BNCC - MÃOS QUE FALAM E CORAÇÕES QUE ESCUTAM
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Ao meu filho caçula Rudy (Rodrigo), que não teve a oportunidade de conhecer o pai como bancário, e aos meus colegas de BNCC, que viveram comigo a dor de ver o banco ser fechado no primeiro dia de "governo" do "caçador de marajás" Fernando Collor de Mello.
Enquanto redigia um texto sobre a revoltante decisão do Juiz do Trabalho Bento Luiz Azambuja Moreira, impedindo que um simples operário, de nome Joanir Pereira, participasse de uma audiência trabalhista por estar calçando sandálias de tiras, muitas histórias vividas por mim em todos esses anos em que morei nas diversas regiões do Brasil, desgarrado da casa dos pais, como que arrancado dela por uma inquietante necessidade de conhecer de perto tantas pessoas interessantes que sabia existir espalhadas por aí, vieram à minha memória acompanhadas de lágrimas e sentimentos diversos. Costumo dizer que saí de casa aos dez anos para estudar, e nunca mais voltei. Nunca mais consegui apear dessa saudade lacerante que cavalguei mundo afora, e ainda cavalgo.
Ocupando interinamente a gerência da agência Recife do BNCC, recebi, já ao final do expediente de uma quarta-feira, um telefonema do diretor de crédito rural, disponibilizando à agência um grande volume de recursos para aplicação imediata, pois os mesmos haviam sido solicitados por uma outra agência que não conseguira aplica-los. A inflação daquele período girava em torno de impressionantes 73% ao mês, e ficar com dinheiro em caixa significava grande prejuízo.
A exposição agropecuária de Garanhuns (cidade do agreste pernambucano), aconteceria dentro de três dias, e como esses recursos eram específicos para aplicação junto a mini produtores rurais visando aquisição de vacas mestiças produtoras de leite, achei que seria uma boa oportunidade para prestar um bom serviço àquela gente sofrida do campo e também ao banco, evitando que todo aquele montante ficasse sem utilização. O diretor aceitou aliviado minha proposta, pois surgia ali a oportunidade de tirá-lo de uma situação embaraçosa junto ao presidente do banco e o restante da diretoria.
Quando estou motivado, reconheço que sou um “rolo compressor”.
Iniciei viagem às três horas da manhã do dia seguinte, uma quinta-feira. Passara a noite traçando planos que incluíam, prioritariamente, visita às emissoras de rádio das pequenas cidades por onde passaria no percurso até Garanhuns, necessariamente naquelas primeiras horas da manhã, quando a grade de programação de todas elas incluía programas voltados para o homem do campo. Era a única maneira de fazer com que um grande número de produtores, tomasse conhecimento, em apenas dois dias, dos produtos que o banco estaria oferecendo durante aquela exposição. E assim fiz: o dia ainda estava longe de clarear, e eu já visitava as rádios em Limoeiro, Surubim e Caruaru para rápidas entrevistas, anunciando o grande volume de recursos que o banco estaria disponibilizando aos mini produtores rurais da região, e quais as exigências para que eles tivessem acesso a esses recursos. Contratei, em cada uma delas, anúncios que deveriam ser lidos durante a semana, alardeando nossa presença na exposição.

Durante uma semana vi desfilar diante da alegria da nossa equipe, algumas centenas de camponeses, homens e mulheres simples, de traços marcados pelas necessidades comuns e pelo sol nordestino, que chegavam apreensivos e saiam sorridentes com suas vacas previamente selecionadas e vacinadas pelos nossos técnicos. Conhecemos muitas histórias interessantes, de dificuldades, de solidariedade e de esperança. Uma delas me marcou profundamente.
No último dia dos nossos trabalhos na exposição, um jovem camponês de vinte e três anos, pai de três filhos, chegou acompanhado deles e da jovem esposa. Quando veio falar comigo já estava sem esperanças de ver seu pleito atendido. Por falta dos documentos de identificação, os colegas da equipe lhe haviam informado que não poderia se beneficiar daqueles recursos. Perguntei-lhe então porque, naquela idade, e já casado, não dispunha de carteira de identidade ou de outro documento com foto que o identificasse. Respondeu-me: “Eu não passei no

Muitas correspondências tiveram que ser trocadas entre mim e o departamento de crédito rural do banco, até que ficassem convencidos de que, mesmo não seguindo os manuais de procedimentos, eu materializara naquela operação financeira, o verdadeiro espírito do crédito rural.

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Ao meu filho caçula Rudy (Rodrigo), que não teve a oportunidade de conhecer o pai como bancário, e aos meus colegas de BNCC, que viveram comigo a dor de ver o banco ser fechado no primeiro dia de "governo" do "caçador de marajás" Fernando Collor de Mello.
Enquanto redigia um texto sobre a revoltante decisão do Juiz do Trabalho Bento Luiz Azambuja Moreira, impedindo que um simples operário, de nome Joanir Pereira, participasse de uma audiência trabalhista por estar calçando sandálias de tiras, muitas histórias vividas por mim em todos esses anos em que morei nas diversas regiões do Brasil, desgarrado da casa dos pais, como que arrancado dela por uma inquietante necessidade de conhecer de perto tantas pessoas interessantes que sabia existir espalhadas por aí, vieram à minha memória acompanhadas de lágrimas e sentimentos diversos. Costumo dizer que saí de casa aos dez anos para estudar, e nunca mais voltei. Nunca mais consegui apear dessa saudade lacerante que cavalguei mundo afora, e ainda cavalgo.
Depois dos estudos concluídos à minha maneira, vieram os anos de trabalho em banco federal, que me proporcionaram transferências seguidas para cidades em estados distantes, com costumes diferentes dos do meu Nordeste.
Ocupando interinamente a gerência da agência Recife do BNCC, recebi, já ao final do expediente de uma quarta-feira, um telefonema do diretor de crédito rural, disponibilizando à agência um grande volume de recursos para aplicação imediata, pois os mesmos haviam sido solicitados por uma outra agência que não conseguira aplica-los. A inflação daquele período girava em torno de impressionantes 73% ao mês, e ficar com dinheiro em caixa significava grande prejuízo.
A exposição agropecuária de Garanhuns (cidade do agreste pernambucano), aconteceria dentro de três dias, e como esses recursos eram específicos para aplicação junto a mini produtores rurais visando aquisição de vacas mestiças produtoras de leite, achei que seria uma boa oportunidade para prestar um bom serviço àquela gente sofrida do campo e também ao banco, evitando que todo aquele montante ficasse sem utilização. O diretor aceitou aliviado minha proposta, pois surgia ali a oportunidade de tirá-lo de uma situação embaraçosa junto ao presidente do banco e o restante da diretoria.
Quando estou motivado, reconheço que sou um “rolo compressor”.
Iniciei viagem às três horas da manhã do dia seguinte, uma quinta-feira. Passara a noite traçando planos que incluíam, prioritariamente, visita às emissoras de rádio das pequenas cidades por onde passaria no percurso até Garanhuns, necessariamente naquelas primeiras horas da manhã, quando a grade de programação de todas elas incluía programas voltados para o homem do campo. Era a única maneira de fazer com que um grande número de produtores, tomasse conhecimento, em apenas dois dias, dos produtos que o banco estaria oferecendo durante aquela exposição. E assim fiz: o dia ainda estava longe de clarear, e eu já visitava as rádios em Limoeiro, Surubim e Caruaru para rápidas entrevistas, anunciando o grande volume de recursos que o banco estaria disponibilizando aos mini produtores rurais da região, e quais as exigências para que eles tivessem acesso a esses recursos. Contratei, em cada uma delas, anúncios que deveriam ser lidos durante a semana, alardeando nossa presença na exposição.
Uma vez em Garanhuns, instalei a agência do banco numa pequena sala no interior do parque de exposições onde aconteceria a exposição, e a equipe que escolhi (os técnicos Juvino e Raimundo, o chefe de empréstimos Mário Peixoto e sua auxiliar Suely) chegou na sexta-feira à noite com os equipamentos e papéis necessários para elaboração dos contratos. Ainda não se trabalhava com computador, e tudo tinha que ser datilografado em três vias, com carbono, sem rasuras. Seriam operações de crédito rural que são contratadas através de Cédulas de Crédito Rural – documentos extensos, individuais para cada operação, constando, além dos dados do mutuário, os do avalista, também os da sua terra, como limites e registros em cartório de imóveis, além da descrição dos animais que estavam sendo adquiridos. Para adiantarmos os serviços de atendimento da imensa fila que durante toda a semana se formou diante da nossa improvisada agência, durante o dia colhíamos apenas os dados e as assinaturas dos produtores e seus avalistas, e anexávamos cópias dos documentos necessários, deixando para as primeiras horas da madrugada, ainda no quarto do hotel, a confecção das cédulas.

Durante uma semana vi desfilar diante da alegria da nossa equipe, algumas centenas de camponeses, homens e mulheres simples, de traços marcados pelas necessidades comuns e pelo sol nordestino, que chegavam apreensivos e saiam sorridentes com suas vacas previamente selecionadas e vacinadas pelos nossos técnicos. Conhecemos muitas histórias interessantes, de dificuldades, de solidariedade e de esperança. Uma delas me marcou profundamente.
No último dia dos nossos trabalhos na exposição, um jovem camponês de vinte e três anos, pai de três filhos, chegou acompanhado deles e da jovem esposa. Quando veio falar comigo já estava sem esperanças de ver seu pleito atendido. Por falta dos documentos de identificação, os colegas da equipe lhe haviam informado que não poderia se beneficiar daqueles recursos. Perguntei-lhe então porque, naquela idade, e já casado, não dispunha de carteira de identidade ou de outro documento com foto que o identificasse. Respondeu-me: “Eu não passei no
teste pra tirar a identidade.” E eu retruquei: - Oi, não estou falando de carteira de habilitação. Estou falando de carteira de identidade, e pra identidade não precisa se fazer teste nenhum! Foi quando ele mostrou-me suas mãos espalmadas e disse: “Eu não passei no exame do dedo (impressão digital), porque não tenho as marcas nas mãos.” Estupefato, verifiquei que ele não tinha as impressões digitais, nem nas palmas das mãos. Até mesmo o “M” no centro de cada uma delas, era substituído por inúmeras cicatrizes, antigas e recentes... profundas e rasas. Suas mãos não eram ásperas, eram lisas, revestidas por uma espessa camada de pele duríssima, que se formara dia após dia, ano após ano, fruto do seu árduo e incessante trabalho na roça, tanto como lavrador, quanto pelo manejo dos animais que possuía. Cada uma das palmas das suas mãos era um calo só. Segurei uma delas e constatei a espessura da pele que as revestia. Ali não sobrara espaço para impressões digitais. Emocionado, lhe disse que nenhum documento teria mais validade para mim do que suas mãos extremamente calejadas. Que autorizaria seu financiamento apenas com os documentos de identificação que trouxera: sua certidão de nascimento e seu batistério, além de uma declaração improvisada por mim, na qual diversos de seus vizinhos se prontificaram a assinar de que se tratava do próprio. Ele permaneceu pálido como chegou, olhando fixamente para mim como sem acreditar no que estava ouvindo, enquanto sua esposa, abraçada aos três filhos, mantinha os olhos fixos nele, esboçando, agora, um leve sorriso de orgulho pela coragem do marido em enfrentar todo aquele processo de habilitação, tendo como documento principal suas calejadas mãos.
Muitas correspondências tiveram que ser trocadas entre mim e o departamento de crédito rural do banco, até que ficassem convencidos de que, mesmo não seguindo os manuais de procedimentos, eu materializara naquela operação financeira, o verdadeiro espírito do crédito rural.
Realizamos mais de quatrocentas operações de financiamentos, totalizando mais de 2.000 animais naquela exposição, correspondendo a 85% dos recursos que nos foram disponibilizados, o que rendeu à nossa equipe cartas de elogio do departamento e da diretoria de crédito rural, e a mim, particularmente, uma carta de elogio do presidente do banco, extensiva a minha "laboriosa equipe".
Todas essas mais de quatrocentas operações de crédito contratadas na exposição de gado de Garanhuns, foram honradas e liquidadas dentro dos seus vencimentos, sem uma única exceção.
Hoje, não tenho mais essa carta do presidente do banco, mas, a gratidão estampada na palidez daquele camponês e no sorriso da sua esposa, jamais esquecerei, e é tudo o que me basta.
O banco ao qual me refiro era o BNCC - Banco Nacional de Crédito Cooperativo, instituição vinculada ao Ministério da Agricultura, e que foi extinto pelo presidente Fernando Collor um dia após tomar posse. Na verdade, ele apenas
Todas essas mais de quatrocentas operações de crédito contratadas na exposição de gado de Garanhuns, foram honradas e liquidadas dentro dos seus vencimentos, sem uma única exceção.
Hoje, não tenho mais essa carta do presidente do banco, mas, a gratidão estampada na palidez daquele camponês e no sorriso da sua esposa, jamais esquecerei, e é tudo o que me basta.
O banco ao qual me refiro era o BNCC - Banco Nacional de Crédito Cooperativo, instituição vinculada ao Ministério da Agricultura, e que foi extinto pelo presidente Fernando Collor um dia após tomar posse. Na verdade, ele apenas
atendeu a um pedido pessoal do seu tesoureiro de campanha, o marginal P. C. Farias, que teve seu nome incluído pelo BNCC na lista negra do Banco Central, de pessoas ou empresas impedidas de operar em crédito rural por praticarem desonestidades. Nesse caso específico, P. C. Farias participara através da nossa agência de Maceió-AL de inúmeras operações para vendas de tratores e outros implementos agrícolas que nunca se efetivaram, cabendo a ele emitir as notas fiscais falsas e descontar, de forma fraudulenta, as Duplicatas, embolsando os recursos que nunca foram devolvidos ao banco, o que motivou sua inclusão nesse cadastro, pelos nossos honrados colegas da agência Maceió.
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realmente rodolfo, que historia passa um filme e o que vocÊ retrata com riqueza de detalhes registrando com fotos, que pena participamos de tantos eventos e não tenho o poder das palavras. mais adorei, apesar de não está inserida neste evento pois, não fazia parte do setor de operações. um abraço, parabéns. rodolfo foi muito bom reviver estes momentos. abraços JÔ
ResponderExcluirEngraçado...
ResponderExcluirNem lembro mais como cheguei a conhecer seu blog, acho que foi através do orkut..da comunidade do Farandula.
Bem , nao importa..
O certo, é que morando agora do outro lado do Atlântico, longe do meu porto seguro, nossa Olinda, hoje passeando por esse mar da internete, cheguei aqui novamente..
E quase choro de emoçao a ler esse seu relato , todo seu esforço pra dar uma oportunidade pra gente humilde de nossa terra.
Parece uma poesia, seu relato...
Mágico...
Só não li mais seu blog, por causa da fonte que vc usa..rs
Nesse fundo preto, é de lascar pra ler (com o perdao da palavra)...rs
Bem, queria dizer, que conheço vc, como qualquer mortal que teve o privilegio de conhecer o Farandula, pq vc especialmente fala com todos , nao importa a cor, o credo ou sei lá o que mais...
És um ser humano danado de bom, de coração bom, nem precisa ser amigo, fazer parte do seu mundo..Vc passa isso aqui.
PArabéns!
E sorte no novo endereço, proximo ano, quem sabe nao conheço a nova casa..rs
Um abraço
Marta
Prezado Rodolfo,
ResponderExcluirFoi com grande satisfação que conheci seu blog há alguns meses, entretanto, em função da correria incessamente do nosso dia a dia, não pude enviar-lhe uma msg. Hoje, nesse feriado de sexta-feira da Paixão, fui dar uma selecionada nas msgs que estavam na minha caixa, para poder eliminar muitas delas. Deparei-me com uma msg do Petronio que encaminhava o link do seu blog. Desta vez não posso deixar de me manifiestar ao ler as suas histórias aqui postadas.
Vc, como tantos outros, nos quais me incluo, fazemos parte daqueles que vestiam a camisa do BNCC.
Nunca me esqueço de uma viagem de férias que fiz com minha família no Nordeste, por volta de 1987, oportunidade que vc e outros colegas da Ag. Recife nos recepcionaram com churrasco e tudo mais.
Graças a Deus agora as coisas estão chegando nos seus devidos lugares, acredito para todos nós. Eu estou em BH em exercício na ESAF.
Um forte abraço,
Gilinho
Gilinho, rapaz! Quantas saudades de todos vocês...
ResponderExcluirEstou muito feliz por saber que andaste lendo alguns dos meus textos, e também pelo comentário deixado no relato de uma das muitas histórias que todos nós do BNCC temos para contar. Vou aproveitar para te passar mais um link do meu blog, postado mês passado, sobre o trapaceiro Fernando Collor e nós. Aí vai: >http://rodolfovasconcellos.blogspot.com/2009/02/sombra-do-trapaceiro.html<
Aprendi muito com vocês de BH, com essa cidade encantadora e esse Estado cheio de História do Brasil, boa comida e boa gente.
Com certeza ainda nos veremos.
Grande abraço extensivo ao amigo Petrônio.
Rodolfo,
ResponderExcluirO texto do link acima já havido lido. Muito bom.
Segue abaixo um cordel que o Marco Antônio Martins me mostrou há quase 20 anos, logo depois do fechamento do BNCC. Tinha perdido o texto, e hoje, graças à internet capturei-o novamente.
Não sei quem é o autor, mas ele continua atual,
embora há outros Fernandos (FHC), deputados e senadores que mereceriam um cordel semelhante.
Veja só:
"O DIABO DE ALAGOAS
ESTANDO DESCANSADO
O GRÃO DUQUE SATANÁS
TEVE UMA IDÉIA NOCIVA
HORRIPILANTE E MORDAZ.
COLOCOU NUMA CALDEIRA
VINTE PIPAS DE AGUARDENTE
DEZ MIL COBRAS VENENOSAS
E UM DIABO DEMENTE.
SUBLIMADO E CORROSIVO
SULFATO DE ESTRICNINAS
O COURO DE DEZ HIENAS
DEZ QUILOS DE COCAÍNA.
RABUJO DE DEZ RAPOSAS
APETITE DE URUBU
O ESPÍRITO DE CAIM
VINTE COUROS DE TIMBU.
TUDO ISSO COLOCADO
NUMA CALDEIRA A FERVER
TOMOU FORMA DE GENTE
COMO O DIABO QUIS FAZER.
SATANÁS ACHANDO POUCO
LAMBUZOU MERDA DE PORCO
COMO SE FOSSE CARAMELO
E AO SOLTÁ-LO NO MUNDO
BATIZOU O VAGABUNDO
DE FERNANDO COLLOR DE MELO".
Um abraço,
Gilinho
Rodolfo,
ResponderExcluirAcho que vc continua atleticano, não e mesmo, apesar de toda a distância que separam PE e MG.
Lembra-se quando vc levava Reinaldo e Luizinho lá na agência?
Há uma conversa que uma vez pedi autógrafo para o Reinaldo, mas não me lembro disso, aliás, eu nunca faria isso.
Como bom cruzeirense continuo torcendo pela desgraça dessa cachorrada.
Um abraço,
Gilinho
Caro Gilinho.
ResponderExcluirPra você ver do que nossa mente é capaz pra nos proteger. Apagar esse fato do lado consciente, foi uma camaradagem muito grande do lado inconsciente da sua mente, pois, só assim, você fica sempre achando que tudo não passou de intriga de atleticano. Mas não liga não... Na verdade, era eles que deviam ter pedido autógrafos a você.
Grande abraço.
Rodolfo
Rodolfo,
ResponderExcluirBrincadeiras à parte, hoje já não existe essa paixão mais por futebol. Aliás, voltei para BH em 2001 e de lá para cá fui ao Mineirão somente 2 vezes, assim mesmo para assistir jogos do Cruzeiro com times de pequeno porte.
O que fica apenas é essa rivalidade, mas somente em torcer de forma civilizada, respeitando os amigos que torcem para o Galo.
Houve um tempo aqui em BH, acho que vc não estava mais aqui, que tinhámos até conta em boteco no Mineirão. Enfim, tudo passa.
Um abraço,
Gilinho
Pô cara, conheci teu blog agora. Também sou um ex-BNCC, mas não deixei o torpor e a raiva me dominar. Quando fui demitido (1991) fui a luta e deletei o BNCC da minha vida. Tinha mulher e 2 filhos e não podia ficar esperando algo de quem não garante nem comida para o povo. Claro que lamento muito pelo que passamos, mas a vida segue. Legal ver esta história. Já salvei seu blog nos meus favoritos e quando tiver tempo lerei por completo. Grande abraço.
ResponderExcluirFlorianópolis-SC
Voltando hoje (31/07/2024) por aqui, após longos anos. Ainda me emociono com essa história de respeito por um ser humano que tinha apenas o seu trabalho como cartão de visitas; as suas mãos como documentos; a sua família como testemunha. Faz muito bem a mim perceber que, já naquele tempo, tinha princípios e coragem que defendo e pratico até hoje.
ResponderExcluirRapaz, que historia maravilhosa... O crédito chegando a quem de fato tanto precisa. E que bom você foi o responsável por isto acontecer... Parabéns pela lucidez, coragem e obstinação. Um abraço, meu amigo. Orgulho de você, pode crer!
ResponderExcluirRapaz, que historia maravilhosa... O crédito chegando a quem de fato tanto precisa. E que bom voce foi o responsável por isto acontecer... Parabéns pela lucidez, coragem e obstinação. Um abraço, meu amigo. Orgulho de voce, pode crer!
ResponderExcluirArnaldo Siqueira Lopes, Belo Horizonte/MG
Brigado, Siqueirinha. Você, como chefe da contabilidade e serviços gerais da agência do BNCC em Belo Horizonte, onde tive o imenso prazer de trabalhar e fazer muitas amizades, como a sua, a dos sempre presentes Marco Antônio Martins e Gilinho, Olga, Kiymio Soraia Kamatsuzaki, Sérgio Brasil e outros tantos, também tem, com certeza histórias interessantes pra contar. Saudades de você, da sua cidade, do seu Estado.
ExcluirParabéns amigo e grande companheiro Rodolfo. Apesar de ter trabalhado no BNCC durante 23 anos, na Agência Central e ADCEN, em Brasília, não conhecia essa linda e honrosa história. Forte abraço amigo, que Deus continue te abençoando e a toda sua família.
ResponderExcluirBrigado, caro Pimenta (Francisco de Bragança Pimentel). Muito bom ter você sempre por perto através do Whatsapp. O BNCC, sabemos hoje, foi uma grande escola para todos nós.
ExcluirQue orgulho eu tenho de sermos amigos. Parabéns Rodolfo vc é de fato um servidor público por VOCAÇÃO e não por opção. Isso faz uma grande diferença.
ResponderExcluirParabéns meu Caro, história cativante.
Muito obrigado, mestre Chaguri. Como você sabe, só em dezembro de 2008 fomos reintegrados ao Ministério da Agricultura e Pecuária, depois de longos 19 anos entregues a própria sorte. No MAPA, tive a oportunidade de conviver, enquanto chefe da Divisão de Administração da Superintendência Federal em Pernambuco, com você, então Coordenador-Geral de Apoio às Superintendências. Inúmeros encontros nacionais e regionais; muitas exigências, poucos recursos, mas muita vontade de aprender consigo e de tocar o barco com muita economia e dedicação. Tempos inesquecíveis aqueles em que todos os administradores das superintendências, pudemos desfrutar da sua companhia, dos seus ensinamentos e da sua dedicação. Mais uma vez o meu muito obrigado.
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