Em 12 anos, governos Lula e Dilma triplicam Escolas Técnicas Federais
Com 6,8 milhões de matrículas, o Pronatec é o maior programa de qualificação da história.
A qualificação profissional é tida como um dos
maiores gargalos do Brasil. Melhorar a formação técnica no país era tarefa
importante para assegurar o pleno emprego. Em 12 anos de governos de Lula e
Dilma foram criadas 282 escolas técnicas federais, três vezes mais do que foi
construído em quase um século de história do Brasil.
A primeira escola técnica
federal no Brasil foi fundada em 1909. No entanto, a rede de ensino
técnico-profissional não acompanhou a expansão econômica e produtiva. Até 2002,
o Brasil tinha apenas 140 escolas técnicas federais.
Isso começou a mudar no
governo Lula. Entre 2003 e 2010, o presidente Lula chegou a 214 escolas
técnicas federais, enquanto a presidenta Dilma inaugurou 116 entre 2011 e 2013
e estão previstas mais 92 até o fim do ano.
Pronatec
Mas a ação do governo não
ficou por aí. Desde 2011, o governo implantou o Programa Nacional de Acesso ao
Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), criado para capacitar os jovens
brasileiros e recebeu investimentos de R$ 14 bilhões até 2014, alcançando 6,8
milhões de matrículas.
É o
maior programa de formação profissional da história do Brasil com 864 tipos de
cursos – 220 técnicos e 644 de formação inicial e continuada –
realizados em escolas técnicas federais e nas unidades do Sistema S (Senai,
Senac, Senar e Senat).
Há
cursos de todos os tipos. Desde os que atendem os setores de comércio e
serviços até os voltados para segmentos de ponta, como as indústrias química,
petrolífera, logística e tecnológica.
Instituto Técnico Federal de São Paulo - Campus Jacareí
Corrigindo o apagão tucano
Para o deputado federal
Gustavo Petta (PCdoB-SP), que foi presidente da União Nacional dos Estudantes
de 2003 a 2007, o programa corrigiu um grave erro de governos passados.
“Vivemos um desmonte no ensino técnico durante o governo de Fernando Henrique,
que desvinculou o ensino técnico do ensino médio e reduziu o número de escolas
técnicas. Isso representou um verdadeiro apagão da qualificação profissional,
um estrangulamento do ensino técnico. Agora, com o Pronatec, o Brasil retomou
com força o enfrentamento desse gargalo da formação profissional”, disse Petta.
O deputado refere-se à Lei
9.649/1998, que em seu artigo 47º estabelecia: “A expansão da oferta de
educação profissional, mediante a criação de novas unidades de ensino por parte
da União, somente poderá ocorrer em parceria com estados, municípios, Distrito
Federal, setor produtivo ou organizações não-governamentais, que serão
responsáveis pela manutenção e gestão dos novos estabelecimentos de ensino”. Na
prática, a lei limitava a criação de novas escolas pelo governo federal.
Petta
ressalta a importância do programa para a formação dos jovens. “Foi um programa
bem-sucedido pelo alcance em todo o território nacional. Faz parte de uma
política de promoção do ensino técnico que é muito importante para a
qualificação profissional, principalmente para inserção dos jovens ao mercado
de trabalho”, afirma ele.
Perfil
De
acordo com levantamento do Ministério da Educação, os jovens são os principais
beneficiados, com 67% dos matriculados entre 17 e 29 anos de idade. As mulheres
também são maioria, com seis a cada dez alunos do Pronatec. Os negros compõem
68% dos alunos.
“Percorri
algumas cidades no estado de São Paulo e percebemos que o programa tem suprido
a demanda de uma formação profissional. Agora, é preciso que o programa seja
ampliado garantindo um maior número de vagas. Além disso, assim como o ProUni,
o Ministério da Educação precisa ter uma avaliação mais rigorosa para que os
cursos que não atingirem a qualidade devida sejam descredenciados”, completou
Petta.
A meta
do Pronatec é até o final deste ano atingir 8 milhões de vagas para jovens e
trabalhadores em cursos técnicos e de qualificação profissional. E, até 2015,
serão mais 12 milhões de vagas em cursos técnicos pelo Pronatec 2.
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