PGR Promete Continuar Investigações da CPMI do Cachoeira
“Essas informações permitirão que o Ministério Público Federal dê continuidade a esse trabalho de investigação”. A frase é do Procurador Geral da República, Roberto Gurgel ao receber nesta quinta-feira (22), uma representação referente à CPMI do Cachoeira das mãos do senador Randolfe Rodrigues, acompanhado dos senadores Pedro Taques, Pedro Simon e
O documento foi elaborado em contraponto ao relatório
final da CPMI do Cachoeira relatado pelo deputado Odair Cunha (PT-SP),
apresentado e que depois de duas tentativas de apresentação, será lido
somente na próxima quarta-feira (28). Ao receber a representação, Roberto
Gurgel disse dar continuidade às investigações
De acordo com Randolfe o relatório do deputado Odair
Cunha, embora tenha cinco volumes, não corresponde ao conjunto das
investigações realizadas pela Comissão. No documento do relator mais de
40 pessoas foram indiciadas, porém foram desprezadas algumas investigações que
na visão do Senador Randolfe Rodrigues são imprescindíveis para aprofundar as
relações da organização criminosa de Carlos Cachoeira com agentes públicos.
“Aproximadamente 160 requerimentos, em grande parte
propostos por esses parlamentares que assinam a representação, não foram sequer
apreciados pela Comissão. Entre eles o pedido de quebra de sigilos de 15
empresas consideradas fantasmas que receberam recursos da construtora Delta”,
lembra Randolfe, destacando que a Comissão deixou de investigar 80% das
empresas fantasmas que receberam recursos da Delta.
De acordo com Randolfe, essas empresas tinham como única
finalidade receber recursos da empreiteira. Levantamento feito pela assessoria
do Senador mostra que elas receberam mais de R$ 500 milhões da Delta, enquanto
que no relatório da Comissão foi possível apurar apenas R$ 100 milhões desse
montante. Outro ponto destacado na representação entregue hoje,
sãos os contratos firmados entre a Delta e o governo do Rio de Janeiro.
Mesmo assim não existe uma linha do relatório que aborde
essa questão e sequer cite o governador do estado Sérgio Cabral. Para Randolfe
uma clara manobra da Comissão para não investigar Cabral.
Retaliações: Durante a conversa com o grupo de
parlamentares, Gurgel disse que vai esperar a leitura do relatório final da
Comissão para confirmar as informações de que o documento pede para que ele
seja investigado. O procurador se mostrou tranquilo quanto à essa informação e
diz considerar normal a atitude do relator. “São frequentes as retaliações
quando o Ministério público cumpre seu papel de investigar. Impedir o MP de
investigar é um atentado ao Estado de direito, é uma forma de desfigurar a
instituição”, enfatizou Gurgel.
Do Blog do Randolfe
Não existe nenhum prova contra Sérgio Cabral, não adianta tentarem acusá-lo.
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