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Mostrando postagens de dezembro, 2016

INACEITÁVEL É A PARTICIPAÇÃO DO JUDICIÁRIO NO GOLPE

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Um judiciário degradado é a maior vergonha de uma Nação Da  CartaCapital : Desatados os laços coloniais, a proximidade entre Brasil e Portugal se estende para além das velhas rotas do Atlântico. Nas antigas colônia e metrópole, as trajetórias republicanas são navegadas sob tempestades que carregam ensinamentos para as duas costas do oceano. A onda neoliberal que atinge hoje o Brasil por meio do governo de Michel Temer chegou como um tsunami em 2011 às terras lusitanas. Passos Coelho, então primeiro-ministro, tentou aprofundar as políticas de ajuste estrutural exigidas pelo Fundo Monetário Internacional, o Banco Central Europeu e a Comissão Europeia, mas o ímpeto dos retrocessos perdeu força diante da resistência unificada do campo progressista em Portugal. Baseado nessa análise, o sociólogo português Boaventura de Sousa Santos espera comportamento semelhante das esquerdas brasileiras para reagir ao que chama de “golpe constitucional-judicial” e a retrocessos defendidos

RETROSPECTIVA DO IMPEACHMENT COMANDADO PELA MÍDIA GOLPISTA

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De Pedro Zambarda de Araujo no DCM O ano de 2016 se aproxima do fim e é importante lembrar do papel da imprensa no golpe e na subsequente draga econômica e institucional em que nos metemos. Cheios de amor e de esperança, querendo agradar seus patrões a todo custo, jornalistas fizeram previsões furadas e propaganda, baseados no mais puro wishful thinking e, eventualmente, canalhice. A ideia era vender a ideia de o golpe não era golpe e que a destituição de Dilma “ia tirar o Brasil do buraco”, tese consagrada por Eliane Cantanhêde, uma espécie de porta voz terceirizada de Temer. Em abril, numa entrevista a uma rádio, ela disse seguinte: “Conversei com o Michel Temer nessa semana. Ele está muito seguro e muito sereno. Fala que está pronto para assumir a responsabilidade, que é tirar o país do buraco. O Michel Temer, por ter mais gás, parece ter chances de conseguir”. Confira uma seleção de 12 promessas que a mídia fez e os midiotas acreditaram. 1. O pior que não fico

20 DESONESTOS QUE PEDIRAM A SAÍDA DE DILMA EM 2016

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O Santo e o Mineirinho foram buscar lã num protesto e acabaram tosquiados O ano de 2016 foi marcante nos protestos de rua, sobretudo aqueles que deram força ao golpe parlamentar que derrubou o governo Dilma Rousseff. Num impeachment conduzido por moralistas sem moral, boa parte das manifestações verde-amarelas contou com apoio de políticos citados na Operação Lava Jato. Sobretudo congressistas que hoje ocupam ou ocuparam cargos na gestão Michel Temer. Mencionados em delações premiadas da Odebrecht, estiveram na rua para fazer coro com o pato amarelo da FIESP. Nos bastidores, eles são acusados de desviar milhões de reais na promiscuidade público-privada da empreiteira.   Mas não estavam sozinhos. Junto com eles, cidadãos de bem acusados de crimes diversos também bateram bumbo e panela pedindo o fim da roubalheira do PT.   Confira 20 personagens com pepinos na Justiça dando shows nas Paulistas do nosso Brasil.     1. Aécio “Mineirinho” Neves

AÉCIO É LEVADO PARA DEPOR NA PF SEM TER TEMPO DE PEDIR SOCORRO A SERGIO MORO

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Nem fumaça escapa... Não fosse uma nota numa coluna da revista Época, você jamais ficaria sabendo que Aécio Neves foi depor na Polícia Federal. Pois o senador foi ouvido no inquérito que apura se ele fraudou dados da CPI dos Correios, de 2005. Se houve vazamento para a imprensa, ninguém deu manchete. Mais provavelmente, nada foi vazado. Também não teve cobertura ao vivo na GloboNews, helicóptero, agentes com fuzis e muito menos condução coercitiva. Tudo nas mais perfeitas calma e civilidade. Sob essa cortina de silêncio, escapou a razão do depoimento. Em sua delação premiada homologada no STF, Delcídio do Amaral contou que o mineiro maquiou informações obtidas no Banco Rural pela Comissão Parlamentar de Inquérito que ele presidiu. Suspeita-se da ocultação da relação entre o banco e o mensalão mineiro. Delcídio também implicou Eduardo Paes, na época deputado federal pelo PSDB, e Clésio de Andrade. “Que os dados ating

UMA SUPREMA CORTE DEGRADADA É A MAIOR VERGONHA PARA UM PAÍS

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Um STF que se calou durante o golpe em troca de um desmoralizante aumento de salário de 41% A seguir, texto de Emir Sader no 24/7 É certo que, ao compactuar com o golpe de 1964 e, assim, com a ditadura militar que durante mais de duas décadas assolou o Brasil, o Judiciário perdeu a identificação que parecia ter com o Estado de direito. Mas, ainda assim, especialmente depois do fim da ditadura, permanecia uma aura de respeitabilidade com o Judiciário brasileiro, uma expectativa de que fosse o guardião da Constituição democrática, dos direitos das pessoas, da democracia. Junto com a perda da continuidade do processo democrático, o Brasil perdeu também, com o golpe de 2016, o respeito pelo Judiciário, a começar pela sua instância máxima, o STF. O mínimo que se pode dizer é que, diante da mais grave decisão tomada pelo Congresso brasileiro, a do impeachment, com versões polêmicas sobre os seus fundamentos, o STF assistiu tudo como se não tivesse nada a ver com