AÉCIO - PROPINA EM NOVA YORK - MAIS UMA PÁ DE LAMA SOBRE O DEFUNTO "MINEIRINHO"
Moro, que viu seu nome ficar gravado na memória dos brasileiros mais por proteger o cafajeste do Aécio do que por sua luta parcial contra o crime do colarinho branco, hoje chora a morte política do amigo íntimo, mais conhecido no mundo do crime como "Mineirinho".
A revista Veja deste fim de semana acaba de decretar a morte
do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e pôr fim de vez aos seus planos - se é
que ainda eram possíveis - de se candidatar à presidência da República
em 2018 (leia aqui).
Se não bastassem as propinas em Furnas, na Cidade
Administrativa (MG) e até o caixa dois em Cingapura, surge uma nova
bomba: o ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura, Benedicto Junior,
delator da Lava Jato, afirmou que a empresa depositou propina para o
senador numa conta em Nova York operada por sua irmã, Andrea Neves,
segundo reportagem da revista.
O texto diz que situação de Aécio "é um pouco pior" do que a
dos outros caciques tucanos que poderiam concorrer à presidência, José
Serra e Geraldo Alckmin, e que "pode se complicar ainda mais". "BJ era
amigo de Aécio e frequentemente era visto jantando com o senador no
Rio", diz a Veja.
"De acordo com BJ, os valores foram pagos como
'contrapartida' — essa é a expressão usada na delação — ao atendimento
de interesses da construtora em empreendimentos como a obra da Cidade
Administrativa do governo mineiro, realizada entre 2007 e 2010, e a
construção da usina hidrelétrica de Santo Antônio, no Estado de
Rondônia, de cujo consórcio participa a Cemig, a estatal mineira de
energia elétrica", diz trecho da matéria.
"A denúncia de BJ é grave e atinge em cheio a imagem de um
político que, até outro dia, firmava-se como a principal liderança da
oposição ao governo do PT e, com o impeachment de Dilma, tornou-se
figura expressiva, embora atuando nos bastidores, no governo de Michel
Temer. Por meio de sua assessoria, Aécio Neves classificou a acusação de
'falsa e absurda'", diz ainda a publicação.
Aécio seria o político que recebeu uma das mais altas somas
da empreiteira, R$ 70 milhões, considerando-se pagamentos de 2003 até
hoje, de acordo com o conteúdo das delações, informa o texto.
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