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MADONA DOS CACHORROS E DO BAIRRO DO RECIFE

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Madona... a linda e sensual stripper que em 1995 me deixou encantado São 8h de um dia normal de trabalho. As perna s apressadas, as buzinas dos automóveis, as angústias alheias ou mesmo o forte calor ou frio passam despercebidos diante do acordar preguiçoso de Madona e dos seus cachorros Mineiro, Crioulo e Alexandre. Apesar de não ter endereço certo, sua cama de papelão e os poucos objetos que possui ficam abrigados em frente a uma lanchonete – hoje desativada – ou a uma agência bancária, ambas na Avenida Marquês de Olinda, no Bairro do Recife. Para os desavisados, os olhares são de desprezo ou de curiosidade, diante de uma figura ora agressiva, ora louca, ora alegre, que dança, grita e solta os piores palavrões. Para quem trabalha na região e acompanha o dia-a-dia dessa moradora de rua, sentimentos de dó e carinho se misturam à indignação diante de tal (falta de) condição humana: não são raros os momentos nos quais Madona, bêbada, tira suas já escassas roupas ou fica...

Xico Sá explica por que deixou a Folha

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“É muito desequilíbrio. É praticamente jornalismo de campanha. Não cobertura. (…) Esse episódio, aliás, não é político — é ridículo se pensamos na grandeza da vida. Por   Xico Sá , em sua   página   no Facebook Caríssimos amigos & leitores, pretendia nem mais falar desse assunto, mas devido à forma como se alastrou – rizomáticos riachos e riachinhos delleuzianos & gonzaguianos em busca do velho Chico em anos de bom inverno no Navio e no Pajeú –, creio que devo alguma satisfação na praça, além dos “pinduras” morais e existenciais de sempre. Valha-me meu bom Deus, viver é dívida, canelada e dividida de bola. Como só os galãs vencem por nocaute, procurarei, mal-diagramado por natureza que sou, triunfar nessa luta por pontos, minando, nas cordas do ringue ideológico, vosso juízo emprenhado pelas redes sociais. Vamos lá; 1) Não há herói nenhum nesse episódio. O máximo que chego é a anti-herói macunaímico ou ao João Grilo do cordel teatralizado...

Petrobras: a mídia esconde o debate real

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Operação Lava Jato poderia desvendar esquemas de aparelhamento do Estado praticados há décadas. Mas alvo eterno dos jornais é Dilma, que tentou romper a prática Por   Luis Nassif , no   GGN A Operação Lava Jato, que investiga esquemas que atuavam na Petrobras, provavelmente terá um alcance e desdobramentos similares ao da CPI do Orçamento, no início dos anos 90. Dela, nasceu um conjunto de medidas – das quais a mais ostensiva foi a Lei 8666, das licitações – que manietaram completamente a administração pública, sem reduzir a corrupção. De lá para cá, criou-se uma enorme parafernália burocrática, que apenas especializou os esquemas existentes. No seu depoimento, Paulo Roberto Costa envolve outros diretores e informa que o aparelhamento da Petrobras ocorreu ininterruptamente nos governos Sarney, Collor, Itamar, Fernando Henrique Cardoso e Lula. E a conta recai sobre Dilma, a primeira a tentar romper essa prática. *** Da CPI do Orçamento para cá houve e...

Dilma Rousseff: “Reforma política é a reforma das reformas”

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  Coletiva de imprensa Dilma 13/10 Antes de participar de Plenária com representantes de organizações e movimentos sociais que defendem a Reforma Política, a presidenta e candidata à reeleição, Dilma Rousseff, concedeu na tarde desta segunda-feira (13), no Palácio da Alvorada, uma coletiva de imprensa. Na ocasião, Dilma falou da importância de fazer a Reforma Política, que considera “a reforma de todas as reformas”. “Vamos fazer o que estiver ao nosso alcance para que haja a possibilidade e a certeza de transformar essa reforma em realidade”. Segundo ela, a reforma “tornará a política mais transparente”, declarou. Dilma explicou que sua coligação ainda não se posicionou sobre a Assembleia Constituinte, “mas eu tenho simpatia", disse ela. E complementou, dizendo que o mais importante é a participação popular para decidir sobre a Reforma Política. “E a maioria do povo votou sim pela Reforma Política e sim pelo plebiscito popular.” “Com a reforma, sem o...

Neto de João Goulart: imprensa prepara golpe contra Dilma

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Nós sabemos que parte da imprensa brasileira está engajada na campanha de oposição ao governo Dilma. Sabemos que a supervalorização dos problemas do governo e a transformação do Aécio em salvador da pátria faz parte dessa estratégia para elegê-lo. Mas o Brasil é gato escaldado, já vimos isso antes, e a postura da imprensa foi uma das responsáveis por que mergulhou o país nas trevas por 21 anos, quando a direita se apropriou e aparelhou o governo brasileiro excluíndo a maioria da população da definição dos destinos do país. Isso foi lembrado no domingo (12) pelo neto de um dos protagonistas dessa história, o presidente João Goulart, deposto por uma articulação entre a grande mídia, governo estadunidense e quadros da direita brasileira. Seu neto, João Alexandre Goulart, postou em seu facebook: 12/10/2014 Tenho ouvido recomendações de amigos próximos amigos estes que votam em Aécio, que não me pronuncie a respeito, que eu vote em quem eu quiser ...

Para FHC, professor é 'coitado' que não conseguiu ser pesquisador

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O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso não dá uma dentro e não é de hoje. Muito antes de declarar que aqueles que votam no PT são “menos informados”, o presidente já tinha cometido uma gafe das grandes com os professores brasileiros. A gafe, cometida em 2001, foi repercutida pela  Folha de S. Paulo. Durante a cerimônia de entrega do prêmio nacional da Finep de inovação tecnológica, o FHC afirmou que professor é um "coitado" que não conseguiu ser pesquisador, demonstrando a forma como os tucanos veem a educação no nosso país. Enquanto Lula e Dilma Rousseff trabalham para valorizar a profissão, Aécio Neves segue com o pensamento tucano: pagou menos do que o piso salarial para a categoria em Minas Gerais. Afinal , se seu mentor, FHC, – com sua experiência como professor no Instituto de Estudos Avançados de Princeton –, subestima o trabalho e a importância dos professores. Leia abaixo a íntegra da matéria publicada na Folha Para FHC, profe...

Os que pilharam o Estado estão aí de novo

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por   J . Carlos de Assis,   Economista, doutor pela Coppe/UFRJ, professor de Economia Internacional da UEPB. No início do século XI um líder muçulmano percorria as mesquitas do Oriente Médio advertindo os fiéis para a fatalidade iminente da invasão dos cruzados. Eles estavam chegando. Preparem-se, dizia ele, para que possamos evitar a catástrofe. Os cruzados são cruéis e selvagens, ignorantes e incultos. Estuprarão nossas mulheres, matarão nossos filhos, massacrarão nosso povo, incendiarão nossas cidades e aldeias. Pelo que se viu na história, não lhe deram ouvidos. Na verdade, de acordo com o relato de Amin Maaloup no livro “As Cruzadas Vistas pelos Árabes”, que cito de memória, os cruzados chegaram, estupraram as mulheres, mataram as crianças, incendiaram cidades e aldeias e massacraram as populações do Oriente Médio que estavam em seu caminho até Jerusalém. Foi uma carnificina, em geral ignorada pelos historiadores ocidentais até pouco tempo...