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Mostrando postagens de outubro 16, 2014

MADONA DOS CACHORROS E DO BAIRRO DO RECIFE

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Madona... a linda e sensual stripper que em 1995 me deixou encantado São 8h de um dia normal de trabalho. As perna s apressadas, as buzinas dos automóveis, as angústias alheias ou mesmo o forte calor ou frio passam despercebidos diante do acordar preguiçoso de Madona e dos seus cachorros Mineiro, Crioulo e Alexandre. Apesar de não ter endereço certo, sua cama de papelão e os poucos objetos que possui ficam abrigados em frente a uma lanchonete – hoje desativada – ou a uma agência bancária, ambas na Avenida Marquês de Olinda, no Bairro do Recife. Para os desavisados, os olhares são de desprezo ou de curiosidade, diante de uma figura ora agressiva, ora louca, ora alegre, que dança, grita e solta os piores palavrões. Para quem trabalha na região e acompanha o dia-a-dia dessa moradora de rua, sentimentos de dó e carinho se misturam à indignação diante de tal (falta de) condição humana: não são raros os momentos nos quais Madona, bêbada, tira suas já escassas roupas ou fica

Xico Sá explica por que deixou a Folha

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“É muito desequilíbrio. É praticamente jornalismo de campanha. Não cobertura. (…) Esse episódio, aliás, não é político — é ridículo se pensamos na grandeza da vida. Por   Xico Sá , em sua   página   no Facebook Caríssimos amigos & leitores, pretendia nem mais falar desse assunto, mas devido à forma como se alastrou – rizomáticos riachos e riachinhos delleuzianos & gonzaguianos em busca do velho Chico em anos de bom inverno no Navio e no Pajeú –, creio que devo alguma satisfação na praça, além dos “pinduras” morais e existenciais de sempre. Valha-me meu bom Deus, viver é dívida, canelada e dividida de bola. Como só os galãs vencem por nocaute, procurarei, mal-diagramado por natureza que sou, triunfar nessa luta por pontos, minando, nas cordas do ringue ideológico, vosso juízo emprenhado pelas redes sociais. Vamos lá; 1) Não há herói nenhum nesse episódio. O máximo que chego é a anti-herói macunaímico ou ao João Grilo do cordel teatralizado pelo bravo Su

Petrobras: a mídia esconde o debate real

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Operação Lava Jato poderia desvendar esquemas de aparelhamento do Estado praticados há décadas. Mas alvo eterno dos jornais é Dilma, que tentou romper a prática Por   Luis Nassif , no   GGN A Operação Lava Jato, que investiga esquemas que atuavam na Petrobras, provavelmente terá um alcance e desdobramentos similares ao da CPI do Orçamento, no início dos anos 90. Dela, nasceu um conjunto de medidas – das quais a mais ostensiva foi a Lei 8666, das licitações – que manietaram completamente a administração pública, sem reduzir a corrupção. De lá para cá, criou-se uma enorme parafernália burocrática, que apenas especializou os esquemas existentes. No seu depoimento, Paulo Roberto Costa envolve outros diretores e informa que o aparelhamento da Petrobras ocorreu ininterruptamente nos governos Sarney, Collor, Itamar, Fernando Henrique Cardoso e Lula. E a conta recai sobre Dilma, a primeira a tentar romper essa prática. *** Da CPI do Orçamento para cá houve enorme suc