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Mostrando postagens de dezembro 14, 2015

TODA FARSA TEM LIMITES - POR PAULO NOGUEIRA

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Vários fatores podem explicar o esvaziamento dos protestos a favor do impeachment no último domingo. Minha explicação favorita é o efeito-Eduardo Cunha. Explico. Mesmo em política, toda farsa tem limites, até no Brasil e apesar do monopólio dos grandes meios de comunicação. Foi o que lembraram os editoriais da Folha e do Globo, no fim de semana, dizendo que o tempo de Cunha se esgotou e é hora de livrar-se dele. Dirigindo-se a seus leitores, os dois veículos falaram, em particular, a um público mais especial -- o Judiciário, a quem cabe a incumbência de providenciar o afastamento de um chefe de poder que contamina o Estado brasileiro com sucessivos atos de delinquência. Os editoriais informam que tanto o PGR Rodrigo Janot quanto o ministro Teori Zavaski, do STF, terão respaldo de pelo menos dois dos três mais influentes grupos de comunicação do país para agir contra Cunha -- seja lá qual for o caminho legal encontrado. A questão não é ética, m

O IMPEACHMENT DESANDOU NAS RUAS. SAIBA PORQUÊ.

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Por Tereza Cruvinel, em seu blog no 247 As manifestações de ontem a favor do impeachment foram um anticlímax. Estão aí os dados do Datafolha mostrando a curva descendente de participação e uma retração superior a 70% em relação a março.  É claro que isso pode mudar, tudo pode mudar no processo social. Mas por que, justamente agora, com o processo aberto, a ideia do impeachment desandou nas ruas? Por vários motivos, quase todos representados por erros da oposição. 1) O primeiro e maior erro dos adversários de Dilma e do PT foi apostar num impeachment liderado por Eduardo Cunha. Mesmo depois que ele começou a ser investigado pela Lava Jato a oposição manteve a aposta. Ensaiou um rompimento mas realinhou-se de forma ambígua depois que ele acolheu o pedido Bicudo/Reale. O povo não é bobo. Entendeu que Cunha chantageou o PT para votar a seu favor e vingou-se quando o partido tomou decisão oposição. 2) O segundo erro foi tentar atropelar as regras e a pr

O PATO DA FIESP E OS PATOS DO FIASCO

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Alexandre Frota (aquele mesmo...) é o novo líder do golpe Os organizadores do protesto anti Dilma na Avenida Paulista estão escondendo o fiasco atrás de uma estranha tese de que se trata de um “esquenta” e não da coisa para valer. Foram apenas oito dias de organização, alegou um dos líderes (é impressionante como essas milícias têm apenas líderes). Foi frustrante, especialmente, quando se sabe que agora existe, em tese, uma cenoura à frente deles — ou uma mandioca atrás, dependendo do ângulo –, que é o acolhimento do pedido de impeachment por Eduardo Cunha. Uma das razões para o esfriamento da mobilização é o fator Cunha. Manifestantes um pouco menos fanáticos perceberam, nas últimas semanas, que quem está dando as cartas é um deputado com uma ficha corrida épica. Sobraram, na “luta”, ignorantes por opção e mal intencionados, que acreditam no fascismo rastaquera de gente como Marcello Reis, do Revoltados Online, e Kim Kata Guri, o popular “