Nagasaki - Há 65 Anos, Faltava 01 Dia Para o Crime Atroz se Repetir

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Os últimos sobreviventes do covarde e criminoso ataque atômico dos Estados Unidos sobre Hiroshima e Nagasaki com um intervalo de três dias entre um e outro, há 65 anos, são hoje idosos que resistem à idéia de que suas lembranças morram com eles.




Os "hibakusha"  - como são conhecidos os sobreviventes da bomba nuclear em Hiroshima e Nagasaki -  somam aproximadamente ainda 235 mil, com uma média de idade de 75 anos. Muitos sofrem de doenças relacionadas às radiações recebidas quando eram crianças por causa da explosão nuclear.

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Boa parte deles dedicou a vida a lutar para que o massacre não caia no esquecimento,  promovendo conferências, entrevistas e excursões pelo mundo a fora, a  fim de divulgar, como símbolos ainda vivos da tragédia, a carnificina à qual mais de 500 mil compatriotas seus foram submetidos.




No final de 1945, 170 mil pessoas morreram em Hiroshima e 90 mil em Nagasaki nesses ataques, embora as vítimas por causa das radiações nos anos posteriores foram muito mais numerosas.
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"Como meus ferimentos eram menores do que os dos outros, me pediram para que eu transportasse os feridos. Haviam pessoas atingidas por estilhaços de vidros, com braços e pernas quebrados, todos com a pele em carne viva", lembra Okuma.

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Seu relato ficou perpetuado no chamado "Nagasaki Archive", uma iniciativa digital que conta com a ajuda do Google Maps. Trata-se de um mapa em 3D da cidade com fotos dos sobreviventes nos locais onde estavam no momento do ataque associados a depoimentos.
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O site http://en_nagasaki.mapping.jp/p/nagasaki-archive.html, que entrou no ar há menos de um mês, pretende "guardar a trágica experiência do passado e transformá-la em dados acessíveis às futuras gerações", afirmam os responsáveis pelo projeto, para o qual colaborou a Universidade Metropolitana de Tóquio.
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"A atenção da imprensa e dos educadores e a oportunidade de tratar o tema da bomba atômica está diminuindo gradualmente, e a memória começa a desaparecer", advertem.
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Um dos "hibakusha", diante da própria foto.
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Pelo tag (#nagasaki0809) do microblogging Twitter é possível que qualquer usuário envie uma mensagem aos sobreviventes, as respostas aparecem sobrepostas no mapa.
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Os sites dedicados aos "hibakusha" se multiplicaram nos últimos anos no Japão, onde durante décadas as vítimas de Hiroshima e Nagasaki levaram como um peso o estigma da discriminação, pois era disseminada a ideia de que os efeitos da radiação poderiam ser contagiosos.

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Entre os locais emblemáticos que utilizam a internet para divulgar mensagens está no Memorial da Paz de Hiroshima, muito perto do local onde caiu a primeira bomba atômica da história.
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Depois que no ano 2000 o diretor mostrasse sua preocupação pela contínua redução do número de visitas, o centro decidiu criar um "museu virtual" para que, de qualquer parte do mundo, seja possível fazer uma visita interativa por suas instalações (www.pcf.city.hiroshima.jp/index_e2.html). Clique no "Virtual Museum".
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Os responsáveis pelo museu realizaram um grande trabalho para recolher nas últimas décadas cerca de 130 mil relatos dos sobreviventes, os quais digitalizaram grande parte.
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Traduzidas até agora para inglês, chinês e coreano, nesta semana o museu anunciou a próxima versão de vários testemunhos em outros sete idiomas.

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O objetivo é manter viva a lembrança da tragédia para as gerações futuras. Porque, como assegura o lema do Museu de Hiroshima: "Se ninguém fala, nada muda".

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