Pacote de investimentos atrairá capital privado? Claro, só para os trouxas o Brasil vai afundar








Por Fernando Brito - O Tijolaço



O plano de investimentos em logística anunciado agora há pouco pelo Governo Federal  só surpreendeu pelo valor estimado, quase 20% maior do que o esperado: quase R$ 200 bilhões.

Claro que, como todo investimento de infraestrutura, não é como vender bananas e depende de tempo de maturação.

Salvo exceções – e em geral associadas a obras de expansão – mantém a diferença com o programa de privatização dos anos 90: não haverá venda do que já existe, simplesmente, mas investir.

Ou seja, não a simples alienação de patrimônio, mas a criação de riqueza.

É claro terão alguma demora no cumprimento da legislação e o efetivo início da implantação, mas abrem perspectivas de melhor funcionamento de nossa economia, embora não tenha o poder de, por si, mudar o modelo.

Trata-se, basicamente, da elevação da competitividade dos produtos de exportação – mineral e agrícola –  e da estrutura de transporte, de carga e pessoas, o caso das estradas e dos aeroportos.

Uma necessidade óbvia, quando se vê que dobraram, ou mais que isso, a produção de grãos, o número de veículos e o de passageiros da aviação.

Os gargalos, dos quais tanto reclamam os empresários, estão prontos para ser abertos, desde que se queira investir.

Novidade, mesmo, só no modelo de financiamento, menos dependente do BNDES – sobretudo nas ferrovias, que são quase 50% do plano e têm retorno mais lentos – mais  o que é a incógnita maior: haverá dinheiro privado para participar destes investimentos?

Haverá, porque são rentáveis, e muito e há interesse, sobretudo de investidores estrangeiros, em aplicações de longo prazo. Sobretudo se associado com recursos de realização de lucro mais veloz em venda de equipamentos e serviços, o que deve ser motivo de cuidados complementares, nos quais o saldo possível de financiamento público deve ser, aí sim, empregado sem ressalvas.

É essencial que não se deixe de aproveitar a oportunidade para gerar mais que empregos na construção pesada – o que é vital, sobretudo agora – mas para a recuperação da indústria e a implantação de plantas de equipamentos e a malha de serviços que um investimento desta ordem permite.

É aí que se transmite para a sociedade a geração de riqueza que o investimento em infraestrutura proporciona.

São os dois, juntos, que criam desenvolvimento com esta coisa que parece demodé: justiça social. O que é a única forma de ser sustentado, porque sem consumo a riqueza é mesquinhez e só com consumo não se produz futuro.

É coisa que qualquer família sabe, de tão simples.

Mas há algo que o plano de investimentos faz, de imediato, muito antes das obras serem iniciadas e muito antes de funcionarem.

Pode ser o primeiro sinal, apesar do que a imprensa fará, uma virada de página no clima de pessimismo econômico com que soterraram o Brasil.

Porque o Brasil não tem saída senão crescer e os saudosistas do Brasil “pequeno e servil” não podem nada contra a realidade de sermos um país fadado a ter um destino próprio e não ser uma colônia financeira.




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