., ficará marcado como o funcionário do jornal Estado de Minas ou como membro do “grupo de inteligência” petista?
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Dois casos completamente distintos, mas com um nítido elo em comum: a total discrepância entre os fatos e as versões divulgadas pela maioria da grande imprensa. De tal tamanho e de forma tão escandalosa que desnuda, para quem quiser ver, a gritante – mas não assumida – parcialidade da maioria da mídia no processo eleitoral.
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