GILMAR MENDES, PREOCUPADÍSSIMO COM O FIM DA CORRUPÇÃO NO CONGRESSO, "DEFENDE" A MANUTENÇÃO DO FORO PRIVILEGIADO
Ínclito, probo, preocupadíssimo com todas as tentativas que se levantem a favor da corrupção no nosso sistema político, o ministro Gilmar Mendes já sinaliza que os do congresso e da esplanada dos ministérios (mesmo que licenciados) tem direito a foro privilegiado.
O ministro
Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, voltou a fazer um aceno à
classe política, ao defender a manutenção do foro privilegiado.
"É necessário o
debate para se encontrar uma justa conformação. Quando se fala que 'o
grande problema do Brasil é o foro privilegiado', é irresponsabilidade.
Porque a Justiça criminal do Brasil tem um grande defeito: só 8% dos
homicídios são desvendados no Brasil. Os processos não andam em várias
instâncias. As pessoas só são investigadas quando passam a ter foro
privilegiado. Quando estavam nos seus Estados, não eram investigadas ou
as investigações não davam resultado. É uma grande irresponsabilidade
apresentar a supressão do foro como panaceia. Não que o sistema não
precise ser aperfeiçoado", disse ele, em entrevista a Rafael Moura e Breno Pires.
Ele também
criticou o Poder Judiciário, ao dizer que os juízes não têm competência
para governar o País. "Se quiser governar, tem de discutir isso com a
população, porque não é essa a função do Supremo. Decisões erráticas
certamente não traduzem um bom governo. Em questões delicadas, na
relação de Poderes, deve imperar a colegialidade. O pior que pode
acontecer para um tribunal como este é não ser reconhecido como o
árbitro desses conflitos."
Sobre o processo
no Tribunal Superior Eleitoral, presidido por ele, Gilmar afirmou que
sua amizade com Michel Temer não influenciará o resultado. "No caso da
chapa Dilma-Temer, fui eu inicialmente a única voz que se levantou para a
abertura do processo. A relatora (a ex-ministra Maria Thereza de Assis)
defendeu o arquivamento. Se esse processo existe até hoje, sem querer
ser falsamente modesto, foi graças a mim. As coisas não se misturam."
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