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Mostrando postagens de agosto 5, 2008

A Sinuca de Néco Gato

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Eu e Puan no bilhar de Néco Gato. . . Nos meus dezesseis anos voltei a morar em Umbuzeiro. Havia sido reprovado no colégio Americano Batista em Recife e papai desistiu de investir nos meus estudos. O ano anterior fora o de aprendizagens outras: as primeiras mulheres, as primeiras farras, os cigarros e aquela sensação de quem tem o mundo a seus pés. Mesmo largando tudo isso em Recife, não me dei por vencido ao chegar na pequena e fria Umbuzeiro. Era uma cidade de amigos. Grandes rodas se formavam pela manhã em frente à farmácia de Seo Lula e ao bar de João Donato. À tarde, as cadeiras formavam uma das maiores rodas entre a loja de seu Joda e a coletoria onde papai trabalhava. Era possível ouvir de qualquer ponto da cidade a gargalhada dele. Isso mesmo! A cidade era (e ainda é) pequenina e sua gargalhada era estrondosa. Nessas rodas sabia-se dos fatos mais engraçados da cidade, discutia-se futebol – principalmente o futebol de Umbuzeiro – e, os bem informados, enchiam o