O ÍNCLITO MORO SERÁ JULGADO NESTA TERÇA 30 POR VAZAMENTOS CONTRA LULA
Um juiz que teve nas mãos a oportunidade de desmascarar o lamaçal da política nacional, transformou-se em exemplo de má conduta para o judiciário ao escolher apenas um dos lados para incriminar, enquanto aos "agarramentos" em público com o mais canalha do outro lado, jogava na mesma lama seu nome, o nome da sua família, seu futuro... Será julgado hoje por seus pares, e certamente a justiça brasileira continuará a mesma depois desse julgamento.
O juiz Sergio Moro será julgado pelo plenário do Conselho
Nacional de Justiça na manhã desta terça (29), por vazamentos praticados
contra o ex-presidente Lula no âmbito da Lava Jato. Moro é responsável
por entregar à imprensa um grampo em que Lula conversa com Dilma
Rousseff sobre termo de posse na Casa Civil.
O episódio aconteceu às vésperas da votação do impeachment
na Câmara, criando o clima ideal para o início da queda da petista.
Segundo informações do UOL, a sessão do CNJ será transmitida ao vivo, a
partir das 9h, através desse link aqui.
Quem representou no Conselho contra Moro foram deputados e
senadores que hoje fazem oposição a Michel Temer, após Moro divulgar
áudio de pessoas que, à época, tinham foro privilegiado, sendo que o
caso de Dilma, que era presidente da República, era ainda mais complexo.
O vazamento fez Moro ser repreendido pelo ex-relator da Lava Jato no
Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki, que invalidou seu uso. Ainda
assim, parlamentares questionam a juntada nos autos do processo das
gravações realizadas pela Polícia Federal.
No mesmo episódio, Moro ainda se envolveu em mais duas
polêmicas: permitiu que conversas de Lula fossem interceptadas fora do
prazo que ele mesmo estipulou e também deixou que o escritório de
advocacia que defende o ex-presidente fosse alvo de grampos,
comprometendo o direito ao sigilo de advogado e cliente.
Pela Lei Orgânica da Magistratura, Moro pode receber uma
advertência, sofrer remoção compulsória, aposentadoria compulsória ou
ser demitido.
Assinam as reclamações ao CNJ os deputados Henrique Fontana
(PT-RS), Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Wadih Damous (PT-RJ), Afonso
Florence (PT-BA), Paulo Pimenta (PT-RS), Pepe Vargas (PT-RS), Paulo
Teixeira (PT-SP) e os senadores Ângela Portela (PT-RR), Donizeti
Nogueira (PT-RR), Fátima Bezerra (PT-PB), Gleisi Hoffmann (PT-PR), Jorge
Viana (PT-AC), José Barroso Pimentel (PT-CE), Lídice da Mata (PSB-BA),
Lindbergh Farias (PT-RJ), Regina Sousa (PT-PI), Paulo Rocha (PT-PA),
Humberto Costa (PT-PE) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).
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