PSDB esquece de combinar e doleiro frustra ação no TSE contra Dilma
Por solicitação do PSDB, do candidato derrotado
Aécio Neves, uma ação junto à Justiça eleitoral foi aberta com o objetivo de
tentar ligar a campanha da presidenta Dilma Rousseff aos esquemas de desvios na
Petrobras para, assim, impugnar o resultado das urnas.
Mas os tucanos esqueceram de combinar com a sua
principal testemunha, o doleiro Alberto Youssef, que não seguiu o script. Ele
informou não ter participado de nenhum esquema de desvio por um motivo óbvio:
durante a disputa eleitoral estava detido.
O
doleiro, que é réu confesso no esquema de desvios da Petrobras, repetiu o que
já havia dito em depoimentos à Operação Lava Jato e à CPI da Petrobras e não
apontou provas ou elementos específicos sobre a campanha de 2014, fato que
também se repete nas investigações em andamento.
O
depoimento à Justiça Eleitoral aconteceu nesta terça-feira (9), em Curitiba,
onde o doleiro está preso, pelo juiz Nicolau Lupianhes Neto, da Corregedoria do
Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na sede da Justiça Federal.
Youssef
está preso desde março de 2014 por corrupção, lavagem de dinheiro e
participação em organização criminosa por conta dos desvios na Petrobras.
A ação
foi aberta por solicitação dos tucanos logo depois das eleições, com base no
factoide lançado pela revista Veja dois dias antes da realização do segundo turno.
Inconformados com a derrota nas urnas, o PSDB pede a cassação do mandato da
presidenta Dilma. Além disso, os tucanos alegam que a campanha eleitoral de
2010 foi financiada, em parte, por dinheiro oriundo da corrupção.
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