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Mostrando postagens de agosto 11, 2015

Esse clima de caos e descontrole recai sempre sobre os mais fracos, e só interessa aos inimigos da democracia.

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Por informações honestas e de qualidade A jovem democracia brasileira está sob um ataque de pânico. —Tem a figura sinistra do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) fazendo e refazendo votações ao seu bel prazer e ao arrepio da Constituição; —Tem grupos de paneleiros gritando pela Intervenção Militar Já!; —Tem torturadores exibindo seu desprezo à vida humana (para candidatar-se a um novo emprego?); —Tem quem peça o impeachment; —Tem denúncias, tem juiz, tem ministério público; —Tem a televisão, tem a Lava Jato, tem o silêncio dos acusados. —Tem um aperto no coração dos que lutam pela democracia, pelos direitos humanos, pelos avanços sociais. Do lado dos que querem derrubar “tudo o que aí está”, o clima de vale-tudo já ensejou barbaridades assustadoras, como o linchamento de ladrões no Maranhão, o ataque racista contra adeptos das religiões de matriz africana, a violência contra uma jovem transexual que ousou denunciar os crimes diuturnamente cometidos

Impeachment de Dilma seria "botar fogo no Brasil", diz Renan

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Presidente do Senado afirma que o impeachment "não é o que a sociedade quer de nós" e define uma agenda para a retomada do crescimento O presidente do Senado e do Congresso Nacional, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse, nesta segunda-feira 10, que temas como impeachment e apreciação de contas dos governos anteriores e do atual não são prioridades. "Na medida que o Congresso tornar isso prioritário, estaremos pondo fogo no Brasil. E não é isso que a sociedade quer de nós”, disse o parlamentar, após reunião com ministros na residência oficial do Senado. A reunião serviu para que Renan definisse com os ministros da área econômica e outros uma agenda para a retomada do crescimento econômico e outras reformas necessárias ao país após a crise. Na opinião dele, essa agenda deve ser ampla a ponto de reunir as forças políticas em torno dela. “Eu acho que agenda tem que tratar de tudo, da reforma do Estado, da coalizão, da sustentação congressual. Eu acho que esse m

Prostituição, direito humano?

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Anistia Internacional reacende a polêmica – e mostra por que se transformou numa organização cujo foco vai muito além dos direitos civis Que atitude deveriam adotar, diante do trabalho sexual, os que criticam o capitalismo e as relações patriarcais? O debate, contraditório e às vezes inflamado, voltará com força nos próximos dias. A   Anistia Internacional   (AI) abre em Dublin, neste fim-de-semana, o encontro bianual de seu Conselho. Há um vasto leque de temas em pauta. Mas os holofotes estarão no decisão a ser adotada, por cerca de 500 delegados, sobre uma proposta controversa. Ela propõe que a Anistia engaje-se na luta para descriminalizar a prostituição. Espera-se um resultado na terça-feira. A emergência do tema reflete a profunda transformação por que passaram, nas últimas décadas, tanto Anistia Internacional quanto a própria noção de   Direitos Humanos . Fundada em 1961, na Grã-Bretanha, a organização esteve focada, até os anos 1990, na luta pelos chamados   d

O prisioneiro que apavora o império americano (final)

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Reportagem em duas partes. Leia a primeira   aqui – O caso Assange chegou à Suprema Corte do Reino Unido, finalmente, em maio de 2012. Num julgamento que acolheu o mandato de detenção europeu (EAW, European Arrest Warrant) – cujas rígidas exigências não deixaram quase nenhuma margem de manobra aos tribunais – os juízes acharam que os procuradores europeus podiam emitir mandatos de extradição no Reino Unido, sem qualquer supervisão judicial, apesar de o Parlamento pretender o contrário. Eles deixaram claro que o Parlamento havia sido “enganado” pelo governo Blair. O tribunal ficou dividido, 5 a 2, e decidiu contra Assange. Contudo, o presidente da Suprema Corte, Lord Phillips, cometeu um erro. Ele aplicou a Convenção de Viena na interpretação de tratados, permitindo que o Estado ignorasse a letra da lei. Como apontou a advogada de Assange, Dinah Rose QC, isso não se aplica ao EAW. A Corte Suprema reconheceu esse erro crucial somente quando teve de lidar com o