Brasil sobe uma posição no IDH
Brasil sobe uma
posição no IDH, mas ainda sofre para vencer desigualdade social histórica.
Em relatório divulgado nessa madrugada de quinta-feira 24/07, nosso país
passou da 80ª para a 79ª posição em ranking da ONU de desenvolvimento,
mostrando-se um país suavemente melhor, algo raro em um cenário de recessão
internacional. Porém, com a dificuldade histórica de vencer a desigualdade.
Este é o Brasil conforme o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH),
ranking anual elaborado pela ONU para avaliar a evolução dos países além do
simples crescimento econômico.
— Brasil mostra uma melhora consistente nos últimos 30 anos. Em
nível global, é um dos países que mais melhorou. Melhorias estruturais, como a
consolidação da democracia, estabilidade econômica e expansão e universalização
da educação — elogiou o argentino Jorge Chediek, representante residente
do Pnud e coordenador do sistema ONU no Brasil.
Embora a evolução de 0,95% ao ano entre 1980 e 2013 seja aplaudida pela ONU, o
Brasil ainda está distante de alguns países da própria América Latina, como Cuba,
por exemplo, que ocupa a 44ª posição.
— O Brasil não está muito melhor porque o passivo histórico é
enorme. Estamos falando de um país que, há apenas 30 anos, tinha metade da sua
população praticamente de analfabetos — registra Chediek.
Paralelamente ao IDH, a ONU divulga o IDH Ajustado à Desigualdade
(IDHAD). Neste, a avaliação do país cai conforme seus índices não se verificam
em toda a população de forma proporcional. O Brasil cairia de 0,744 de IDH para
0,542 de IDHAD, e estaria 16 posições abaixo no ranking.
Em razão, sobretudo, da má distribuição de sua
renda, a redução de 27% do IDH para o IDHAD faz do Brasil o mais desigual entre
os 100 melhores avaliados.
— Não que isso torne o país pior ou sua
avaliação inferior, mas o dado é divulgado para demonstrar que a desigualdade
está lá. Existe e precisa ser corrigida — avalia Andrea Bolzon, coordenadora do
Relatório de Desenvolvimento Humano nacional.
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