BATIDA NA CASA DE COLLOR ATINGE EM CHEIO RENAN E CUNHA
Por Fernando
Brito
A
esta altura, creio que ninguém com um mínimo de lucidez espera encontrar provas
materiais de corrupção dos casos apurados pela Operação Lava Jato dormindo nas
gavetas das casas ou escritório dos acusados.
Pode
até haver alguma exceção, de algum político ou empresário que habite o mundo da
Lua e tenha deixados guardados bilhetes, planilhas, e-mails ou qualquer coisa
do gênero que os possa comprometer.
A
pistas e provas, se existirem, só podem ser reunidas por movimentações
bancárias, saques, recebimentos, remessas ao exterior e outras operações do
tipo, que não vão ter comprovantes guardados tal como eu e o distinto leitor
guardamos recibos de pagamento das contas de luz, telefone, água…
Mesmo
os computadores, qualquer guri sabe, ficam à mercê de um mero HD externo, que
guarda numa embalagem do tamanho de um maço de cigarros milhares de documentos
que não se queira deixar em um disco rígido local.
O
que levou, então, o MP a requerer e o Supremo a autorizar as
“batidas” de hoje?
A
interpretação que se deve dar a essa movimentação espalhafatosa não está nos
autos dos processos, mas na construção de um suporte político para operações
mais agudas.
Collor
e o exibicionismo de sua coleção de carros certamente são uma
“benção” para esta “ação de marketing judicial”, melhor não haveria.
Ninguém
duvide que se vai “medir” a reação do Senado e da Câmara e preparar outros
movimentos.
Porque
não é só na Câmara Alta que Paulo Roberto Costa despejava suas benesses. Na
Câmara, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras também abastecia muita
gente…
Outras
escaramuças virão, de preferência durante o recesso parlamentar que
começa ao final desta semana.
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