TEMER ESTÁ CITADO EM 4 DAS 77 DELAÇÕES DA ODEBRECHT
A Trinca de Ás que, além de achacar empreiteiros, se tornaram "sócios" dos lucros da Caixa Econômica
Assim que a ministra Cármen
Lúcia homologar as 77 delações premiadas da Odebrecht, o que deve
ocorrer até a terça-feira 31, Michel Temer terá novos constrangimentos.
Além de já ter sido citado
43 vezes na delação premiada do executivo Cláudio Melo Filho, lobista
da empreiteira em Brasília, por ter pedido R$ 10 milhões no Jaburu (leia
aqui), ele aparecerá em pelo menos mais três delações: as de Marcelo Odebrecht, Márclo Faria e Benedicto Júnior.
Este último relatou um
jantar que envolveu Temer, Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara, e
Moreira Franco, para tratar de corrupção na Caixa Econômica Federal e
contribuições de campanha, segundo informações do jornalista Mauricio
Lima, editor da coluna Radar.
Uma operação recente da
Polícia Federal revelou que Geddel Veira Lima, braço direito de Temer, e
Eduardo Cunha cobravam propinas de empresas que levantavam recursos na
Caixa (leia aqui).
Leia, abaixo, reportagem da Reuters sobre o trabalho de Cármen Lúcia:
Presidente do STF manterá análise de delação da Odebrecht no fim de semana.
BRASÍLIA
(Reuters) - A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen
Lúcia, deve trabalhar durante o fim de semana para construir sua decisão
sobre as delações de 77 executivos da Odebrecht, podendo inclusive ir
ao seu gabinete, na sede da Suprema Corte.
Mas a chance de a ministra anunciar
sua decisão sobre as homologações no sábado ou no domingo é muito
pequena, na avaliação de uma fonte com conhecimento do assunto.
Com a morte do ministro e relator
dos processos da Lava Jato no Supremo, Teori Zavascki, em queda de avião
na semana passada, ficou nas mãos de Cármen Lúcia a tarefa de decidir
tanto sobre as homologações, quanto sobre quem herdará a relatoria.
Na avaliação dessa fonte, a ministra
tem os instrumentos necessários para, se considerar oportuno,
determinar a homologação. Ela pode, inclusive, homologar apenas parte
das colaborações.
Como plantonista do recesso do
Judiciário, Cármen Lúcia pode decidir questões urgentes até o dia 31 de
janeiro. Além disso, na terça-feira o procurador-geral da República,
Rodrigo Janot, encaminhou ao STF um pedido de urgência para a
homologação das delações, abrindo espaço para a presidente do Supremo
autorizar as homologações antes do início dos trabalhos, no dia 1º de
fevereiro.
A abertura do ano judiciário,
prevista para a próxima quarta-feira, é encarada por essa fonte como um
“divisor de águas” para a ministra externar sua decisão.
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