A intelectuais, Dilma reafirma compromisso com diálogo permanente
Ato de apoio dos intelecturais à campanha de Dilma no Rio. Primeiro no alto (de camisa branca), meu irmão, ator e diretor de teatro Luiz Carlos Vasconcelos.
Após
encontro com a presidenta Dilma Rousseff, realizado nesta quarta-feira (26), no
Palácio do Planalto, o teólogo Leonardo Boff afirmou que ela está disposta a
fazer do “diálogo permanente, orgânico e contínuo com a sociedade” um ponto
alto do seu segundo governo. A presidenta recebeu um documento com
demandas e disse que prefere ouvir críticas a elogios.
Além
de Boff, foram recebidos pela presidenta o escritor Frei Betto e mais quatro
integrantes do Emaús, grupo composto por cientistas sociais, acadêmicos e
religiosos, que surgiu há 40 anos, fruto da resistência à ditadura militar.
Boff destacou que Dilma estava aberta à discussão e que disse preferir críticas a elogios às coisas boas
que seu governo faz. Questionado sobre as escolhas de Dilma para o novo
ministério, Boff disse que respeita e confia em suas decisões, mas que como
cidadão e intelectual se reserva a distância de poder fazer críticas.
“Ela tem que tomar as decisões que ela acha mais adequadas, especialmente
considerando certas conjunturas e também a pressão violenta que os mercados
sofrem, prejudicando a política, o curso das coisas. Sabemos que ela tem uma
mão firme, ela não se deixa conduzir, ela conduz. Isso nos dá certa
tranquilidade,” disse a jornalistas.
“Então ela deve fazer um jogo equilibrista e é isso que a política na sua
essência é: fazer o possível dentro de uma correlação de forças,” completou.
Brasil e América Latina
Sobre os desafios do país e da América Latina, o teólogo ressaltou a
importância da participação cada vez maior da juventude, que precisa ser
politizada. “Se não houver uma democracia participativa que vem de baixo e
uma articulação mais orgânica do governo com movimentos sociais, será difícil
levar adiante uma política e mesmo garantir a vitória futura do PT. É
necessário animar as bases e politizar os jovens especialmente. A juventude
quer outro tipo de democracia, querem participar”, concluiu.
Com informações da Agência PT de Notícias
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