FAUSTÃO ASSUME O TCU E INTIMA TEMER
O que dizer de um presidente que se vê obrigado a prestar esclarecimentos a uma nulidade como Fausto Silva?
Carlos Fernandes no DCM
O que dizer de um presidente da República que se vê obrigado
a dar pessoalmente explicações sobre o seu “programa” para a educação
brasileira a uma nulidade como Fausto Silva?
Segundo a coluna de Josias de Souza, um dia após a crítica
feita pelo Faustão à Medida Provisória que enfraquece o ensino médio e
vai ao encontro da insanidade da “escola sem partido”, Temer teria
telefonado para o apresentador tentando justificar o injustificável.
O atual presidente sabe que ser avaliado em rede nacional
como uma “porra de governo que nem começou” por um pau mandado dos
Marinhos, principais responsáveis pela alienação nacional que tornou
possível o golpe e sua consequente ascensão ao poder, boa coisa não é.
Não que professores, alunos, pais, filósofos, intelectuais,
artistas, estudiosos da educação e a sociedade em geral já não tenham
feito inúmeros alertas sobre o sucateamento do ensino público que a
medida está proporcionando. Eles que se danem. Michel Temer só deve
satisfações a seus verdadeiros patrões.
E seus patrões não são outros senão aqueles que investiram
alto na manipulação das massas, no financiamento de “movimentos
apartidários”, no antijornalismo intensivo dos grandes meios de
comunicação e no enfraquecimento político de uma presidenta
legitimamente eleita.
Absolutamente nada neste governo é pensado para o público. A
urgência com que foi imposta a MP atende exclusivamente aos interesses
do ensino privado do país. Não é por coincidência que em julho deste
ano, o ainda ministro interino, Mendonça Filho, já havia convocado o
empresariado nacional da educação para “juntos, nos mobilizarmos a fim
de fortalecer a base educacional do país”.
Por sinal, a convocação foi feita durante reunião de líderes
da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI). Também não por acaso, o
evento foi realizado na sede da Confederação Nacional da Indústria
(CNI), cujo presidente, Robson Braga de Andrade, é aquele sujeito que
defende mudanças nas leis trabalhistas e carga horária de 80 horas
semanais.
Por aí dá pra se ter uma vaga idéia do que vem a ser, na
cabeça de Temer e de seu ministro da Educação, um “fortalecimento” da
base educacional. Um país que pretende aumentar o número de alunos por
sala de aula, a extinção de disciplinas fundamentais para o
desenvolvimento intelectual de um cidadão consciente e a desobrigação de
profissionais capacitados na educação pública só pode estar agindo em
total sintonia com a iniciativa privada.
E na mesma esteira do desmonte do patrimônio público que
segue a educação, seguem também a Petrobrás, os bancos, as hidrelétricas
e as demais estatais que conseguiram sobreviver à verdadeira queima de
estoque realizada na era FHC.
A “reforma da educação” via MP é apenas uma das muitas
frentes que estão em curso para a completa ausência do Estado em áreas
de extremo interesse da população, sobretudo as das parcelas justamente
mais necessitadas da atuação estatal.
Aprofundar a insatisfação da sociedade em relação à
qualidade dos serviços públicos – ao invés de tentar melhorá-los – é o
mesmo Modus Operandi utilizado anteriormente por governos reacionários
para justificar a transferência de responsabilidades que deveriam ser
arcadas com competência pelos impostos pagos por cada cidadão aos
insaciáveis tubarões do capitalismo.
Nessa tragédia onde até um bufão como Fausto Silva critica o
que Padilha chama de “monarca” e “imperador”, uma coisa é verdade, esse
realmente é uma porra de governo.
Assista o vídeo:
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De inteiro acordo, mas lembrando que a medida provisória não vai de encontro a e sim ao encontro da insanidade. De encontro a ela iria caso se chocasse, se opusesse, contrariasse a insanidade. Indo ao encontro da, ela abraça, confirma, converge com a insanidade.
ResponderExcluirExcelente observação, caro anônimo. Como pode ver, reproduzi na íntegra texto de Carlos Fernandes no DCM, mas, confesso que não sei se teria atentado para essa sutil diferença se eu mesmo o tivesse escrito.
ResponderExcluirAbraço
Rodolfo Vasconcellos
Correção efetuada
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