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Mostrando postagens de agosto 18, 2015

Para historiadora da USP, elites brasileiras 'não evoluíram': 'ainda é muito parecido com 1964'

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Marcha da Família com Deus pela Liberdade, movimento surgido em março de 1964 favorável à deposição do então presidente da República, João Goulart. Maria Aparecida de Aquino é professora titular aposentada da Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, colabora com o Programa de Pós-Graduação em História Social da mesma instituição. Durante sua carreira, se dedicou ao estudo da repressão política durante o período da ditadura civil-militar no Brasil, especialmente a censura exercida sobre os veículos de comunicação. Nesta entrevista realizada no fim de março, ela aborda os motivos que levaram ao golpe de Estado em 1964, o papel exercido pela imprensa e faz comparações com o atual cenário da política nacional. Segundo a historiadora, há um elemento em comum entre passado e presente: “Uma das coisas que persistem é o comportamento das elites. Ainda é muito parecido com o que era em 1964.” Quais foram os motivos que levaram ao golpe de 1964? A gente precisa le

TIRARAM A CHUPETA DO MERVAL

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O golpista Merval Pereira anunciando a vitória de Dilma Por Miguel do Rosário, em O Cafezinho Merval voltou a chorar. O principal colunista da Globo tem um blog, hospedado no portal do grupo. Não entendo muito bem, visto que os sites da Globo recebem bilhões de todas as esferas de governo (municipal, estadual e federal),  porque o seu blog fica às moscas. Olhei os últimos posts e nenhum possui um mísero comentário. Em todos os posts, lá está a mensagem fatídica: Seja o primeiro a comentar. Quer dizer, entendo sim: é porque é ruim mesmo. Voltemos ao choro de Merval. Percebe-se facilmente que seu humor degenerou depois que lhe tiraram o brinquedinho do golpe das mãos. No post de hoje, igualmente sem comentário nenhum, o colunista, mais apalermado do que o normal, sai distribuindo coices para tudo que é lado. O jornalista ficou horrorizado com a "metáfora" usada pelo presidente da CUT, de que pegaria em armas se houvesse um golpe contra a president

Tio San mandou parar com a palhaçada - NY Times faz duro editorial contra o golpe no Brasil

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FHC, o "borra calças" que ficará rotulado para sempre como GOLPISTA Acredite se quiser. O New York Times acaba de publicar um duro editorial contra o impeachment da presidenta Dilma! Em outras palavras, um editorial contra o golpe. O editorial repete os argumentos da blogosfera e do campo progressista e popular, de que um golpe causaria sérios danos à democracia no país, levando a um período de instabilidade por tempo indeterminado. Não que eu dê bola ao que pensa o New York Times. Ao contrário, tenho consciência das armadilhas enormes por trás desses elogios da imprensa americana. Mas o pensamento conservador brasileiro tem profundo respeito pelo que pensa o maior jornal dos Estados Unidos, não? Tradução de um trecho: "Ela [Dilma] não fez - o que é admirável - nenhum esforço para constranger ou influenciar as investigações. Ao contrário, ela tem consistentemente enfatizado que ninguém está acima da lei, e apoiou a renovação da gestão do at

Mandato de Dilma e "Terceiro Turno" estão agora nas mãos do TSE

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Aécio: mau caráter e mau perdedor Por Vasconcelo Quadros em "Marco Zero" Brasília –   O depoimento do empreiteiro Ricardo Pessoa, da UTC, previsto para esta terça-feira no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pode ser o lance mais emblemático no longo e sistemático processo de conspiração que contamina o poder. Delator agraciado com um contrato que pode reduzir sua pena e testemunha chave, Pessoa pode fornecer a bala de prata que a oposição espera para tentar vencer no tapetão o “terceiro turno” das eleições de 2014. O ovo da serpente é um recurso chamado tecnicamente de Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE), impetrada pelo advogado do PSDB, José Eduardo Rangel de Alckmin pedindo a cassação dos diplomas da presidente Dilma Rousseff e de seu vice, Michel Temer. Caso Pessoa confirme o que andou falando sobre doação ilegal para a campanha de Dilma, o TSE pode anular a eleição do ano passado, convocar um novo pleito ou – o que seria mais provável -,

A Micareta Deprimida do Impeachment

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Seria normal, em uma democracia, que a presença de centenas de milhares de pessoas nas ruas pedindo o impeachment de um presidente da República gerasse, no dia seguinte, rumores sobre a iminente queda do governo e comemorações efusivas dos líderes das jornadas de protesto sobre o “sucesso” da mobilização. Mas não é isso que estamos vendo neste 17 de agosto de 2015. Pelo contrário: nas entrelinhas dos editoriais da grande imprensa e na média da opinião dos comentaristas de política existe uma clara percepção de que o movimento pelo impeachment, apesar de ainda ser grande e barulhento, perdeu o viço, desmilinguiu-se, gerando uma situação aparentemente contraditória: o alvo dos protestos parece estar menos incomodado com o resultado das manifestações do que aqueles que convocaram as pessoas às ruas. A seguir, arrisco alguns palpites sobre as razões para este suposto contrassenso:  Perda do poder de contágio As manifestações deste último domingo, 16 de agosto