FOLHA DÁ AULA DE LEVIANDADE EM MANCHETE









247 – Ex-diretor de Relações Institucionais, Alexandrino Alencar teve sua prisão temporária convertida em preventiva pelo juiz Sergio Moro. O motivo: a acusação feita por Paulo Roberto Costa sobre propinas de US$ 30 milhões pagas nos últimos anos pela Braskem ao ex-diretor da Petrobras e também ao ex-presidente do PP, José Janene.

Ao noticiar o caso, no entanto, a Folha de S. Paulo deu uma aula de leviandade. "Ex-diretor ligado a Lula continuará preso, decide juiz", dizia a manchete do jornal, em letras garrafais. Mas se algum leitor quiser procurar qualquer referência ao ex-presidente Lula na reportagem, não a encontrará. Internamente, Alexandrino é citado como "um dos principais elos da empresa com políticos".

Isso significa que Alexandrino, simplesmente, exercia a sua função. Como qualquer diretor de Relações Institucionais de grandes corporações, ele fazia a ponte entre a empresa e grupos de influência, como políticos, partidos, jornalistas e meios de comunicação – inclusive, a própria Folha.

Alexandrino esteve no grupo Odebrecht durante todo o governo FHC. Foi ele, por exemplo, um dos arquitetos do suporte político para a criação da Braskem, empresa resultante da fusão entre os ativos petroquímicos da Odebrecht e da Petrobras. Surgida na era tucana, a Braskem, segundo muitos analistas, foi decisiva para evitar a bancarrota do grupo Odebrecht, que é também um dos principais contratantes de palestras do ex-presidente Fernando Henrique e também financiador do iFHC. Nem por isso, no entanto, Alexandrino é apresentado pela Folha como "ex-diretor ligado a FHC".

A referência recente que o une a Lula é o voo num jatinho fretado pela Odebrecht para a América Central, quando o ex-presidente foi contratado pela empreiteira para realizar uma tarefa – estranho seria se, neste caso, o contratante e o cliente não viajassem juntos.




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