O COVIL DO IMPEACHMENT
por Fernando Brito
Logo
depois do voto do homem acusado no STF de embolsar dinheiro do Fisco. Augusto
Nardes, a oposição reuniu-se na casa do homem acusado de receber propinas nos
negócios da Petrobras e de manter dinheiro ilegal em contas na Suíça, Eduardo
Cunha.
Entre
os convivas um dos mais ilustres, quem sabe, o líder do DEM, Agripino Maia,
objeto de um (não, de dois!) inquéritos por corrupção no Supremo.
O
motivo? Debater como, com o voto de um e com as manobras regimentais de outros,
derrubar-se-á do governo uma presidente que não tem, contra si, qualquer
acusação de corrupção.
Para
isso, contam com os votos garantidos de boa parte dos deputados (do PP,
sobretudo) sob cujo apoio Paulo Roberto Costa montou a sua “base de apoio” na
Petrobras na diretoria de Abastecimento, como Cunha a montou na Internacional.
Que,
afinal, faz tempo que foram se bandeando para a oposição, porque a “acusada”
demitiu Costas e Ceverós.
Esse
é o resumo sem retoques do que está se passando hoje.
Então,
com o apoio da mídia moralizadora, aqueles homens da moral assumirão o poder e
o exercerão segundo os preceitos morais que já demonstraram.
Bom
enredo para um romance, uma obra de ficção.
Para
um país de verdade, do tamanho do nosso, uma ópera bufa ou, dependendo do seu
desfecho, uma tragédia.
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