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Mostrando postagens de outubro 25, 2010

Semear o Ódio Não Ajuda

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. . . . . . O professor Ladislaw Dowbor fala de sua opção política nestas eleições e que há limites para tudo, em referência à cobertura da mídia.  . Por Ladislau Dowbor* . . Há momentos de posições declaradas. E há limites para tudo. Segundo o vídeo de Arnaldo Jabor, está sendo preparada uma ditadura, e os culpados seremos nós, se votarmos na Dilma. Isto com dramático acompanhamento musical, o Jabor parecendo aqueles antigos personagens do Tradição, Família e Propriedade dos anos 1960 anunciando a apocalipse política. . Caso mais sério, segundo a CBN, o futuro governo Dilma seria dirigido pelo José Dirceu, isto dito em tom pausado de reportagem séria. Nos e-mails religiosos aprendo que o futuro governo vai matar criancinhas. Quanto à Veja , não preciso ser informado, pois já a capa mostra um monstruoso polvo que vai nos engolir. E naturalmente, temos o aborto, último reduto da direita, instrumento político de profunda covardia, para quem sabe o q

Dilma: A Importância de uma Mulher na Presidência da República

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. . . . . .   Há duas formas principais de estarmos presentes no mundo: pelo trabalho e pelo cuidado. . Como somos seres sem nenhum órgão especializado, à diferença dos animais, temos que trabalhar para sobreviver. Vale dizer, precisamos tirar da natureza tudo o que precisamos. Nessa diligência usamos a razão prática, a criatividade e a tecnologia. Aqui precisamos ser objetivos e efetivos, caso contrário sucumbimos às necessidades. . Na história humana, pelo menos no Ocidente, instaurou-se a ditadura do trabalho. Este mais do que obra foi transformado num meio de produção, vendido na forma de salário, implicando concorrência e devastação atroz da natureza e perversa injustiça social. Representantes principais, mas não exclusivos, do modo de ser do trabalho são os homens. . A segunda forma é o cuidado. Ele tem como centralidade a vida e as relações interpessoais e sociais. . Todos somos filhos e filhas do cuidado, porque se nossas mães não tivessem tido infinito cuidado quando

Serra Semeia Tempestades

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. . . . . A cada dia que passa, o cinismo do candidato tucano à presidência da República, José Serra, se supera. Totalmente obscena a sua declaração (feita após a patética encenação da bolinha de papel) de que o presidente Lula é o responsável pela violência na campanha eleitoral. . Este senhor se vale de velhos artifícios da direita. Primeiro, radicaliza em boatos, intrigas e desqualificações dos adversários, criando um clima pesado na campanha. Depois, despolitiza-a. Assim, não se discute a situação econômica  ou qualquer aspecto da vida do cidadão brasileiro. Ao contrário, envereda para temas que dizem respeito à vida íntima de cada um, como o aborto e a orientação sexual. A pauta passa a ser a baixaria e não o futuro do Brasil, a diminuição da miséria ou a melhoria da educação, da saúde e do desenvolvimento da sociedade brasileira. A oposição à Lula age assim, porque não tem projeto para o país e somente se vale do ódio e do rancor. .  Alguém

Jogando Todas as Fichas no Sonho Democrático

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. . . . . . A ilusão na política é uma péssima companhia. De modo geral, esse pecado é cometido não só pela incapacidade de analisar a correlação de forças como também da ausência de conhecimento histórico. Há muito que comentar sobre essa campanha. Como o Serra conseguiu, de longe, ultrapassar o Collor no jogo baixo, sujo, próximo do gangsterismo, do banditismo, envolvendo não só o que o professor Giuseppe Cocco chamou de leilão das paixões tristes (machismo, sexismo, racismo), como também a montagem de um impressionante aparato clandestino de comunicação, um esquema nacional de telemarketing destinado a caluniar, mentir, difamar, tudo dirigido contra uma mulher, Dilma Rousseff. Cito esses poucos exemplos, para não fazer uma longa lista, que não cabe aqui. Depois da volta das eleições diretas, é a campanha em que a direita joga mais sujo, e talvez nossas ilusões não permitissem antecipar essa possibilidade. Quem sabe confiássemos num jogo democrático, quem sabe de alto nível. Quem