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Mostrando postagens de janeiro 13, 2015

Massacre no Charlie Hebdo: Hipocrisia à parisiense

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Na primeira fila da marcha pela “Liberdade Expressão”, convocada pelo primeiro-ministro francês, governantes com as mãos manchadas por censura, prisões arbitrárias e agressão a comunicadores Por   Vinicius Gomes , na  Revista Fórum Na esteira do assassinato de 12 pessoas na última quarta-feira (7) em Paris, entre elas dois policiais franceses e dez funcionários da publicação semanal satírica  Charlie Hebdo , as ruas de diversas cidades francesas foram tomadas por quase 4 milhões de pessoas nesse domingo (11) que marcharam em solidariedade às vítimas e suas famílias e contra o terrorismo e pela defesa da liberdade de expressão. Em Paris, a manifestação contou com a presença de dezenas de líderes mundiais andando de braços cruzados em nome desses valores. Visualize  aqui   um rápido “quem-é-quem” de alguns dos que participaram. A hipocrisia pela demonstração de solidariedade às vítimas inocentes da  Charlie Hebdo   poderia, por exemplo,ser apontada logo de cara com a pr

Massacre do Charlie Hebdo: Rumo a uma nova Cruzada?

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Autoria do atentado de Paris é suspeita. Mas ele certamente serve aos que pretendem atiçar as novas guerras “civilizatórias” do Ocidente Por   Manlio Dinucci , no   Il Manifesto   | Tradução:   Antonio Martins   | Imagem:  Guido Reni ,  Arcângelo Miguel  (1636) Movem-se e disparam como verdadeiros   comandos.   Nada de rajadas, para não desperdiçar munição. Apenas um ou dois disparos em cada vítima, como o policial já ferido e liquidado no chão, com um só tiro, pelo assassino que passa a seu lado, volta ao carro e, antes de subir, recolhe com toda calma um tênis – que poderia servir de prova, por meio de análise do DNA. No entanto, quando estes mesmos indivíduos, depois de darem mostra de uma preparação digna de um comando de forças especiais, mudam de veículo, “esquecem” no primeiro auto – segundo a versão da polícia – um documento de identidade. E assim, assinam oficialmente o atentado. Em poucas horas, o mundo inteiro conhecerá seus nomes e suas biografias: “dois d

O terrorismo, a extrema direita e o suicídio europeu

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De um lado, grupos cujo fanatismo nega o próprio Islã. De outro, um continente que convive cada vez mais com a extrema-direita e que agora vê, como ameaça… o Syriza Por   Flávio Aguiar,  no  Blogue do Velho Mundo O ato terrorista contra os jornalistas do   Charlie Hebdo   francês, em Paris, que também provocou a morte de um funcionário da revista, de dois policiais no ato e possivelmente de mais um em tiroteio posterior, é apenas a ponta de um iceberg. A Europa inteira está assentada sobre uma bomba-relógio. Não é uma bomba comum, porque casos como o do   Charlie Hebdo   mostram que ela já está explodindo. Nas pontas da bomba estão duas forças antagônicas, com práticas diferentes, porém com um traço em comum: a intolerância herdeira dos métodos fascistas de antanho. De um lado, estão pessoas e grupos fanatizados que reivindicam uma versão do islamismo incompatível com o próprio Islã e o Corão, mas que agem em nome de ambos. Os contornos e o perfil destes grupos estão