Quando Golias é Judeu
Até
ontem à noite, o número de baixas era de 1.200 palestinos, dos quais 350
crianças, outro tanto de mulheres, e mais dezenas de milhares de feridos. Segundo
as autoridades israelenses, 52 soldados tinham perdido a vida, e mais três
civis israelenses. Em Gaza falta água potável. As pessoas comem quando há
comida, praticamente dia sim, dia não. Hospitais não têm condições de tratar
todos os feridos. Ambulâncias, inclusive aquelas dos Médicins Sans Frontières,
não circulam na probabilidade de ser atingidas. Ambas as fronteiras para
escapar para o mundo, Erez, em Israel, e Rafah, no Egito, permanecem fechadas
para os palestinos, mesmo para aqueles mais ameaçados. Apagões são quase permanentes.
Com
seu 1,8 milhão de habitantes espalhados por apenas 40 quilômetros de
extensão e 10 de largura, a Faixa de Gaza, separada do mundo por um bloqueio
imposto por Israel. Esse enredo de violência começa com a expulsão dos árabes
palestinos quando Israel venceu sua luta de independência em 1948. Após a
Guerra de Seis Dias, em 1967, mais alguns milhões de árabes palestinos foram
expulsos pelo Oriente Médio.
Para
quem está em Gaza, a postura da diplomacia ocidental é de um cinismo abissal.
Mesmo porque existe um evidente conluio entre o lobby judeu e a diplomacia
internacional.
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