GILMAR E TEMER: A C... DE UM, O C... DO OUTRO
Dois cafajestes numa só carcaça.
A seguir, texto de Jeferson Miola, no Brasil 247
A rede de postos de combustíveis
Ipiranga faz uma propaganda na qual enaltece a inigualável versatilidade
das suas lojas de conveniências.
Na propaganda, o Posto Ipiranga é
apresentado como o lugar onde se consegue encontrar tudo a qualquer hora
do dia, da noite e da madrugada: ingresso de cinema, padaria,
preservativo, bebida, café, guloseima, passagem aérea, reconhecimento de
firma, jogo do bicho, pão de queijo, ovo de páscoa, tatuagem etc e,
inclusive, combustível e óleo de motor.
Gilmar Mendes é o Posto Ipiranga do
PSDB, do Aécio Neves e do Michel Temer. Ele é, em alguns momentos, um
simulacro de juiz do STF e do TSE e, na maior parte do tempo, um
militante partidário faz-tudo do PSDB.
O PSDB, Aécio, Temer e o bloco
golpista sempre encontraram em Gilmar o lugar de abastecimento dos
“itens” necessários para cada passo da conspiração e do golpe que
derrubou Dilma.
A dobradinha com o juiz Sérgio Moro
em março de 2016 na gravação e divulgação ilegal das conversas da
Presidente Dilma, e na posterior anulação da posse de Lula na Casa
Civil, é o ápice da trajetória de Gilmar na dinâmica golpista.
A oligarquia continua se abastecendo
no “Posto Gilmar” para a manutenção de Michel Temer, um moribundo
político investigado por crimes de organização criminosa, obstrução da
justiça, corrupção e prevaricação – todos eles praticados no exercício
do cargo usurpado de presidente da república – e que sobrevive
artificialmente, respirando através de aparelhos.
É desnecessário inventariar os
sucessivos episódios em que Gilmar atuou com perfil nitidamente
partidário usando o disfarce da toga que, vivesse o Brasil um momento de
normalidade institucional, ele jamais teria condições de vestir.
O papel do Gilmar na fraude do
julgamento do TSE para salvar Temer é, sob qualquer perspectiva,
repugnante, e encerra um dos momentos mais deploráveis da história
moderna brasileira. É um daqueles momentos que serão sempre recordados
com enorme vergonha.
Gilmar Mendes não é somente um
indivíduo; ele é um importante ator das classes dominantes que atua na
arena política e, por isso, é a expressão da natureza podre desta
burguesia que condena o Brasil ao atraso para preservar o poder a
qualquer custo, como mantendo um governo de ladrões – uma cleptocracia,
como já definiram os gregos.
Gilmar é um importante centro de distribuição de patifarias contra a democracia e o Estado de Direito.
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