Congresso Nacional - Sombra e Agonia...

... Onde Deveria Haver Luz e Serenidade.
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É angustiante presenciar a que ponto de descrédito e de bandidagem chegou o parlamento brasileiro.
Hoje, quem está sob a mira dos holofotes é o senado federal, mas, tanto faz. De outras vezes já foi a câmara dos deputados, que logo-logo voltará à cena num jogo de empurra-empurra, onde os que ainda não foram expostos em suas falcatruas, aproveitam para jogar às feras os mais incautos.
Primeiro se vêm na obrigação de se defenderem mutuamente, mas, quando a imprensa e opinião pública fecham o cerco, abandonam à própria sorte o desafortunado, e surgem diante das câmeras com arroubos de dignidade e disposição para o trabalho que nunca tiveram.
A soma de recursos que recebem como salário e outro tanto disfarçado sob as mais vergonhosas rubricas é exorbitante. No início deste ano o reajuste dos parlamentares não precisou ser votado no plenário da Casa porque os presidentes da Câmara e do Senado assinaram um ato conjunto das duas Mesas elevando os vencimentos de r$ 12.800,00 para r$ 24.500,00 além de uma verba indenizatória de R$ 15 mil, R$ 50 mil para gastar com o gabinete, R$ 3 mil para auxílio-moradia, R$ 4 mil para correios e telefones e mais quatro passagens mensais de ida e volta para seu estado. O que dá, em média, R$ 1 milhão ao ano por deputado. No Senado, além dos salários, os parlamentares têm a verba indenizatória de R$ 15 mil, auxilio-moradia de R$ 3,8 mil, 11 funcionários comissionados, com um total de R$ 72 mil em salários, 25 litros de combustível por dia com motorista, além de passagens aéreas. O Orçamento da Câmara e do Senado para 2007 é de R$ 3,2 bilhões, para trabalharem três dias por semana.
O mandato de um senador é de oito anos, e quando se afastam para assumir um ministério, ou são cassados, quem assume é o desconhecido companheiro de chapa que pagou sua campanha, ou um parente de sua confiança. Quem deveria assumir teria que ser o segundo senador mais votado naquelas eleições, as quais lhe concederiam um mandato de apenas quatro anos, com a possibilidade de se reelegerem por mais quatro, ficando, a partir daí, impedidos de concorrerem ao mesmo cargo.
Quando são descobertos em seus crimes e a muito custo vão ao conselho de ética para investigação pelos seus próprios pares , são logo avisados do prazo que terão para renunciar ao mandato, e assim poderem concorrer nas eleições vindouras, enquanto as denúncias apresentadas contra ele deixarão de ser investigadas com a renúncia.
Bandidos como esse “Gim Aogelo” que substituiu esse delinqüente maior que é Joaquim Roriz, já chega com uma vasta folha corrida de falcatruas de todas as espécies, e assumiu o cargo sem correr nenhum risco de ser investigado, pois, segundo o regimento da Casa, os crimes cometidos antes de assumirem o mandato não podem nem devem ser investigados.
São quase todos bandidos da pior espécie, pois não têm sequer um código de ética próprio como têm os seus colegas de "espertezas" que superlotam nossas prisões. Sangram os recursos deste país com a mesma frieza com que Elias Maluco esquartejou e assou o reporter da rede Globo Tim Lopes; com o mesmo sentimento de alegria e ódio com que Marcinho VP desmembrou os corpos dos seus comparsas Dequinha e Rubinho; e com a mesma certeza de impunidade com que, o à época deputado federal Hidelbrando Pascoal, decepou os braços e as pernas de um desafeto com uma serra elétrica, e participou ainda do assassinato de outras 60 pessoas. Parece haver diferença entre os sangramentos praticados pelo legislativo brasileiro contra os cofres da Nação e esses outros literais acima, mas, na verdade, os praticados por essa corja de políticos, são bem piores, pois privam milhões de desafortunados brasileiros de um sistema de saúde mais digno, de uma educação promissora e de alimentação farta e saudável, o que lhes daria mais anos de vida, oportunidades de emprego digno em vez de só terem a opção do crime ou o caminho do alijameto social, abarrotando nossas ruas e prisões de seres humanos em frangalhos, físico e moral..
Nosso Congresso é a nossa maior vergonha... disparado!
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