AÉCIO PARIU BOLSONARO ANTES DE MORRER POLITICAMENTE
Pai do golpe, Aécio morre politicamente parindo Bolsonaro
A seguir, texto de Kiko Nogueira no DCM
O golpe engendrado por Aécio Neves e cia. resultou numa vitória de Pirro que pariu Jair Bolsonaro 2018.
A guinada à direita dos tucanos, que num certo momento
assustou até FHC, o blábláblá contra o bolivarianismo, o financiamento
de “movimentos de rua”, o casamento com o PMDB — quem ganhou com esse
caldo não foram Aécio, Alckmin ou Serra.
JB vai se firmando como o anti Lula prometido na Bíblia. A nova pesquisa CDN/MDA é prova disso.
O PSDB é sócio de Temer num governo lixo em queda livre de desaprovação: foi de 51% em outubro a 62% em fevereiro.
Os que avaliam como ruim ou péssimo subiram de 37% para 44%.
A aprovação de Temer parou, por enquanto, em 10%, com tendência de
queda.
Na espontânea, Aécio perde para Bolsonaro: 6,5% contra 2,2%.
Alckmin fica em sétimo, empatado tecnicamente com Dilma (0,9% e 0,7%,
respectivamente). Na estimulada, Geraldo aparece em quinto.
A aposta na instabilidade, na aliança com Cunha, na
esperança de se livrar da Lava Jato, levou os pessedebistas a ser vistos
não como alternativa à corriola temerista, mas como continuidade.
Bolsonaro, por outro lado, é a coisa autêntica, o real deal,
como gostam os americanos. Ele é a extrema direita que o PSDB tentava
esconder no armário.
Houve a conhecida imensa da mídia, claro, com sua
demonização seletiva do PT. Em abril de 2016, depois que Bolsonaro
homenageou o coronel Ustra na votação do impeachment, Miriam Leitão, por
exemplo, se indignou.
“A democracia brasileira precisa ser defendida pelos pares
do deputado Jair Bolsonaro. O voto dele é apologia de dois crimes, fere
duplamente a Constituição. Por que não sofre um processo de cassação
pelo Conselho de Ética da Câmara dos Deputados?”, escreveu ela em seu
blog.
Ora.
Se ela e a empresa para a qual trabalha tivessem dedicado a
Jair um terço do tempo dedicado a destruir Lula, Dilma e o PT, talvez o
Brasil não corresse o risco real de mergulhar no fascismo. Na política
não existe vácuo.
A farsa do impeachment deu na jararaca mais viva do que
nunca e num Bolsonaro crescendo nas entranhas do cadáver político de
Aécio Neves.
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