ROSA WEBER TRAVA GOLPE DE CUNHA, DEIXANDO A OPOSIÇÃO GOLPISTA E DESONESTA "NA MÃO"
Título e montagem: Bastidores - Eduardo Cunha é abandonado pelos golpistas da oposição, que só o defenderam enquanto servia para alguma coisa.
247 - O sentimento de
vingança que motiva o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), a dar seguimento aos pedidos de impeachment da presidente Dilma
Rousseff no Legislativo não deve ser suficiente para realizar o tão sonhado
golpe da oposição. Pelo menos por ora.
Liminar
concedida nesta terça-feira 13 pela ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal
Federal (STF), impede Cunha de tomar qualquer decisão sobre o impedimento da
presidente até que seja analisado no STF o mérito de um mandado de segurança
apresentado à corte, que sequer tem data para ser julgado. A decisão da
ministra deferiu um mandado de segurança do deputado Rubens Pereira Jr. (PCdoB-MA).
Em
outras palavras, até que o STF se manifeste em plenário, o impeachment contra
Dilma não prossegue na Câmara. Mesmo que Cunha dê prosseguimento a um dos
pedidos, por decisão monocrática, a tramitação seria barrada pelas liminares
concedidas tanto por Rosa Weber quanto pelo colega Teori Zavascki.
Depois,
atendendo a um pedido dos deputados Paulo Teixeira (PT-SP) e Paulo Pimenta
(PT-RS), Rosa Weber concedeu uma terceira liminar contra Cunha. Nesta
decisão, a ministra concluiu que o presidente da Câmara desrespeitou a
súmula vinculante 46, do STF, que estabelece que o trâmite para processos por
crime de responsabilidade só pode seguir o que está fixado em lei.
"Se
o ministro Teori Zavascki barrou manobra acertada entre Eduardo Cunha e a
oposição para viabilizar o impeachment, a colega Rosa Weber travou a
possibilidade de uma decisão do presidente da Câmara sobre impedimento até que
seja analisado o mérito de um mandado de segurança apresentado ao STF. Em
resumo, Zavascki concentrou poder nas mãos de Cunha, mas Weber atou as mãos do
presidente da Câmara", comentou o jornalista Kennedy Alencar, ao comentar
as decisões.
Com
a decisão, a situação de Cunha, investigado por corrupção e lavagem na
Suíça e vinculado a contas secretas no país europeu, por onde passaram pelo
menos R$ 23 milhões, ficará insustentável na presidência da Câmara e a
oposição será pressionada a abandoná-lo. Desta vez, para valer – não apenas com
uma nota à imprensa, como fez na semana passada, quando defendeu,
simbolicamente, o afastamento do deputado.
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