NASCE HOJE A FRENTE NACIONAL DE MOBILIZAÇÃO "POVO SEM MEDO"
Movimentos sociais e sindicais anunciaram a
criação de uma nova frente de esquerda que vai protestar contra o ajuste fiscal
e o conservadorismo e pedir a taxação dos ricos e a urgência das reformas
agrária, tributária e urbana. É a "Frente Povo Sem Medo", que será
lançada nesta quinta-feira (8) com um ato a partir das 18h no Centro
Trasmontano, no centro da capital paulista.
A Frente Povo Sem Medo é constituída por 27
movimentos sociais e sindicais de atuação nacional, além de movimentos
regionais, segundo Guilherme Boulos, um dos líderes do Movimento dos
Trabalhadores Sem Teto (MTST). O símbolo da Frente é o mesmo de uma escultura
do Memorial da América Latina, em São Paulo: uma mão aberta com o mapa do
continente em vermelho, lembrando sangue, concebido pelo arquiteto Oscar
Niemeyer.
Em seu manifesto, a Frente Povo Sem Medo declara:
“No momento político e econômico que o país tem vivido, se torna urgente a
necessidade de o povo intensificar a mobilização nas ruas, avenidas e praças
contra esta ofensiva conservadora, o ajuste fiscal antipopular e defendendo uma
saída que não onere os mais pobres”.
O documento é assinado por 27 movimentos, entre
eles, o MTST, a CUT (Central Única dos Trabalhadores), a CTB (Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), a UNE (União Nacional dos Estudantes)
e a Intersindical. Povo sem Medo é a segunda frente formada por movimentos de
esquerda, depois Frente Brasil Popular, lançada em setembro e constituída por
movimentos sociais e sindicais tais como a CUT, a CTB e a UNE, que compõem as
duas frentes, além do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e
partidos políticos como o PT e PCdoB. Na nova frente, os partidos políticos
ficaram de fora, embora ela conte com apoio de diversos parlamentares.
Ambas as frentes também são contra o impeachment
da presidenta da República Dilma Rousseff. “A posição da Frente é contra
qualquer saída à direita para a crise política no país. Entendemos que o
impeachment para a entrada de Michel Temer (vice-presidente) ou para a chamada
de novas eleições é uma saída à direita”, disse Guilherme Boulos. A data para a
primeira mobilização de rua já está marcada: será no dia 8 de novembro.
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