A Guerrilheira e Presidenta Dilma - Como os Covardes a Invejam...

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Reunião do G20
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Na próxima semana será publicada a ata da sessão de ontem do Superior Tribunal Militar, e a partir daí os repórteres da Folha de São Paulo poderão se deliciar com a leitura de tudo o que os gorilas da ditadura e seus carrascos escreveram sobre nossa presidenta eleita quando ela tinha pouco mais de dezoito anos.
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Que a jovem idealista Dilma Rousseff, combateu a ditadura militar desde muito jovem, militou numa organização guerrilheira chamada Vanguarda Armada Revolucionária – Palmares, ficou presa por quase três anos, quando foi torturada impiedosamente, já é do conhecimento de todos.
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Para os filhotes da ditadura que até os dias de hoje ainda aguardam na moita uma volta ao passado sangrento, conhecer este resumo daquela fase da vida de Dilma não bastou. Desde o momento em que o presidente Lula a apresentou como sua sucessora, a internet foi dominada por uma onda de mensagens que questionavam o currículo militante da candidata. De “terrorista assassina”, passando por uma ficha falsa montada no photoshop, contendo a descrição  dos atentados, sequestros e assaltos a banco nos quais ela teria se metido, os porões da candidatura de José Serra desencadearam a mais vil das campanhas políticas já vista neste nosso Brasil.
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  O JN da Globo não mostrou, mas teria mostrado se fosse Serra.

Como disse hoje o jornalista Celso Marcondes: “Do meu ponto de vista, é o suficiente, não preciso saber mais. Fico satisfeito em ter conhecimento que, mesmo usando de métodos que nunca aprovei, ela teve a coragem de combater os terroristas que tomaram de assalto o governo e o Estado brasileiro em 1964. Eram eles, como se sabe, militares, apoiados e sustentados por civis, entre os quais muitos empresários, inclusive da área de comunicação.” Faltou Celso nomeá-los, em uma lista que seria encabeçada pelo pai dos diretores da Rede Golbo Roberto Marinho, e teria lá bem no final o crápula do Luiz Carlos Prates, ainda debutante enlouquecida no jornalismo de porão a bradar elogios aos Castelos Brancos, aos Costas e Silvas, aos Garrastazus Médicis e aos Ernestos Geisels instalados no Palácio do Planalto contra a vontade de quase todos os filhos da pátria.
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A mesma Folha, que aguarda sedenta a liberação dos arquivos pelo STM, no início da campanha foi o único jornal que embarcou na história da suposta ficha e a publicou em primeira página, com os devidos comentários desairosos, sem sequer  ouvir antes a acusada. Revoltada, Dilma reagiu, pediu direito de resposta, o jornal foi obrigado a lhe dar espaço e a recuar na denúncia, reconhecendo que não tinha atestado a autenticidade da peça montada no subsolo da candidatura de Serra, o que se constituiu num dos episódios mais vergonhosos da história recente da Folha de São Paulo.
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 Sob os cuidados do presidente Lula.
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Porém, seus proprietários não pararam por aí e durante toda a campanha eleitoral colocaram jornalistas para investigar este período de sua vida. Não faltaram entrevistas com ex-companheiros de militância, nem com ex-militares ou carcereiros que teriam tido contato com Dilma nos anos 70. O que se buscava então era, digamos, algo mais concreto no currículo da militante: teria participado de algum sequestro ou assalto? Atirado ou matado alguém? Delatado companheiros? Em nenhum momento, porém, qualquer jornalista, depois de muitas entrevistas e pesquisas em outros arquivos que existem pelo País, conseguiu qualquer prova de participações ou atos da brava idealista de 20 anos em eventos semelhantes.
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O que imaginavam os que pretendiam “conhecer melhor a história” da candidata era que, se acusada concretamente de participação numa ação violenta, haveria material de combustão suficiente para abalar sua campanha eleitoral. Numa sociedade pronta para ser comovida por campanhas conservadoras incentivadas por parte da grande mídia, é fácil imaginar a repercussão que teria uma manchete do tipo “Dilma participou de assalto que ocasionou morte de inocente”.
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Esta manchete – ou similares – nunca chegou à televisão ou aos grandes jornais, embora tenha frequentado à exaustão a internet. Durante a campanha de José Serra, porém, cansamos de assistir a insinuação: “no meu currículo não há manchas, nem zonas obscuras”, dizia ele sempre, a deixar claro que o candidato “do bem” não tinha nada a esconder, mas a “do mal” deveria ter.
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Dentro de alguns dias porém, o caso terá seu desfecho. Todo o Brasil saberá o que está escrito na ficha real da heroína Dilma Vana Rousseff guardada no cofre militar até aqui.
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Saberemos finalmente se a presidenta eleita – não diplomada ainda -, no auge dos seus 20 anos, participou ou não de assaltos, sequestros e atentados. Conheceremos também como foi seu comportamento nas masmorras.
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Os criminosos que tomaram de assalto o poder em 1964, e nele se perpetuaram por intermináveis 30 anos, durante os quais praticaram os mais aterradores crimes contra pessoas e instituições organizadas da sociedade, foram seus acusadores e julgadores, em processo no qual nunca lhe foi concedido o mínimo direito à defesa e ao contraditório. Seu jovem corpo de mulher e seus ideais de liberdade foram brutalmente confrontados de forma covarde pelos grilhões dos torturadores espalhados por todos os recantos deste país, preferencialmente disfarçados de pessoas de bem.
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“Mesmo assim, não reconheço” – diz ainda Celso Marcondes – “nenhuma credibilidade nos arquivos infectos e nos processos manchados de sangue dos generais que escreveram o pior momento da nossa história. E credibilidade é matéria prima da imprensa.”
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Enquanto a Folha comemora a decisão do STM, muitos arquivos e processos continuam fechados, e torturadores e seus mandantes caminham impunes por nossas ruas, completamente desprovidos de caráter, com suas consciências transformadas em bigornas que são marteladas insistentemente pelos ecos dos gritos dos que, completamente indefesos, sentiram o peso da mão da barbárie, da injustiça e da covardia.
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A minha presidenta Dilma e sua história são hoje motivos de grande orgulho para mim.
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