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Mostrando postagens de agosto 19, 2015

PIB - Perfeito Idiota Brasileiro

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Ele não faz trabalhos domésticos. Não tem gosto nem respeito por trabalhos manuais. Se puder, atrapalha quem pega no pesado. Trata-se de uma tradição lusitana, ibérica, reproduzida aqui na colônia desde os tempos em que os negros carregavam em barris, nos ombros, a toilete dos seus proprietários, e eram chamados de "tigres" - porque os excrementos lhes caíam sobre as costas, formando listras. O Perfeito Idiota Brasileiro, ou PIB, também não ajuda em casa. Influência da mamãe, que nunca deixou que ele participasse das tarefas - nem mesmo pôr ou tirar uma mesa, nem mesmo arrumar a própria cama. Ele atira suas coisas pela casa, no chão, em qualquer lugar, e as deixa lá, pelo caminho. Não é com ele. Ele foi criado irresponsável e inconsequente. É o tipo de cara que pede um copo d'água deitado no sofá. E não faz nenhuma questão de mudar. O PIB é especialista em não fazer, em fazer de conta, em empurrar com a barriga, em se fazer de morto. Ele sabe que alguém fará p

UM RETRATO DA ECONOMIA BRASILEIRA NOS ÚLTIMOS 20 ANOS

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Do Brasil Debate É fácil dizer que o Brasil mudou muito em duas décadas. Qualquer brasileiro com idade suficiente é capaz de afirmar que a dívida externa e a inflação deixaram de ser os grandes fantasmas de antes, o desemprego reduziu, contingentes saíram da pobreza rumo à classe média e o acesso ao crédito e ao consumo foi ampliado. Um pouco mais difícil é mostrar essa trajetória em números, de fontes oficiais e privadas, reunidos em uma mesma publicação. Pois é esta a proposta de “ Vinte Anos de Economia Brasileira – 1995/2014 ”, uma publicação do Centro de Altos Estudos Brasil Século XXI lançada em julho de 2014 e reeditada em março. São mais de 140 gráficos e tabelas com dados sobre o setor externo, atividade econômica, crédito e financiamento, inflação e preços, contas públicas, emprego e distribuição de renda e ainda um apêndice com indicadores selecionados com médias quadrienais que expressam tendências dominantes em cada período e os reflexos das políticas ma

Após vazamento criminoso, Lula divulga lista de empresas que pagaram por palestras

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Jornal GGN -   Após ter dados bancários quebrados e vazados para a revista Veja, o ex-presidente Lula decidiu revelar, nesta quarta-feira (18), a lista das empresas que contrataram suas palestras ao longo de 2011 e 2014. Na última edição, a revista da Abril publicou que o petista recebeu, no período pós Presidência da República, R$ 27 milhões com a empresa LILS. A reportagem observou que a atividade de Lula é legal, reproduzida por outros ex-presidentes e pagadora dos devidos impostos. Porém, destacou que 30% do valor recebido dizem respeito a contratos assinados com grupos envolvidos na Operação Lava Jato. Segundo informe do Instituto Lula, o ex-presidente "de 2011 até hoje, fez 70 palestras contratadas por 41 empresas e instituições, e foi remunerado de acordo com sua projeção internacional e recolhendo os devidos impostos." "Mesmo se tratando de contratos que preservam a privacidade das partes, julgamos necessária sua divulgação neste momento, para esc

Para defender o Brasil - A ofensiva conservadora e as crises, por Samuel Pinheiro Guimarães

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O diplomata brasileiro, Samuel Pinheiro Guimarães, em artigo especial para o Brasil de Fato, faz uma análise da crise no Brasil, o avanço de setores conservadores e o papel do governo federal; bem como aponta as saídas e desafios das forças progressistas. por Samuel Pinheiro Guimarães* 1. A sociedade brasileira está diante de uma ofensiva conservadora que se aproveita de entrelaçadas crises na economia, na política, nas instituições do Estado, na imprensa e nos meios sociais para fazer avançar seus objetivos; 2. A suposta crise econômica ofereceu pretexto para implantar um programa neoliberal de acordo com o Consenso de Washington: privatização, abertura comercial e financeira, ajuste orçamentário, flexibilização do mercado de trabalho, redução do Estado, tudo com a aprovação do sistema financeiro nacional, por um Governo eleito pela esquerda; 3. A crise da corrupção, cujo maior evento é a Operação Lava Jato, mas também a Operação Zelotes, esta inclusive de maio

Plano de saúde é o quinto maior financiador da base de Eduardo Cunha

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A Bradesco Saúde está entre as cinco empresas que mais financiaram – cerca de R$ 4 milhões – a campanha de 214 deputados que acompanharam Eduardo Cunha em votações emblemáticas. Através do cruzamento de dados feito pelo projeto   Faces de Cunha , é possível mostras que a Bradesco Saúde está entre as cinco empresas que mais financiaram a campanha de 214 deputados que acompanharam Eduardo Cunha, presidente da Câmara Federal, em votações emblemáticas (terceirizações, financiamento de campanha e maioridade penal). Foram mais de R$ 4 milhões distribuídos entre 11 partidos, sendo que metade deste valor foi para o PSDB (R$ 1,2 milhão) e PMDB (R$ 820,9 mil). Este último, partido de Cunha. Organizações populares que defendem uma reforma política com o fim do financiamento privado de campanha alertam: “Quem paga a banda, escolhe a música”. “Vemos que o dinheiro usado nas campanhas tem origem, na sua maior parte, de empresas privadas, que financiam os candidatos para depois obter va

Movimentos populares se unem amanhã, dia 20, em ato “a favor da liberdade, democracia e direitos”

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Diversas organizações estão convocando uma manifestação unificada para amanhã, quinta-feira (20). O ato organizado por movimentos populares tem como foco denunciar as atuais políticas de austeridade do governo federal, a “guinada conservadora” comandada pelo presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e afirmar que, “a saída da crise é pela esquerda”. A mobilização ocorrerá em todo o país, e no Recife será na Praça do Derby, a partir das 15 horas, seguindo em caminhada até a Praça da Independência (Pracinha do Diário). A crítica contra o ajuste fiscal pede “que os ricos paguem pela crise”, como informa o manifesto que convoca o protesto, apontando, também, a taxação de grandes fortunas, dividendos e remessas de lucros e auditoria da dívida pública, como alternativas para aliviar a economia. O documento defende ainda que a saída da crise “deverá ser pela esquerda”, e convoca a população para lutar por reformas: “é preciso enfrentar a estrutura de desigua

Fora da luta não há solução

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Nos últimos dias, a opinião pública foi tomada de surpresa pela mudança de atitude dos proprietários dos principais grupos empresariais do país, inclusive das Organizações Globo. Até a véspera do ato do dia 16 de agosto comprometidos com uma postura golpista, tais lideranças (principalmente representantes de instituições financeiras, como o Bradesco) começaram a falar em “agenda positiva”, expondo uma divisão entre a direita. Ao invés do   impeachment   da presidenta Dilma, agora eles defendem aquilo que denominam de “entendimento” para tirar o país da crise. Com isso, a tensão política acumulada desde o início do ano baixou de temperatura. Claro, o recuo dos golpistas constitui um evento positivo. Porém, surge uma pergunta: por que agem dessa maneira esses setores da elite brasileira e quais suas intenções? Ainda é muito cedo para responder com inteira segurança. No entanto, pelos menos três razões podem ser cogitadas. A primeira é a de que os grandes capitalista

DILMA APRESENTA A MERKEL PLANO DE INVESTIMENTO PARA ALEMÃES NO BRASIL

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Presidente Dilma recebe nesta quarta e quinta-feira 20 a chanceler alemã Angela Merkel A presidenta Dilma Rousseff recebe hoje (19) e amanhã (20) a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, em uma extensa agenda com foco na atração de investimentos para o Brasil. Segundo assessores do governo, Dilma vai apresentar a Merkel possibilidades de investimentos em infraestrutura no âmbito da segunda etapa do Programa de Investimentos em Logística, lançado em junho, para chamar a atenção de empresas alemãs aos projetos. O plano estima R$ 198 bilhões em investimentos na infraestrutura do país nos próximos anos, em projetos de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos. Na visita do primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, ao Brasil e no encontro com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, Dilma também apresentou o programa aos líderes e destacou os projetos de infraestrutura, durante as discussão de investimentos. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, a Alemanha é

Que coletividade desejamos?

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Esgotado um projeto político, cresce a disputa pelo poder. A preservação da sociedade plural e organizada implica na aceitação das crenças e valores do outro Por  Renato Xavier |  Imagem:  Gao Brothers Atualmente, vivemos a intensificação das lutas sociais e políticas no Brasil. Não quero dizer com isso que há uma “luta de classes” em curso (ao modelo marxista), mas que atingimos a esta altura certo nível de conflito social que pode obstaculizar o bom funcionamento das nossas instituições democráticas e a própria possibilidade de cooperação social em torno de um projeto comum de sociedade. Olhando o atual cenário brasileiro, há quem pense estarmos vivendo o auge da democracia representativa desde o fim do regime militar. Por outro lado, há os que, preocupados com as instituições, enxergam o atual momento como o atrofiamento da democracia face aos problemas endêmicos. Se observado do ponto de vista da coletividade (da convivência em sociedade), o que se percebe é um