Universo Paralelo (I)

 

O Universo está fadado a acabar. Mas, antes que isso aconteça, poderia uma civilização avançada escapar para um uUniverso Paralelo através de um ‘buraco de minhoca’? A idéia soa como ficção científica, mas é compatível com as leis da Física e da Biologia.




O Universo está fora de controle, em processo de aceleração desenfreada. Com o tempo, toda a vida inteligente se verá diante da perspectiva do fim.



O próprio espaço vazio contém energia escura repulsiva suficiente para fazer o Universo expandir até explodir. Quanto mais o Universo se expande, mais energia escura existe, o que o leva a expandir ainda mais rapidamente, num processo que se intensifica sem parar.



Em 2003, esse resultado espantoso foi confirmado pelo satélite WMAP (Sonda de Anisotropia de Microondas de Wilkinson, na sigla em inglês).

Orbitando a 1,6 milhão de quilômetros da Terra, esse satélite detecta a fraca radiação de microondas que banha o Universo. Ele é tão sensível que é capaz de fotografar, com detalhes minuciosos, o brilho provocado pela radiação de microondas que sobrou do Big Bang.






O satélite WMAP resolveu a polêmica de longa data em torno da idade do Universo, que foi oficialmente determinada em 13,7 bilhões de anos.

O mais notável, porém, é que os dados indicam que a energia escura não é mera anomalia: ela compõe 73% da matéria e da energia do Universo inteiro.

Para aprofundar o mistério, os dados mostraram que 23% do Universo consiste de ‘matéria escura’, uma forma bizarra de matéria que é invisível, mas tem massa.

À medida que o Universo se expande, seu teor de energia é diluído, e as temperaturas terminam por cair para quase o zero absoluto, na qual até mesmo os átomos param de se mover.

Uma das leis imutáveis da física é a segunda lei da termodinâmica, que afirma que tudo acaba por se esgotar, que a entropia (desordem ou caos) total do Universo sempre aumenta.

Isso quer dizer que o ferro oxida, nossos corpos envelhecem e decaem, os impérios desabam, as estrelas esgotam seu combustível nuclear e o próprio Universo vai se esgotar, na medida em que as temperaturas caírem, de maneira uniforme, para quase o zero absoluto.




A morte do Universo inteiro parece inescapável. Assim, em algum dia do futuro distante, a última estrela vai deixar de brilhar e o Universo inteiro será recoberto de destroços nucleares, estrelas de nêutrons mortas e buracos negros.

Embora a termodinâmica e a cosmologia apontem para a morte de todas as formas de vida no Universo, ainda existe uma saída possível.

É uma das leis da evolução que, quando o meio ambiente muda de maneira radical, a vida deverá se adaptar, fugir ou morrer. A primeira alternativa parece impossível. A última é indesejável. Isso nos deixa com uma escolha: deixar o Universo.

Embora o conceito de deixar nosso Universo moribundo para entrar em outro soe como maluquice total, não existe lei da física que nos proíba de entrar num Universo paralelo.

A teoria da relatividade geral de Einstein prevê a existência de ‘buracos de minhoca’, ou portais que interligam Universos paralelos.

A  idéia inflacionária caótica de Andrei Linde, da Universidade Stanford, teoriza ‘universos-pais’ gerando ‘universos-bebês’, num ciclo contínuo e interminável, como bolhas de sabão que se dividem em duas bolhas menores.

A teoria da Relatividade de Einstein se desfaz no instante do Big Bang, e, portanto, não consegue responder às perguntas filosóficas profundas suscitadas por esse evento. Nessas temperaturas incríveis, precisamos incorporar a teoria quântica, que governa a física do átomo.

A teoria quântica e a teoria da relatividade de Einstein são opostas. A primeira rege o mundo do muito pequeno, o reino subatômico peculiar dos elétrons e quarks. A teoria da relatividade rege o mundo do muito grande - dos buracos negros e dos universos em expansão.




A versão mais recente vem da teoria das cordas, a teoria-M, e pode responder a uma pergunta que há um século atormenta aqueles que defendem a idéia da existência de várias dimensões: onde elas estão?

A  teoria-M acrescenta a essa idéia uma variante nova: algumas das dimensões superiores podem ser de tamanho maior, ou mesmo infinito. Imagine duas folhas de papel paralelas. Se duas formiga vivessem sobre cada uma, cada formiga pensaria que sua folha era o Universo inteiro e desconheceria a existência de outro Universo bem próximo. Na realidade, o outro Universo seria invisível.

Cada formiga viveria sua vida, desconhecendo a existência de outro Universo a poucos centímetros de distância. Do mesmo modo, nosso Universo pode ser uma membrana que flutua num hiperespaço de 11 dimensões, enquanto nós desconhecemos os Universos paralelos que estão próximos de nós.

O intenso interesse pelas dimensões superiores gerado pela teoria das cordas foi conduzido na União Soviética, o primeiro experimento para procurar a presença de um Universo paralelo. Os físicos procuraram minúsculos desvios da lei da gravidade de Newton.

Outras possibilidades também vêm sendo exploradas. No ano passado (2009) foi ligado, perto de Genebra, o LHC (Grande Colisor de Hádrons – ou Acelerador de Partículas), capaz de aplicar sobre partículas subatômicas a energia colossal de 14 trilhões de elétron-volts.


 Área do Acelerador de Partículas, próximo
ao aeroporto de Genebra, na Suiça.


Essa máquina, o maior colisor de átomos do mundo, que tem 27 quilômetros de circunferência e se ergue entre França e Suíça, está vasculhando lugares 10 mil vezes menores do que um próton.

Os físicos prevêem encontrar todo um ‘zoológico’ de novas partículas subatômicas que não eram vistas desde o Big Bang.

Ademais, por volta de 2012 será posto em órbita o detetor Lisa (Antena Espacial de Interferômetros a Laser, na sigla inglesa) de ondas gravitacionais, baseado no espaço.



O Lisa será capaz de detectar as ondas de choque gravitacional emitidas menos de um trilionésimo de segundo após o Big Bang.

Infelizmente, a energia necessária para manipular essas dimensões superiores está muito além de qualquer coisa que teremos à nossa disposição no futuro previsível: 1019 bilhões de elétron-volts, ou um quatrilhão de vezes a energia do Grande Colisor de Hádrons.

Para operar nesse nível será exigida a tecnologia de uma civilização superavançada.

Para organizar uma discussão das civilizações extraterrestres avançadas, os astrofísicos freqüentemente utilizam a classificação de civilizações em tipos 1, 2 e 3 introduzida nos anos 1960 pelo astrofísico russo Nikolai Kardashev, de acordo com seu consumo energético.


 Nikolai Kardashev

Seria possível prever que uma civilização do tipo 3, usando a plena potência de seus recursos galácticos, seria capaz de fugir do grande congelamento.

Os corpos de seus cidadãos, por exemplo, poderiam ser geneticamente modificados, e seus órgãos, substituídos por implantes computadorizados, representando uma fusão sofisticada de silício e carbono.
 

Mas mesmo esses corpos sobre-humanos não sobreviveriam ao grande congelamento.

Isso acontece porque definimos a inteligência como a capacidade de processar informações. O processamento de informações – logo, a inteligência – requer energia fornecida por máquinas e motores, o que se tornará impossível quando as diferenças de temperatura caírem para o zero.

Entretanto, como o grande congelamento provavelmente ainda está bilhões ou mesmo trilhões de anos no futuro, haverá tempo para uma civilização do tipo 3 planejar a única estratégia consistente com as leis da física: deixar este Universo.

Para isso, uma civilização avançada terá primeiro que descobrir as leis da gravidade quântica, que pode ou não ser a teoria das cordas.

Essas leis serão cruciais para calcular diversos fatores desconhecidos, tais como a estabilidade dos ‘buracos de minhoca’ que nos conectam a um Universo paralelo, e como vamos saber qual será a aparência desses universos paralelos.



Antes de dar um salto para o desconhecido, teremos que saber o que existe do outro lado. Mas como darmos esse salto? Na próxima publicação mostraremos algumas formas possíveis.
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Artigo de Michio Kaku 

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Comentários

  1. Existe mais gente que pensa como eu!

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  2. Anônimo10:42 PM

    Deus está... e permanecerá no controle

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  3. muito interessante

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  4. Johny1:21 AM

    Eu penso assim !

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  5. Anônimo1:54 AM

    completamente certo...

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  6. rbr muito interessante aguardo

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  7. Anônimo4:50 PM

    quando vc falou sobre os estraterrestres ciborgs eu achei minto interesante pois senpre tive uma vomtade de me turnar um ciborg no futuro

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  8. Anônimo10:55 AM

    Deus nunca perde o controle. Se o mundo acabar é só por castigo à humanidade

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  9. Pénochão1:59 AM

    Eu acho que você está assistindo muita televisão.

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  10. Gosto de TV, principalmente agora, quando a qualidade da imagem é realmente espetacular. Quanto ao que assisto, sou muito seletivo. Quer dizer: gosto de TV, sim.
    Tire esse Pédochão, cara! Dê ao menos um passo... Poderás encontrar algo interessante.

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  11. Anônimo8:42 PM

    quem veras sasasasahhh

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  12. Anônimo12:45 PM

    assistam no youtube - curiosidade: stephen hawking - deus criou o universo ? da parte 1 atê 6.

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  13. Anônimo12:49 PM

    não creio em deus e nem em demonios creio na ciencia do universo

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