A presença de Cunha na presidência da Câmara é um escárnio e uma ameaça.

Cunhão, a dois centímetros do "buraco" por Kiko Nogueira A presença de Eduardo Cunha na presidência da Câmara é um escárnio e uma ameaça à democracia. Sob a proteção dos suspeitos de sempre, ele simbolizou a aposta no quanto pior, melhor. Deu no que deu. Isolado, mas ainda contando com seus gângsteres, Cunha comprou briga com toda a república. Em circunstâncias normais, a acusação de receber propina de 5 milhões de dólares num processo como a Lava Jato deveria fazer com que ele saísse para as investigações ocorrerem sem obstrução. No regime teocunhacrático, isso não existe. Ele tudo pode. Considera-se normal que obstrua a Justiça e que parlamentares, a soldo dele, partam para intimação de traficante de favela. Desgostoso com a aproximação entre Renan e Dilma, seu alvo agora é o presidente do Senado. Os apaniguados vão incentivar os grupelhos da manifestação do dia 16 a incluir Calheiros na lista dos políticos corruptos de que o país precisa se livr...