AECIOPORTO SERÁ INVESTIGADO PELO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
Candidato tucano será investigado por construção de aécioporto construído na cidade de Cláudio
Escancarado o escândalo durante a campanha
eleitoral, o Ministério Público Federal em Minas Gerais decidiu
abrir investigação para apurar irregularidades praticadas pelo presidenciável
Aécio Neves (PSDB) na utilização de recursos públicos para construir um
aeroporto numa área desapropriada dentro da fazenda de seu tio-avô em Cláudio,
no interior do Estado, quando era governador.
Construído nas terras de Múcio Guimarães
Tolentino, a 6 km
da Fazenda da Mata, pertencente à família Neves, o conhecido aécioporto custou
à bagatela de R$ 14 milhões e foi feito no final do segundo mandato do tucano
no governo mineiro.
Operando
sem homologação da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), o aécioporto é de
uso privado e as chaves do local estão em poder de familiares de Aécio, que
precisavam ser consultados para liberar a utilização da pista.
O
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, arquivou a parte criminal de uma
representação feita pelo PT contra Aécio pela construção do aeroporto. No
entanto, Janot determinou que a representação fosse encaminhada ao MPF para a
avaliação. Diante dos fatos e das evidências, o MPF decidiu pela investigação
por improbidade administrativa.
Família Neves quer R$ 9
milhões por terras de aeroporto
Aberta
no último dia 17 de outubro, na Procuradoria da República de Divinópolis (a 50 km de Cláudio), a
investigação vai “apurar possível irregularidades na utilização de recursos
públicos pelo então governador de Minas, Aécio Neves da Cunha, para a
construção de um aeródromo em propriedade de seu tio-avô, sr. Múcio Guimarães
Tolentino”.
Em
1980, Múcio era prefeito de Cláudio. Nessa época ele abriu uma pista de terra
no mesmo local, que deveria ter sido repassado para a prefeitura, o que nunca
aconteceu. No segundo mandato de Aécio no governo de Minas, ele resolveu abrir
licitação e desapropriar o terreno para então construir o aeroporto.
Ao
escolher uma propriedade do tio para fazer a obra, Aécio aproveitou para
liberá-lo de uma pendência jurídica, já que é réu numa ação do Ministério
Público Estadual que tenta recuperar o dinheiro gasto pelo Estado na construção
da pista de terra.
A
Justiça determinou o bloqueio da área, em 2001, para garantir o ressarcimento
aos cofres públicos em caso de condenação. Mas a desapropriação dá o direito da
família de Aécio de receber do Estado pelo menos R$ 1 milhão de indenização, o
que a família Neves contesta pedindo um valor nove vezes maior.
Com
informações de agências
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