NA VÉSPERA DA HOMOLOGAÇÃO DAS DELAÇÕES EM QUE É CITADO UMA CENTENA DE VEZES COMO ACHACADOR, TEMER RECEBE APOIO DA GRANDE MÍDIA QUE RESOLVE FAZER DE CONTA QUE NÃO VAI ACONTECER NADA



Não foi ao acaso que os fatos foram tomando o formato de golpe. Foi tudo bem combinado para manter as sacanagens dessa gentalha que não suportava mais ver um partido de trabalhadores ditando as regras.


Os três principais jornais do País - Folha de S. Paulo, O Globo e Estado de S. Paulo, amanheceram neste domingo, 29, com cara de paisagem em relação ao assunto mais importante do País neste momento: a homologação das delações premiadas dos 77 executivos da Odebrecht, que pode ser feita pela ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal, nesta segunda-feira, 30.
 
Nenhum dos três jornais que participaram ativamente da derrubada da presidente Dilma Rousseff, dedicou destaque ao assunto. A Folha preferiu trazer em sua manchete que notícia do aumento da inadimplência no Fies, o financiamento estudantil, que subiu para 53% em 2016. Jornal chefiado por Otávio Frias Filho dedicou apenas uma fotolegenda da ministra Cármen Lúcia.

Já o jornal da família Marinho optou por falar sobre o monitoramento das fronteiras do País, onde apenas 4% são monitoradas. Enquanto isso, o jornal Estado. de S. Paulo se dedica à safra de grãos do Brasil, que injetará R$ 200 bilhões na economia, num esforço para trazer otimismo à atividade econômica combalida pela política de Michel Temer.

Enquanto a mídia finge que não vê a delação da Odebrecht, a ministra Cármen Lúcia trabalha no fim de semana para homologar os acordos. Com a morte do ministro e relator dos processos da Lava Jato no Supremo, Teori Zavascki, em queda de avião na semana passada, ficou nas mãos de Cármen Lúcia a tarefa de decidir tanto sobre as homologações, quanto sobre quem herdará a relatoria.

Como plantonista do recesso do Judiciário, Cármen Lúcia pode decidir questões urgentes até o dia 31 de janeiro. Além disso, na terça-feira o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, encaminhou ao STF um pedido de urgência para a homologação das delações, abrindo espaço para a presidente do Supremo autorizar as homologações antes do início dos trabalhos, no dia 1º de fevereiro.

A abertura do ano judiciário, prevista para a próxima quarta-feira, é encarada por essa fonte como um "divisor de águas" para a ministra externar sua decisão.


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