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Mostrando postagens de outubro 7, 2014

Moço, cuidado para não deixar o passado virar futuro

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Parafraseando Fernando Brito. Essas duas fotos aí de cima, foram tiradas hoje, em dois pequenos supermercados próximos um do outro – o Real e o Supermarket, em Niterói. Parece bobo, não é? Mas para quem passou dos 50 anos não é não, porque somos de uma geração onde a placa que se via em mercados e obras de construção era, ao contrário, a de  ”não há vagas”. Às vezes, até, com um peremptório e duro “não insista” para rematar. Ok, não são ótimos empregos e certamente não são o sonho profissional de quase ninguém. Mas certamente é melhor que não ter emprego nenhum E não é só para os mais pobres e com menos formação escolar, não. Há vagas, embora com salários baixos, para todos os níveis. Aliás, há tanta vaga aberta justamente porque paga-se pouco e muitos param por ali apenas o tempo necessário para sair do sufoco absoluto e buscar algo melhor. Estas fotos daí de cima são do Brasil que não sai nos jornais. O Brasil que sai no jornal está des

Joaquim Barbosa, advogado?

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Foi na saída do STF, e está sendo na entrada na advocacia. Parafraseando Pedro Estevam Serrano. O ex-ministro do STF Joaquim Barbosa granjeou muitas antipatias durante o exercício de suas funções na Corte. A maior parte delas integralmente justificadas em condutas agressivas e deselegantes do ministro. Por conta destas circunstâncias, a OAB do Distrito Federal decidirá agora sobre eventual impedimento do ex-ministro em exercer a advocacia. A advocacia foi constantemente agredida por Joaquim Barbosa. A forma indelicada e injusta que o então ministro se dirigiu em despacho ao ilustre advogado José Geraldo Grossi chegou a ser objeto de correto desagravo promovido pela OAB ao profissional ofendido. A indelicadeza jocosa de referir-se aos advogados como tratando-se de pessoas que acordam às 11h30 da manhã, ou seja, que não seriam profissionais afeitos ao trabalho, também foi um momento desconfortável para a relação do então ministro com a profissão. Leve-se em c

A melhor notícia das eleições é o enterro da era Sarney no Maranhão

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                                   Ele Se há uma grande, alvissareira notícia nestas eleições é o enterro simbólico de José Sarney e sua turma no Maranhão. Flávio Dino, do PC do B, teve 63,54% dos votos, contra 33,68% do sarneyzista Lobão Filho, do PMDB. Em 48 anos de comando do clã no MA, seu legado é uma tragédia: o menor IDH do Brasil, miséria, taxa de analfabetismo em torno de 40% e uma rebelião num complexo penitenciário que caberia num filme B de terror. Houve um governador de oposição desde 1966. Foi Jackson Lago, eleito em 2006. Em 2009, seu mandato foi cassado pelo TSE para Roseana Sarney assumir. Nestas cinco décadas, a família deu o próprio nome e o de aliados a tudo: municípios, escolas, pontes, rodovias, fóruns, avenidas, hospitais, viadutos. Como gafanhotos, deixaram o estado à míngua. (Recentemente, um amigo pegou um Land Rover para fazer uma viagem pelo interior do Nordeste. No Maranhão, contou que crianças levantavam um cartaz escrito “fome” na beira d

A primeira baixaria da nova campanha foi a ‘homenagem’ de Aécio a Eduardo Campos

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Agora, quando Campos poderia enfim começar a descansar em paz, eis que Aécio invade seu túmulo e tenta trazê-lo para o centro do debate eleitoral. A primeira baixaria da campanha do segundo turno veio na forma de uma suposta homenage m. Aécio reverenciou, aspas, a memória de Eduardo Campos no discurso em que comemorou sua passagem para a fase final das eleições. Vamos chamar as coisas pelo nome certo. O que Aécio fez foi exploração de cadáver com objetivos eleitoreiros. O que ele deseja, muito mais que evocar o “amigo morto”, são os votos dos simpatizantes de Campos. Segundo a colunista Mônica Bergamo, da Folha, a viúva Renata Campos está prestes a declarar apoio a Aécio. Aécio poderia ter homenageado verdadeiramente Eduardo Campos se houvesse tomado sua imediata defesa quando o nome do candidato morto apareceu, levianamente, no noticiário das denúncias do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Mas não. Calou-se. Pior: tratou as afirmações de Costa como ve

Dilma e a esperança

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Semanas turvas. Na campanha final, Lula terá de novo um papel determinante. A união faz a força Editorial da Carta Capital CartaCapital apoia a reeleição porque sabe que o PSDB é a direita e uma vitória tucana significaria o retorno ao passado A mídia nativa encontra à última hora o novo salvador da pátria. Aécio Neves atropela Marina Silva na reta final do primeiro turno da eleição presidencial e consegue o segundo lugar com uma porcentagem de votos que supera as expectativas. O tucanato está em festa, e tem boas razões para tanto, a se considerar a rápida ascensão do seu candidato. Agora na aposta da continuidade do desempenho em elevação. O verdadeiro partido de oposição, a saber a imponente estrutura midiática, exulta, na certeza de que sua atuação foi decisiva em alguns estados, sobretudo em São Paulo. De fato, este primeiro turno confirma a terra bandeirante como a mais reacionária do País. São Paulo não somente reelege um governador incompetente co

Posição nítida para enfrentar onda reacionária no segundo turno

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O resultado do primeiro turno da eleição presidencial, depois de várias mudanças bruscas nas intenções de voto captadas pelas pesquisas, expressa com clareza a real polarização de forças no Brasil. Dilma alcança o primeiro lugar com 41,5% dos votos válidos, contra 33,5% de Aécio Neves, o candidato neoliberal e conservador do PSDB, uma diferença de mais de oito milhões de votos. Em terceiro lugar, Marina Silva ficou com 21,3% dos votos, apenas dois pontos percentuais acima do que obteve em 2010. Fracassou rotundamente a tentativa de constituir uma chamada terceira via travestida de nova política, que não passava de um decalque da velha política conservadora e neoliberal. Em torno da candidatura da presidenta Dilma Rousseff à reeleição, formou-se uma maioria favorável à realização de mais mudanças, por um novo governo com ideias novas, pelas reformas estruturais democráticas. Foram mais de 43 milhões de eleitores que disseram não ao entreguismo, à corrupção, às p