Parafraseando Alberto Villas - na Carta Capital Jornalista agora fuça, fuça, fuça até achar um viés ruim pra encaixar na manchete (...) Noticia ruim - hoje em dia - chega, além de rápido, a todo momento. Basta abrir o jornal, clicar em qualquer site de notícia ou ligar a televisão num telejornal. Jornalista hoje virou caçador de notícia ruim, porta-voz da tragédia. Seja tragédia aérea, grega, econômica, política, vale tudo. Se levarmos a sério todas essas manchetes que pipocam a cada momento, chegamos à conclusão de que o Brasil respira com ajuda de aparelhos e não passa desse final de semana. Quando eu ainda trabalhava em redação – lembro-me bem – criticava-se muito aquelas matérias que chamávamos de matérias ONG, tipo o país que dá certo, gente que faz, coisas que funcionam. Criança tocando violino na favela, ensaiando balé na periferia, velhinho animado fazendo hidroginástica. E o furo? Hoje só é considerado furo, um escândalo bem cabeludo. Escandalozi...