Para esculhambar de vez: Prefeito de Salvador, neto de apoiador da ditadura, cogita entrar no Partido Socialista Brasileiro





ACM Neto: o novo socialista do PSB?




Após o fracasso na tentativa de fusão entre Democratas e PTB, o prefeito de Salvador, ACM Neto, negocia a saída do DEM e a transferência para três partidos: o PDT, sigla que ele já vinha conversando desde o ano passado; o PMDB que o convidou; e agora ele passou a sonhar com a ida para o PSB. Seu padrinho entre os socialistas é o ex-deputado Beto Albuquerque, candidato a vice presidente na chapa de Marina Silva. Beto consultou a senadora baiana Lídice da Mata, principal figura do PSB no estado, que resiste a ser companheira de Neto na mesma legenda. Ela foi uma das adversárias mais duras do avô do prefeito, o senador ACM, já falecido.
A notinha, assinada pelo repórter Leonel Rocha, tem uma chamada irônica: “Estrela dos Democratas, prefeito de Salvador poder virar socialista”. Se não for pura especulação da revista Época, a filiação do “grampinho” – como ACM Neto é carinhosamente chamado pelos baianos – será mais uma prova da acelerada direitização do PSB.
Nas eleições presidenciais do ano passado, esse processo ficou nítido com o apoio da legenda ao cambaleante Aécio Neves. Na sequência, setores mais a esquerda da sigla foram alijados da sua direção. Nas últimas semanas, a cúpula partidária acelerou a negociata para a fusão com o PPS do coronel Roberto Freire – o que causou forte resistência interna. Agora, a possível filiação da principal referência dos demos no cenário político brasileiro.
Diante dos vários sinais de degradação ideológica e de oportunismo político, o ex-dirigente da sigla, Roberto Amaral, já havia se rebelado.
Em artigo intitulado “O harakiri do PSB”, postado no início de maio, ele advertiu a militância para o triste processo em curso.
Argumentou que a fusão com o PPS, “a excrescência reacionária da direita”, resultaria num partido que seria “o grande satélite do PSDB”.
Lembrou a criação da sigla por “socialistas históricos”, que estariam envergonhados com as filiações de direitistas históricos, como os ex-demos Heráclito Fortes (PI) e o clã Bornhausen (SC) e concluiu:
“A fusão [ao PPS], portanto, é apenas o clímax de um processo de grave decadência ético-ideológica. Uma vertiginosa trajetória de declínio político e renúncia moral, orientada pelo ganhar a qualquer custo. Uma vez mais – e não pela última vez – os fins justificam os meios, ainda que espúrios. Essa fusão é moralmente inaceitável, é o ponto final do PSB. É o sepultamento, no seu programa, do socialismo, do nacionalismo e da prática de uma política de esquerda. No entanto, é processo natural no PSB de hoje, que nada tem a ver com o PSB de seus fundadores… Esse neo-PSB me causa engulhos”.
Talvez Roberto Amaral nem soubesse das negociações de bastidores com ACM Neto!




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