MORO, TOFFOLI, DALLAGNOL, ONYX LORENZONI, CARLOS SAMPAIO E MINISTÉRIO PÚBLICO ESTRAÇALHAM NOSSA DEMOCRACIA E SE SEPARAM DOS CIDADÃOS DE SEGUNDA CLASSE.
Eles e nós, cidadãos de segunda. A diferença é que eles são de terceira quando o assunto é dignidade
Se havia alguma dúvida acerca da imparcialidade da Lava
Jato, um despacho de Sérgio Moro pedindo a retirada de uma
expressão acaba com ela.
Moro recebeu um relatório sobre a quebra de sigilo telefônico de Maurício Bumlai, filho do pecuarista José Carlos Bumlai.
Depois de ter acesso à agenda de um celular apreendido, a
Polícia Federal encontrou contatos de autoridades e concluiu que a
família “tinha influência no PT”.
“A influência não era somente em agentes políticos da
administração pública, mas também na Suprema Corte, na pessoa do
ministro Toffoli”, diz o documento da PF.
Moro agiu celere e duramente com o delegado Filipe Hille Pace. Escreveu:
Assim, o relatório, sem base qualquer, contém afirmação leviana e que, por evidente, deve ser evitada em análises policiais que devem se resumir aos fatos constatados.
Portanto, intime-se a autoridade policial com urgência (por telefone) para, em três dias, refazer o referido relatório, retirando dele conclusões que não tenham base fática e esclarecendo o ocorrido.
Agiu corretamente. O fato de alguém ter o número de uma
pessoa em seu telefone não significa nada, a princípio. Pace admitiu,
mais tarde, que houve “erro material” e que é “faticamente e
probatoriamente impossível” provar essa suposta influência.
Então por que falou isso?
Filipe Pace é o mesmo que afirmou que o nome de Lula
constava de uma “planilha de propina” da Odebrecht escondido sob o
apelido de “Amigo”.
Foi em outubro. Até o presente momento, Moro ainda não se manifestou. Não espere sentado.
Em mais uma prova de que, no Brasil, alguns cidadãos são
mais iguais do que outros, o relator das “10 Medidas de Combate à
Corrupção” na Câmara, Onyx Lorenzoni, do DEM, recuou da inclusão da
possibilidade de processar juízes, promotores e procuradores por crime
de responsabilidade.
Lorenzoni foi pressionado por magistrados e integrantes do
Ministério Público. Deu para trás após uma reunião com o coordenador da
força-tarefa da Lava Jato, Deltan Dalagnol, entre outros.
A reclamação era de que o relatório “cerceava e constrangia”
os investigadores. Um vídeo do movimento de direita “Vem Pra Rua”
circulou essa semana com essa tese.
Talvez seja mais simples legalizarmos o sistema de castas para poupar o trabalho dessa gente boa e empenhada em salvar o país.
Comentários
Postar um comentário
comentário no blogspot