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Mostrando postagens de junho 2, 2015

Celso Amorim: Política externa 'ativa e altiva' incomoda a mídia

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por Felipe Bianchi Em palestra na noite desta quarta-feira (27), no centro de São Paulo, o ex-chanceler Celso Amorim fez um breve retrospecto de quando esteve à frente do Itamaraty e, mesmo em tom ameno, não poupou críticas à postura da mídia no período. “Quando um jornal inglês me chamou de 'o melhor diplomata do mundo', em referência a conquista brasileira em sediar a Olimpíada de 2016, um jornalista brasileiro me perguntou a razão do elogio”, relembra. “E eu respondi que era, provavelmente, porque eles não liam a mídia brasileira”. O bate-papo, que ocorreu no Sindicato dos Jornalistas, promovido pelo Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé com o apoio do GRRI – Grupo de Reflexão em Relações Internacionais, também marcou o lançamento do novo livro de Amorim: Teerã, Ramalá e Doha: memórias da política externa ativa e altiva (editora Benvirá). A obra compila relatos, com riqueza de detalhes e bastidores, de importantes episódios diplomáticos vivid

FUTEBOL E O NINHO DE RATAZANAS

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Por Luciano Martins Costa, no  Observatório da Imprensa : A imprensa brasileira se regozija com a prisão, na Suíça, do ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin, por conta das investigações de autoridades americanas sobre corrupção na organização internacional do futebol profissional. Nas edições de sexta-feira (29/7), um dos destaques é a fuga do atual presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, que deixou a conferência da Fifa em Zurique e preferiu se refugiar no Brasil. O noticiário equivale a uma bomba num ninho de ratazanas. Os jornais abrem algumas frentes para abordar o assunto, e a principal delas é a chance de retomar as apurações da CPI da Nike, aberta no ano 2000 e concluída no ano seguinte. O relatório ( ver aqui ) já apontava irregularidades nas relações da CBF com a empresa de material esportivo e o Grupo Traffic, cujo dono, José Hawilla, fez um acordo de delação com o FBI. O senador e ex-jogador de futebol Ro

Aldir Blanc detona FHC e "Aócio"

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" covarde é marmanjo que, entupido de pó, bate em mulher" Por Altamiro Borges Com seu estilo ácido, o compositor Aldir Blanc, um dos maiores gênios da música popular brasileira, voltou a detonar FHC, "Aócio" e outros tucanos de alta plumagem. Em sua coluna de domingo (31) no jornal "O Globo" - que ainda resiste, mas deve causar calafrios nos chefetes do veículo -, ele não poupou críticas a FHC, que sempre engavetou as denúncias de corrupção no seu triste reinado, ao truculento governador paranaense "Bato Racha" e ao cambaleante Aécio Neves. Este último esbravejou recentemente que Dilma Rousseff é covarde. "Minha opinião é diferente: covarde é marmanjo que, entupido de pó, bate em mulher". Vale conferir o petardo: ***** Tatu subiu no pau Nunca se apurou e se prendeu tanto, o que não acontece quando os criminosos pertencem à tucanagem O gatuno e atiçador dos cães assassinos da ditadura militar

MÍDIA PODE MORRER EM VEZ DO PT

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  Parafraseando Florestan Fernandes - no Brasil 247 "Nossa imprensa faz tempo abriu mão do bom jornalismo, de maneira geral virou panfletária e presta um desserviço para a Nação", escreve o jornalista Florestan Fernandes Júnior, gerente executivo de jornalismo da TV Brasil, ao comentar pesquisa do Ibope que aponta que 41% dos brasileiros acham que a imprensa mostra uma situação econômica mais negativa do que a realidade; segundo ele, "os senhores da comunicação estão atirando no próprio pé, o pessimismo alardeado por eles levou a um corte nas campanhas publicitárias" e, consequentemente, a "demissões em massa"; não há dúvida, afirma, quem vai acabar é a indústria da comunicação e não o partido que eles tanto odeiam. O jornalista Florestan Fernandes Júnior, conhecido pela vasta experiência na televisão brasileira, se mostra decepcionado com o pessimismo da imprensa do País. Ele publicou nesta segunda-feira 1º um comentário em sua página no

Joaquim Carvalho: piloto do “helicoca” está solto e voando por aí

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por Fernando Brito - no Tijolaço Sensacional a reportagem de Joaquim de Carvalho, no   Diário do Centro do Mundo , mostrando que a turma envolvida no caso do helicóptero da família Perrela, capturado no Espírito Santo com meia tonelada de cocaína, está solto ou se preparando para a absolvição. Veja alguns trechos: “Enquanto a Policia Federal segue nas ações espetaculares, com delegados e agentes efetuando prisões e realizando diligências em Brasília acompanhados de fotógrafos e cinegrafistas, o caso do Helicoca continua sem nenhuma punição. O Ministério Público Federal pediu a absolvição do empresário Élio Rodrigues, dono da fazenda no Espírito Santo onde o helicóptero do senador Zezé Perrella fez o pouso com 445 quilos de cocaína, em novembro de 2013. O pedido de absolvição ocorreu depois que o Tribunal Federal da Segunda Região mandou devolver o helicóptero à família Perrella, anulando decisão do juiz de primeira instância, que queria o confisco, com base na

Acordo com ditadura possibilitou eleição de Havelange à Fifa

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A associação entre esporte e política durante o regime militar brasileiro possibilitou a eleição de um dos presidentes da Fifa (Federação Internacional de Futebol) que mais tempo esteve à frente da entidade: João Havelange. Essa é uma das conclusões do mestrado “A Bola e o Chumbo: Futebol e Política nos anos de chumbo da Ditadura Militar Brasileira”, apresentado na FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas) da USP. Segundo o cientista político Aníbal Chaim, autor da pesquisa, a aproximação entre o poder político e o esportivo ocorreu no momento em que os governantes militares vivenciavam uma situação de insegurança e indefinição quanto ao futuro. Menos de duas semanas antes da publicação do AI-5 (Ato Institucional), que dava ao presidente da República poderes excepcionais, o então presidente do Brasil, Arthur Costa e Silva, se reuniu com João Havelange, na época presidente da CBD (Confederação Brasileira de Desportos) — atual CBF (Confederação Brasileir

A "granfinagem" arruma as malas e vai pra Cuba

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Melliah Hotel Habana Cuba saiu de lista da qual nunca devia ter feito parte, diz Granma Após os EUA anunciarem a retirada da lista de países patrocinadores de terrorismo, o jornal oficial do Partido Comunista de Cuba, Granma, afirmou em artigo neste sábado (30) que a ilha saiu de um rol do qual nunca deveria ter feito parte. “Cuba teve de esperar 33 anos para o simples ato de justiça que foi levado a cabo na sexta (29)”, comentou o periódico, acrescentando que nem as transformações geopolíticas ocorridas ao redor do mundo desde 1982 foram suficientes para que as sucessivas administrações norte-americanas se mobilizassem para retirar a ilha da lista negra. No texto, o veículo cubano afirma que a exclusão da relação era um pré-requisito já esperado para o processo de normalização de relações diplomáticas, anunciadas em 17 de dezembro de 2014 pelos presidentes Barack Obama e Raúl Castro, e ainda ressalta que o Departamento de Estado norte-americano mantém “p

Esperteza, quando é muita, come o dono

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Do que é que Cunha e Russomano se esqueceram na hora de fazer a manobra ilegal do financiamento? por  Jean Wyllys Vocês que acompanharam a tramitação da (contra) " reforma política " na House of Cunha sabem que, um dia depois de o presidente da Casa ter   perdido a votação   em que tentou incluir na Constituição, mediante emenda, o financiamento empresarial de campanha, ele fez uma manobra ilegal   para votar novamente e, dessa vez, obteve a maioria necessária. Vocês que acompanharam sabem, também, que a "emenda aglutinativa" rejeitada permitia a doação de empresas a partidos e candidatos, e o artifício usado por Cunha na segunda votação foi pedir ao deputado Celso Russomano, do PRB, que apresentasse (fora do tempo, quando a matéria já tinha sido rejeitada) uma nova "emenda aglutinativa" que permite a doação de empresas (pessoas jurídicas) apenas a partidos, mas não a candidatos, que só poderão receber dinheiro ou bens estimáveis em di

O "GOLPE" DO PMDB

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por Mauricio Dias A ansiedade do senador tucano Aécio Neves provocou o fracasso do “impeachment já”, da presidenta Dilma Rousseff, pretendido pela faminta oposição longe do poder central há mais de 12 anos. Os tucanos recuaram desse intento. Nem tão rápido para não parecer derrotado e nem tão lento para camuflar a desistência. Para isso, usaram o parecer oferecido pelo advogado Miguel Reale, o Júnior. A orientação dada por Reale Júnior aos líderes do PSDB, PPS, DEM e Solidariedade (SD) foi a de bater à porta do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, com um pedido de investigação criminal da presidenta. Resta esperar o resultado. No calor da crise política, marcada por passeatas e panelaços de uma parte majoritária da classe média, inculta e burra o suficiente para pedir a intervenção dos militares no processo, o governo desorientado abriu espaço político para um “golpe branco” dado pelo PMDB, o maior, mais influente e mais ambicioso partido da base gove