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Mostrando postagens de abril, 2015

A Globo ficará eternamente impune – rica e impune — pelos assassinatos que indiretamente promoveu ao abrir as portas para a ditadura?

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Dodora Em memória de uma vítima esquecida do mundo que a Globo ajudou a criar em 1964.  Por Paulo Nogueira Uma figura feminina aparece na minha mente sempre que leio a respeito do papel da Globo no golpe de 1964. Não a conhecia até recentemente, mas me apaixonei assim que a vi. Ela estava num documentário sobre o golpe a que assisti no ano passado. É um trabalho rústico, uma câmara e depoimentos. E é sublime como retrato de uma época sinistra. O documentário foi gravado em 1971, no Chile. Os autores foram dois cineastas americanos – Haskell Wexler e Saul Landau — que estavam no Chile para entrevistar Allende. Eles souberam que havia um grupo de exilados brasileiros com histórias de tortura e decidiram registrá-las com sua câmara. O grupo tinha sido trocado pelo embaixador da Suíça no Brasil. Surgiria, como que por acaso, “Brasil, um relato da tortura”, um pequeno épico do cinema que não se curva aos poderosos. Eram talentosos os americanos. Haskell po

Teori Zavascki merece palmas de pé por ter posto Sérgio Moro no seu devido lugar. Por Paulo Nogueira

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Por Paulo Nogueira Teori Zavascki jamais vai ser o Homem do Ano da Globo, e isto é um formidável ativo que ele carrega. Teori é aquele tipo de ministro do STF tão raro: aquele que não se deixa deslumbrar e intimidar pela mídia. Suas sentenças não parecem feitas para agradar a Globo, e sim para buscar o máximo de justiça numa disciplina complexa e não exata. Mais que nenhum outro juiz, ele deu uma cara nova ao Supremo quando a ele chegou, num momento em que Joaquim Barbosa, sob incentivo cínico da mídia, comandou um espetáculo tétrico de justiça partidarizada no Mensalão. Depois de escolhas desastrosas de juízes pelo PT – Barbosa por Lula, Fux por Dilma – Zavascki devolveu ao menos parte da respeitabilidade perdida pelo STF no Mensalão. É antológica a enquadrada que Zavascki deu, ontem, em Sérgio Moro, candidato a ser um novo Joaquim Barbosa como símbolo da justiça torta com sua condução descaradamente antipetista da Lava Jato. Zavascki usou as palavras certas:

TRUCULENTO, RICHA RECEBE REPÚDIO GERAL DA SOCIEDADE

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A violência da Polícia Militar do governo do Paraná contra professores e servidores estaduais provocou um repúdio geral de políticos de diferentes partidos e colunistas de diferentes perfis, além de revolta da população de vários estados brasileiros. O ex-presidente Lula divulgou uma nota ontem se solidarizando com os profissionais e classificando como "inadmissível" a violência da PM no estado. "Solidarizo-me com os professores do Paraná, que foram agredidos de forma violenta pela Polícia Militar do estado. Temos visto a atuação da polícia na garantia da segurança de manifestações que têm acontecido no país, mas esse direito deve ser garantido a todos. É inadmissível que o direito de manifestação seja restringido a qualquer pessoa, principalmente àqueles que trabalham pela educação de nossos jovens e o futuro do país", escreveu Lula em sua  página no Facebook . Vários parlamentares atacaram a atitude do governador do PSDB. O deputado Jean Wyllys (

Desonesta, mãe de Richa não oficializa segundo casamento para não perder pensão de 37 mil

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Da   folha : A mãe do governador Beto Richa (PSDB) recebe duas pensões pagas com dinheiro público na condição de viúva do ex-governador e senador José Richa, um dos fundadores do PSDB e pai do atual governador do Estado. Arlete Vilela Richa, 74, porém, mantém uma união estável, não formalizada, há pelo menos quatro anos e perderia o direito a essas duas pensões se casasse. José Richa morreu em 2003. Hoje, ela mora com o médico Farid Sabbag, tratado publicamente como seu marido –mas sem se casar no papel. As pensões, pagas pelo governo do Paraná e pelo Senado, somam R$ 37 mil por mês, ou R$ 29 mil líquidos, descontados o Imposto de Renda e outras deduções. Ela recebe os valores desde a morte de seu marido, que foi governador do Paraná (1983-1986) e senador por três mandatos (entre 1979 e 1995). De acordo com as assessorias do governo estadual e do Senado, Arlete Richa continua tendo direito às pensões mesmo vivendo com um companheiro ou em uma união estável, como

O tolo e repugnante Reinaldo Azevedo

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Do advogado Marcos Alves da Silva, de quem Azevedo usou um livro para atacar a indicação de Luiz Edson Fachin ao STF: “A RAZÃO NÃO ADERE AO ERRO TOTAL” (CARTA ABERTA DE DESAGRAVO FACE AO REPUGNANTE TEXTO DE REINALDO AZEVEDO PUBLICADO NO BLOG DA VEJA, EM 28/04/2015) “Não respondas ao tolo segundo a sua estultícia; para que também não te faças semelhante a ele. Responde ao tolo segundo a sua estultícia, para que não seja sábio aos seus próprios olhos.” Provérbios 26:4-5 O sábio poeta hebreu dá um conselho ambíguo. Devemos ou não responder ao tolo? Há na resposta um risco intrínseco. A arena de debate do tolo situa-se no campo da irracionalidade, da ignorância, da vaidade e, por vezes, do ódio. Posta-se o tolo em sítio distante da razoabilidade, do bom senso, da ponderação. Então, o conselho: não desça a essa arena jamais. Logo, não responda ao tolo segundo a sua estultícia. Mas, em aparente contradição, ensina o sábio: não deixe o tolo sem resposta p

ZAVASCKI DEMOLE MORO

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De Teori Zavascki, no site do   STF , ao explicar seu voto contra a manutenção da prisão de nove empreiteiros na Lava Jato: “Não se nega que a sociedade tem justificadas e sobradas razões para se indignar com notícias de cometimento de crimes como os aqui indicados e de esperar uma adequada resposta do Estado, no sentido de identificar e punir os responsáveis. Todavia, a sociedade saberá também compreender que a credibilidade das instituições, especialmente do Poder Judiciário, somente se fortalecerá na exata medida em que for capaz de manter o regime de estrito cumprimento da lei, seja na apuração e no julgamento desses graves delitos, seja na preservação dos princípios constitucionais da presunção de inocência, do direito à ampla defesa e ao devido processo legal, no âmbito dos quais se insere também o da vedação de prisões provisórias fora dos estritos casos autorizados pelo legislador”, sustentou o ministro. Sobre a possibilidade de a concessão da liberdade interf

ADVOGADOS DIZEM QUE STF FREIA 'ESQUEMA' DE MORO

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Advogados da Lava Jato comemoraram a decisão tomada pelo Supremo Tribunal Federal pelo habeas corpus do presidente da UTC, Ricardo Pessoa. Para eles a medida pode ‘frear’ o esquema do juiz Sergio Moro. "O número de delações deve cair, já que foram usadas como porta de entrada e saída da prisão preventiva", disse Antonio Mariz de Oliveira, advogado do vice-presidente da Camargo Corrêa, Eduardo Leite, em entrevista à ‘Folha de S. Paulo’. "Prende para delatar e solta porque delatou." Já para o advogado de Pessoa, Alberto Toron, Moro tomou uma "decisão autoritária" ao determinar a prisão de seu cliente em novembro e "o Supremo resgata uma de suas características mais importantes, o direito de defesa do acusado, que é a expressão maior de uma democracia"

STF DERRUBA A DELAÇÃO QUE VEJA QUIS IMPOR A UM RÉU

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A decisão do Supremo Tribunal Federal de libertar o empresário Ricardo Pessoa, dono da UTC Engenharia, representa uma dura derrota editorial para a revista Veja, que, em duas edições recentes, tentou convencer os ministros da corte a mantê-lo preso para que, assim, o réu fizesse uma delação premiada contra o ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff. A primeira tentativa aconteceu no dia 21 de março deste ano, quando Pessoa foi capa de Veja, numa reportagem que, supostamente, antecipava o que ele pretendia dizer. No texto, a revista também ameaçava o próprio réu, com a informação de que, se não fizesse a delação nos termos pretendidos, receberia uma condenação entre 90 e 180 anos de prisão (leia mais em   "Veja tenta arrancar nova delação a fórceps" ). A segunda investida de Veja ocorreu no dia 4 de abril deste ano. No texto, a revista sugeria que Pessoa poderia indicar "o chefe", "o cabeça" responsável pelo "desfalque bilio

KENNEDY: ‘STF DERRUBA ESTRATÉGIA DE FORÇAR DELAÇÃO’

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"O juiz federal Sérgio Moro e os investigadores do Ministério Público Federal contavam com esse elemento de pressão para forçar acusados a delatar. A prisão preventiva não pode ser usada dessa forma", comenta o jornalista Kennedy Alencar sobre a decisão de mandar nove executivos de empreiteiras para a prisão domiciliar; segundo ele, o Supremo ajudou a evitar um fracasso futuro na Lava Jato, que poderia resultar em nulidade processual em decorrência de abusos. "Quando a Justiça precisa forçar alguma coisa, deixa de ser Justiça." A decisão da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal de mandar para a prisão domiciliar nove executivos de empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato "derruba a estratégia de prender para forçar o acusado a fazer uma delação premiada", comenta o jornalista Kennedy Alencar nesta quarta-feira 29. "Foi retirado um instrumento de pressão sobre os acusados (...) O juiz federal Sérgio Moro e os investigad